45 anos distribuindo amor e caridade
Unidade Assistencial Dona Aninha, em Vila Brasilândia,
completa 45 anos distribuindo amor e caridade
“São 45 anos de mais luz na vida de centenas de milhares de pessoas que aqui frequentam. Nosso coração se enche de alegria e júbilo por tantas conquistas. É um momento inesquecível para todos nós”. Assim, Luiz Mello, segundo vice-presidente e diretor da Unidade Assistencial Dona Aninha, definiu a comemoração do lançamento da pedra fundamental da unidade do GEB em Vila Brasilândia, ocorrida no dia 30 de abril.
Na presença dos amigos espirituais e diante de um auditório repleto de trabalhadores e frequentadores antigos e atuais, a prece de abertura, feita por Lourdes, destacou a necessidade de prosseguimento da caridade por meio do amor.
Luiz Mello fez os presentes mergulharem na história do GEB, em especial do Núcleo Assistencial Dona Aninha, destacando o trabalho dos incansáveis desbravadores e as ações desenvolvidas ao longo dos anos.
“Aqui temos a sustentação de Allan Kardec, codificador da doutrina que nos ilumina; Bezerra de Menezes, nosso fiador; Batuíra, líder amigo; Chico Xavier, orientador dos trabalhos; e Spartaco Ghilardi, médium e trabalhador de todas as horas”, afirmou o vice-presidente.
Trabalhos que fizeram história
Antes de se implantar o Grupo Espírita Batuíra, em 1964, cuja primeira unidade se estabeleceu na Rua Caiubi, há 40 anos o GEB já existia no plano espiritual, oportunidade em que, “nós, as pedras do caminho, nos encontraríamos nesse rio”, conforme explica Mello.
Segundo o vice-presidente, pessoas avalizadas pelo mundo maior, exemplos de coragem, compromisso, determinação e esforço, formaram a diretoria em 1964.
Em seguida, trabalhadores do GEB se dirigiram a Vila Brasilândia e levaram carinho, amor, esperança e alimento do corpo e da alma por meio da Distribuição Semestral. Os voluntários entravam de peito aberto e coração alegre nas ruelas e vilas, que careciam de saneamento básico e dignidade. “Muitas pessoas que passaram em Vila Brasilândia aprenderam a amar os semelhantes, a desenvolver os bons sentimentos e a exercitar a caridade”, salientou Mello.
Em meio às dificuldades no percurso, mas contando sempre com a garra do batuirense e o amparo dos amigos espirituais, ao longo do tempo o GEB conseguiu implantar o programa da Família Assistida, a sopa fraterna, após recomendações de Chico Xavier, atendimento médico e odontológico, Centro de Educação Infantil, cursos, corte de cabelo, além da assistência espiritual por meio dos passes, palestras evangélicas, fluidoterapia, Curso Básico, Coeem, dentre outros.
Núcleo Assistencial Dona Aninha
Após definição da transferência da área assistencial para Vila Brasilândia, começou-se a busca por um terreno adequado. Em 25 de abril de 1971, um novo ciclo foi iniciado com o lançamento da pedra fundamental no Núcleo Assistencial Dona Aninha, instalada no conhecido Jardim do Manecão.
“Sabíamos que os recursos não nos faltariam se estivéssemos sempre na linha do bem”, pondera Mello.
Assim, o GEB foi recebendo doações diversas, desde materiais de construção de casas que seriam demolidas, até um terreno em Atibaia, cujo valor serviu para pagamento do terreno em Vila Brasilândia e das reformas da unidade na Caiubi.
Com relação às doações, Douglas Bellini, presidente do Conselho de Administração do GEB, lembra-se dos causos que marcaram a história do GEB e diz que é importante acreditar e buscar tudo aquilo que se necessita. “Aquela chama que nos motivou durante todos esses anos continua acesa. Peço aos jovens que continuem com esse trabalho. Temos a responsabilidade de tocar essa chama”, completa.
Experiências emocionantes
Durante a comemoração, quatro mulheres relataram suas experiências e o significado do GEB em suas vidas. Dentre elas, Maristela Ferreira, mãe de seis filhos, foi uma das atendidas pela Unidade Dona Aninha e, hoje, é voluntária do Atendimento Jurídico Fraterno. “Minha vida ganhou muito mais sentido depois que conheci o Batuíra”, depôs Maristela, emocionando o público.
Ronaldo Lopes, presidente executivo do GEB, considera existir um entrelaçamento entre as pessoas: “Essa festa é a concretização que essa Casa continua porque aparecem novas pessoas entrelaçadas em outras vidas dizendo: Aqui estou! Isso dá a certeza de que o GEB continuará”, avalia Lopes.
Após a prece de encerramento proferida pela Betinha, pedindo que “a paz de Jesus nos una e abra as portas para servirmos a Deus”, o grupo Brasa – Meninos da Brasilândia fez apresentações de dança e violão e, para finalizar a festa, todos cantaram a tradicional Canção da Alegria Cristã.
Galeria de fotos
Texto: Talita Caetano - Fotos: Danilo Ramos e Arquivo.