Douglas Bellini

Douglas Musset Bellini

Nasceu na cidade de Matão, interior de São Paulo, em 24 de novembro de 1931. Era viúvo da Sra. Rosalina Bellini, com quem teve duas filhas: Vivian e Vânia; e um filho: Douglas Jr. A família enriquecida com a chegada de seis netos: Natasha, Carlos, Eduardo, Erick, Marcela e Bruno; e três bisnetos: Luan, Catherine e Luke.  

Douglas, antes da fundação do Grupo Espírita Batuíra - em 15 de janeiro de 1964 - já conhecia Spartaco Ghilardi, médium notável, possuidor de várias faculdades mediúnicas, e principal fundador do GEB.

Ingressou na Diretoria Executiva da casa, em 1970, e nela permaneceu até 1999. Em 2000, com a criação do Conselho de Administração, foi eleito seu primeiro presidente.

O GEB perde um de seus representantes mais ilustres. Douglas foi um batalhador incansável, dinâmico, empreendedor, de temperamento arrojado. Sua liderança fazia-se sentir nas mínimas atividades. Para os mais íntimos, declarava-se um “filho de Batuíra”, por sua fidelidade ao GEB e sua identidade com o Espírito Batuíra, que nos deixou um legado de muito trabalho na área de divulgação e prática da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus.

São dele, iniciativas, como: serviço de sopa fraterna, festivas beneficentes, eventos artísticos e vários outros, visando a integração dos associados, frequentadores e simpatizantes do GEB e, também, o levantamento de recursos materiais e financeiros para a manutenção das obras assistenciais.

No início, a sopa era servida às pessoas e famílias carentes, na sede, no bairro de Perdizes. Depois, ela passou a ser transportada e servida em Vila Brasilândia. “Era um trabalho árduo”, declarava Douglas, pois as ruas não eram asfaltadas.

Em 1971, teve ele teve a ideia de sugerir a instalação do Departamento de Assistência Social, no bairro de Vila Brasilândia, pois era lá, que se encontrava a maioria dos assistidos.

Douglas foi um grande líder. Talvez o segundo maior líder da Casa de Pedra de Batuíra, depois de Spartaco Ghilardi. Sua voz era sempre ouvida com atenção. Se um projeto proposto por ele, fosse votado favoravelmente, ele ia buscar os recursos, sozinho, ou com uma equipe criada para essa finalidade. Ainda na área assistencial foi um dos grandes incentivadores da criação da creche – hoje CEI Batuíra - fundada em 1984.

No campo doutrinário também se destacou com muito dinamismo, entusiasmo e fé... e Douglas era um homem de muita fé. Auxiliou na implantação do COEEM. Dirigiu reuniões de educação e desenvolvimento da mediunidade, reuniões de desobsessão e ainda fazia palestras doutrinárias.

Muitas vezes foi a Uberaba (MG), em companhia do Sr. Spartaco, visitar o médium Francisco C. Xavier, que o recebia sempre com carinho e reconhecimento. Chamava-o de “Duglas”, com acento forte na vogal “u”.

Há várias histórias mediúnicas contadas pelo médium Spartaco, tendo como personagem, o nosso querido Douglas.

Uma delas se refere a uma viagem a Uberaba, quando perto de Araras (SP), o carro no qual estavam ele e esposa Rosalina, e mais o casal Spartaco e D. Zita, começou a ratear e não ganhava força para continuar a viagem. Numa concessionária de automóveis, próxima ao local, foi feita a avaliação do carro, com o diagnóstico de que o veículo estava bom. Nova tentativa, e nova rateada... seguida de mudança de plano.

Então, o dono da concessionária, cedeu um carro, com o compromisso de no retorno, efetuar a troca.

Na semana seguinte, numa reunião mediúnica, veio a comunicação de um Benfeitor espiritual, declarando que o carro original sofreria um acidente se continuasse a viagem. Graças a Deus, tudo foi contornado, nenhum acidente aconteceu. (Livro: Spartaco História de um Médium, caso 19).

Douglas, caro amigo e irmão de jornada terrena, você está retornando à Pátria espiritual. É uma separação que dói. Vamos sentir muito sua falta. Mas, sabemos que essa ausência não é para sempre, porque a vida na Terra é apenas uma breve passagem do Espírito imortal. A vida continua. Estamos convictos dessa verdade.

Douglas Musset Bellini desencarnou em 11 de setembro de 2022, com 90 anos de idade. O sepultamento foi no dia seguinte, às 13h, no Cemitério da Lapa.

Saudade!

Texto de Geraldo Ribeiro da Silva.