GEB: 57 anos de fundação
No início de suas atividades, o GEB era apenas uma casinha que assistia a um pequeno grupo de pessoas. Mas o tempo foi passando, as atividades se multiplicando e novos desafios sendo almejados. Hoje, o GEB compreende cinco unidades de trabalho:
A Unidade Doutrinária Spartaco Ghilardi, que é a matriz e sede administrativa/educacional e o Espaço Apinajés.
A Unidade Assistencial Dona Aninha e o Centro de Educação Infantil Batuíra .
A Casa de Cuidados Lar Transitório Batuíra.
Essas cinco unidades mobilizam atualmente algumas centenas de voluntários, além de um pequeno grupo de funcionários contratados.
As frentes de trabalho são muitas, entre as quais se destacam a Distribuição Semestral, a Sopa Diária, a Família Assistida, as áreas de Higiene e Saúde, o Atendimento à Gestante, o Brasa Mais, o Atendimento ao Morador de Rua, o Centro de Educação Infantil (Creche) e os diversos Cursos Profissionalizantes (que possibilitam ao assistido a recolocação no árduo mercado de trabalho).
A filosofia do GEB não é apenas socorrer pessoas em dificuldades, dando-lhes apoio material. A entidade busca, acima de tudo, permitir a melhora gradativa da autoestima, oferecendo a possibilidade do desenvolvimento pessoal e, conseqüentemente, a reinserção social.
Mas é claro que todo esse trabalho é feito, respeitando-se as crenças e valores de cada um. Afinal, todo o trabalho do GEB é baseado no respeito ao próximo.
O GEB é uma instituição sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública federal, estadual e municipal, além de possuir os devidos registros no Serviço Social do Estado, no Conselho Nacional de Serviço Social, no Conselho Estadual de Auxílio e Subvenções.
A primeira reunião
A reunião de fundação do GEB aconteceu em 15 de janeiro de 1964, uma quarta-feira à noite, na Rua Rosa e Silva, bairro de Santa Cecília, em São Paulo, residência dos pais de Spartaco Ghilardi, que liderou o grupo de 62 abnegados espíritas. Os convidados se comprimiam, em pé, no amplo espaço da garagem da casa. A emoção e a confiança na mensagem do Cristo: Ide e pregai, eram visíveis no olhar de cada um. Uma nova casa espírita esta sendo projetada, como uma ponte entre a terra e o céu.
Segundo Geraldo Ribeiro, em sua obra "Grupo Espírita Batuíra: 50 Anos de Mais Luz", Spartaco revelara que a casa que estava se materializando na Terra em 1964 já existia no mundo espiritual por mais de 40 anos. A iniciativa de fundá-la já vinha sendo objeto de cogitação, no mundo espiritual, há alguns anos, por Dr. Bezerra de Menezes e reforçada aqui na Terra por Francisco Cândido Xavier. Chico entendia que o médium Spartaco precisa de uma casa própria para poder ajudar mais os necessitados. A primeira mensagem de Dr. Bezerra, sinalizando a criação da nova casa, data de 30 de setembro de 1955.
Dr Bezerra de Menezes, Batuíra, Chico Xavier e Spartaco Ghilardi.
Batuíra, no mundo espiritual, trabalhava na sua sementeira de luz. Continuava o trabalho que fazia quando encarnado, auxiliando os pobres e os estropiados da alma. Quando convidado pelo Dr. Bezerra de Menezes para ser o mentor espiritual da nova casa espírita, que estava se erguendo na Terra, aceitou sem reticências, conta Geraldo.
Após o aceite, Dr Bezerra chamou para si a autoria da nova casa espírita. Chamar-se-ia Grupo Espírita Batuíra. A revelação está documentada numa mensagem psicografada por Francisco C. Xavier, em 31 de janeiro de 1964, dirigida a Spartaco Ghilardi. Foi esta mensagem que deu grande motivação e otimismo aos fundadores do GEB.
Em 15 de janeiro de 1964, o Grupo Espírita Batuíra se materializa na Terra, como uma fonte de luz a iluminar alguns quarteirões do bairro de Perdizes, da cidade São Paulo, com o propósito de trabalhar na seara do bem.
- Bibliografia: Grupo Espírita Batuíra: 50 Anos de Mais Luz. Autor: Geraldo Ribeiro da Silva.