GEB: 49 anos de fidelidade à Doutrina Espírita
Uma platéia atenta acompanhou a singela reunião que celebrou os 49 anos de fundação do Grupo Espírita Batuíra, no dia 15 de janeiro. Alegria, descontração e emoção transbordaram no ambiente onde a Dra. Marlene Nobre trouxe mensagem de esperança e de fé ao discorrer sobre o tema “Fidelidade a Deus.”
Ao relembrar os difíceis momentos vividos pelos discípulos de Jesus, que enfrentaram vicissitudes e intensos sofrimentos para divulgar o evangelho, mas que não negaram em momento algum a fidelidade a Deus, a Dra. Marlene traçou um paralelo com o momento atual vivido pela nossa sociedade, lembrando que o Espiritismo veio nos trazer a fé raciocinada e nos indicar um novo caminho.
Não podemos perder o rumo, o norte, não perder os propósitos espirituais e com fidelidade a Deus, disse ela. Espiritualidade é a ligação com Deus. O que importa é o destino que damos as nossas ações, aos nossos compromissos de hora a hora, acrescentando, só pelo amor vale a vida, só pela amizade vale a vida.
Não nos iludamos com as facilidades materiais do mundo, pois ele tem um significado importante para a nossa evolução espiritual. A fidelidade a Deus continua. Límpida, clara, mesmo com as nossas imensas dificuldades. Vale a pena lembrar os humildes discípulos do mestre Jesus, mesmo com inomináveis padecimentos físicos, continuaram sua caminhada até o fim fiéis a Deus. Embalados pelo Espiritismo, que possamos ser fiéis com o Cristo em nossa caminhada evolutiva, ressaltou.
CASOS
Descontraída, Dra. Marlene contou alguns episódios que vivenciou ao lado dos médiuns Chico Xavier e Spartaco Ghillardi,um dos fundadores do GEB. Foi o caso de um garoto que caiu em um poço desativado na cidade de Uberaba, por ocasião de uma peregrinação na qual ambos participavam. Quando vieram nos contar do ocorrido, disse ela nos reunimos em torno do poço, todos orando, para salvar o garoto. Uma corda foi atirada ao poço para tentar içar o menino. Chico permanecia em oração. Spartaco, com sua mediunidade de efeitos físicos, também estava em prece. De repente, o menino gritou: puxe a corda ...e foi salvo. Um detalhe: a corda só tinha nove metros de comprimento para uma profundidade de 12 metros do poço. Ninguém explicou, contou ela entre sorrisos da platéia, o trabalho que os Espíritos tiveram para “emendar” os faltantes 3 metros da corda para o salvamento. E revelou: muitos anos depois, quando fazia uma palestra em Bebedouro (SP), um senhor maduro se aproximou e se identificou: - Dra. Marlene, eu sou o menino do poço.
Em outro momento da palestra, a Dra. Marlene narrou uma passagem de sua vida que não havia ainda revelado em nenhum livro ou confidenciado a ninguém sobre a criação da Associação Médico-Espírita de São Paulo. Os médicos, disse ela, vinham sempre tomar passe com o Spartaco, logo às primeiras horas da manhã. Bezerra de Menezes e Batuíra, por meio da mediunidade de Spartaco, lembraram que os médicos não estavam ali por acaso e que deveriam criar uma associação que reunissem médicos espíritas. Contou que em 31 de dezembro de 1965 teve um sonho com o Dr. Bezerra, onde, em uma moviola, exibia cenas como se fosse um filme de sua vida. Eu já estava cansada, não conseguia mais acompanhar todas aquelas cenas ali apresentados. Aí o Dr. Bezerra disse: preciso que você saiba que o Dr. Luiz Monteiro de Barros está presente, em espírito. E recomendou: se você receber uma correspondência do Dr. Luiz não hesite, chegou o momento. Em 1966, o Dr. Bezerra disse ao Spartaco que era para fundar a AME-SP. Foi então que recebi uma carta do Dr. Luiz Monteiro de Barros com um convite para uma reunião de médicos para a criação da AME-SP. Não tive dúvidas, compareci imediatamente à reunião e em Janeiro de 1968 o meu marido Freitas Nobre redigia os estatutos de sua fundação.
