Semeando amor e solidariedade!
Encontro de Corações
"No final da década de 60, amada Brasilândia, uma equipe de homens e mulheres do Grupo Espírita Batuíra, escalando suas ruas estreitas e escorregadias, pisaram em seu solo, desejos de ajudar seus habitantes a terem uma condição de vida melhor. Inicialmente, eles trouxeram a sopa; mais tarde, a roupa, o agasalho, os artigos de uso pessoal e do lar. Tudo para lhe demonstrar que, unidos, podemos superar muitos obstáculos.
Naquela época, Vila Brasilândia, a Casa de Pedra de Batuíra a abraçou e está do seu lado até hoje, com muito carinho. Você é especial para nossa casa. Há muitas histórias em comum, entre a nossa casa e você, que não podem ser esquecidas. São história comoventes de famílias que, da condição de assistidas, trasmudaram-se em assistentes a outras famílias. Tais fatos nos enternecem, fazendo-nos acreditar piamente que o amor é o laço que nos mantém juntos, como filhos do mesmo Pai.
Vila Brasilândia, você foi o local escolhido pelos “batuirenses” para o aprendizado real do ensino de Jesus: Amai ao vosso próximo como a si mesmo. Se você não tivesse existido, este ensino do Mestre seria para eles uma ficção.
Oh! Querida Vila Brasilândia, hoje, com mais recursos materiais para viver, suas necessidades estão mudando rapidamente. É chegada a hora em que você clama não mais pelo alimento material, mas espiritual. Desde o início desse relacionamento entre você e a Casa de Batuíra, o Evangelho do Mestre tem sido anunciado a você. Agora, porém, muito mais, pois “os tempos são chegados”! Texto de Geraldo Ribeiro da Silva - Extraído da obra "GEB: 50 anos de Mais Luz".
Plantando Amor e Solidariedade!
45 anos após o lançamento da pedra fundamental, o Grupo Espírita Batuíra relembra este momento importante de sua história, com um evento comemorativo a ser realizado no dia 30 de abril próximo, às 10 horas, na Unidade Assistencial Dona Aninha.
Com a fé inquebrantável e o apoio de centenas e centenas de amigos, benfeitores, voluntários e a inspiração sempre presente de Batuíra e de nossos amigos do plano espiritual, depois de intensa luta e trabalho, a unidade de Brasilândia é a realidade escolhida pelos "batuirenses" para o aprendizado real do ensino de Jesus: Amai ao vosso próximo como a si mesmo, como afirma Geraldo Ribeiro da Silva, em seu livro citado acima.
Aqui reproduzimos alguns fatos importantes dessa história.
Janeiro de 1971
Uma comissão é criada para tomar as providências de compra do terreno, que seria sede do Departamento de Assistência Social, em Vila Brasilândia. Compunham esta comissão: Savério Latorre, Douglas Bellini, Ângelo Pagotto, Hildebrando Vieira, Gino Segundo e Ulisses Martins.
Março de 1971
É feita a compra do terreno, em Vila Brasilândia, na Rua 4 (quatro). O registro foi feito no 26º Tabelião de Registros de Imóveis em São Paulo.
Abril de 1971
O dia 25 de abril de 1971 constitui-se em uma data histórica, porque nesse dia, às 10 horas, foi lançada a pedra fundamental e, em seguida, a campanha para a construção do Complexo Assistencial de Vila Brasilândia.
A força dos voluntários
A espiritualidade manifesta-se generosa, juntando as pessoas que tinham o compromisso espiritual de erguer a unidade assistencial naquele local.
Um passo importante foi o trabalho de terraplenagem realizado pelo sr. Hildebrando Vieira, membro da comissão e especializado no setor.
Cogitavam os membros da comissão, sensibilizados com a fome e a miséria reinantes no bairro, que a unidade assistencial seria construída por etapas. Primeiro: a construção do pavilhão para servir a sopa. Segundo: construção do auditório para palestras e salas de passes.
O trabalho foi árduo. A comissão se reunia, semanalmente, para dar seguimento às providências necessárias.
Em agosto de 1971, Douglas, eufórico, informa numa reunião de diretoria, que a obra avançava com muita celeridade. As doações aconteciam: bacias para os banheiros, bebedouros, lavatórios, registros, torneiras, pedras, areia em grande quantidade, vidros, azulejos. A toda hora uma boa novidade. O plano espiritual estava mesmo colaborando e assoprando nos ouvidos das pessoas com recursos, que ajudassem na realização da obra. E como ajudaram!
Em setembro de 1971 o GEB recebe o sinal verde da Prefeitura para a continuidade da construção do departamento assistencial, que é a grande meta. Um novo reforço para a comissão: Orlando Carvalho, de nacionalidade portuguesa, construtor de profissão.
No dia 13 de maio de 1972, o auditório é inaugurado, com uma palestra proferida pelo professor e orador Newton Boechat. E para alegrar o ambiente, música proporcionada pela Banda Musical de Conchas.
Entre idas e vindas junto aos órgãos reguladores de construção da Prefeitura para aprovação de plantas e adequação à legislação vigente e muita luta para encontrar recursos financeiros, o Complexo Assistencial de Vila Brasilândia, acrescido de ambientes para ambulatório médico, gabinete dentário, salas de aula e espaços para projetos futuros chega ao fim de sua primeira etapa: no final de 1974 ficou pronto por inteiro, passando, assim, a oferecer condições para o funcionamento das tarefas previstas.
Outros desafios vieram e foram vencidos para sua constante ampliação. Certamente novos virão, sempre com o intuito de oferecer o melhor atendimento aos nossos assistidos.
Texto pesquisado em "Grupo Espírita Batuíra: 50 anos de Mais Luz."
Conheça mais sobre a história do GEB nesta obra de autoria do primeiro vice-presidente Geraldo Ribeiro da Silva.