54 Anos do GEB
Em sua palestra, Perri observou o processo de mudanças e transformações que ocorrem em todo mundo. Vivemos um mundo dinâmico e conturbado, em transição, disse.
Fez alusão ao discurso do Papa Francisco, um pouco antes do Natal, ao falar para cúria romana, em plena Capela Sistina, se dirigindo aos principais cardeais da Igreja, apontando a eles que é necessário superar as intrigas, as resistências às mudanças e deixarem de se colocar vítimas do processo de mudanças. Dito pelo Papa ao colégio cardinalício é muito forte, sinalizou.
Citou a questão migratória, dos refugiados, onde milhares de pessoas fogem de tiranias, guerras e fome para os países da Europa, em busca de novas oportunidades, muitas delas encontrando a morte em botes frágeis utilizados na travessia de oceanos.
Na América, em especial no Brasil, um país formado por correntes imigratórias, tem acompanhado este processo de acolhimento de haitianos, venezuelanos, da África e tantas outras etnias que nos buscam para um recomeço.
Lembrou que Emmanuel, mentor de nosso querido Chico Xavier, na introdução da obra Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho dizia que Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro.
Em relação ao tema Centro Espírita, citou recente pesquisa do IBGE que mostrou o crescimento proporcional do Espiritismo no Brasil, notadamente no Sudeste e Sul do país, ressaltando, todavia, que este avanço não reflete em todas as faixas sociais, principalmente nas mais simples e iletradas. Não será porque ainda não sabemos nos comunicar e tratamos essa parte da população como somente assistidos, indagou. Outra constatação, assinalada por ele é que esta expansão também não aconteceu entre as crianças e os jovens, levando-nos a meditar sobre a necessidade de pensarmos a realidade em que vivemos.
Cabe, no entanto, acentuou, à nossa sociedade a responsabilidade pelas questões ética e moral, seguindo a moral proposta nos evangelhos de Jesus. A transformação, a educação do Espírito com fulcro na Lei/Ética/Moral. Este é papel do Centro Espírita junto às pessoas, à família, levando a visão do evangelho redivivo para a mudança, como a que encontramos em Chico Xavier, por meio de seu exemplo nos centros espíritas em que viveu e em seus livros psicografados, onde realçam a sua dedicação, sua humildade, independência e firmeza na fidelidade a Jesus e na doutrina codificada por Allan Kardec, tal qual preconizou seu mentor Emmanuel.
Mais Luz
Ao encerrar, lembrou Batuíra, afirmando que Emmanuel o denominou como o apóstolo da Doutrina Espirita, em sua obra Mais Luz. Perri citou vários trechos do pensamento de Batuíra dessa obra, segundo ele lições que refletem o Cristianismo Redivivo e nos convida à construção do bem. Sobre o Grupo Espírita, Perri leu a lição 26, que reproduzimos abaixo.
O tema apresentado por Antonio Cesar Perri de Carvalho agradou e arrancou aplausos da platéia presente ao evento.
Coral Interlúdio
Harmonizando o ambiente da celebração do aniversário, o Coral Interlúdio, do GEB, fez apresentação primorosa.
Bolo
Ao final da reunião festiva, para comemorar os 54 anos de fundação do GEB, foi servido um delicioso bolo aos presentes.
Flagrantes
Ronaldo Lopes, Robson Ferreira, Marco Antonio e Cristian Batocchio
Julia Nezu e Geraldo Ribeiro Iraci Branchini e Rosely Marotta Platéia atenta ao evento
Claudio Luiz de Florio, Silvia e Eduardo Barato
Fotos: Simone Queiroz