Ronaldo Lopes, ao encerrar a reunião festiva, agradeceu a colaboração da Dra. Marlene Nobre, que mesmo com uma agenda apertada, manteve-se fiel aos vínculos afetivos com o fundador da casa de Batuíra, não hesitando de aqui comparecer para celebrar conosco os 49 anos de fundação do GEB.
Flashes
O presidente executivo Ronaldo Lopes fez uma singela homenagem ao segundo-tesoureiro Sr. Savério Latorre, igualmente um dos primeiros fundadores do GEB, inclusive tendo sido seu presidente por exatos 36 anos e que hoje mantém sua fidelidade à Doutrina, sendo por isso considerado por todos os batuirenses como o seu presidente de honra.
- Ronaldo fez, também, questão de ressaltar a presença de outro pioneiro da história do GEB, que foi responsável pela edificação das unidades Caiubi e Brasilândia, o Sr. Orlando Carvalho, que se mudou para Portugal e, graças à orientação do Sr. Spartaco, fundou o Grupo Espírita Batuíra de Portugal,em Algés, nos arredores de Lisboa.
Filha de peixe...
Ronaldo destacou também a presença da Sra. Lélia, filha do Dr. Reynaldo Kuntz Busch que implantou a área de Saúde no Batuíra na época de sua fundação, além de ser o 2º Vice Presidente da primeira Diretoria. Além disso se fez presente ao evento, igualmente, a jovem Maricy, filha do casal Lena e David Berezowsky. Ele foi o 2º Tesoureiro da primeira Diretoria e Lena, sua esposa, desde aquela época é a responsável maior pelo Dispensário de Medicamentos da Unidade Brasilândia. Na foto ao lado, singela homenagem dos dirigentes atuais à primeira diretoria do GEB em 1964: Savério Latorre, presidente; Ermelino Latorre, 1º vice-presidente; Reinaldo Kuntz Busch, 2º vice-presidente; Djalma de Deus Silva, 1º secretário; Laércio Tóffoli, 2º secretário; Garibaldo Muoio, 1º tesoureiro; David Berezowsky, 2º tesoureiro; Lygia Taranto P. de Melo, 1ª vogal; Zita Ghilardi, 2ª vogal; Ana Garcia Santos Segundo, 3ª vogal. Spartaco Ghilardi, diretor de doutrina; Carolina Pereira Sabbag, assistencial e Apolo Oliva Filho, relações públicas e palestras.
Aniversário não pode ficar sem a comemoração de bolo. Produzido pela padaria da unidade de Brasilândia, um delicioso bolo foi oferecido a cada um dos presentes à reunião de celebração dos 49 anos do GEB.
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A Dra. Marlene Rossi Severino Nobre, nascida em Severínia (SP), médica-ginecologista, aposentada, especializada na prevenção do câncer, foi casada com o deputado Freitas Nobre, mãe de dois filhos, é presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil – AME e da AME-Internacional e se autodefine como uma espírita desde o berço. Diretora responsável da Folha Espírita (jornal fundado em São Paulo no ano de 1974 pelo seu marido ex-deputado Freitas Nobre), participou ativamente do movimento espírita ao lado de Chico Xavier e do Sr. Spartaco Ghillardi, do GEB, entre outros. Divulgadora constante da Doutrina Espírita no Brasil e no mundo é reconhecida como uma das grandes batalhadoras contra a liberação do aborto. Veja seu artigo sobre o tema publicado nas páginas 26/27 da Revista Saúde & Espiritualidade, pelo link http://pt.calameo.com/read/000143697c4061e33655d .
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