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Intercâmbio entre Casas Espíritas: Káritas e Batuíra se ajudam mutuamente.
Recebemos a visita, neste sábado (02/08), do psicólogo Luiz Fernando A. Penteado, que ministrou uma palestra sobre “Pais Formadores” para cerca de 25 pais e mães inscritos no programa Família Assistida. Ele ressaltou como é importante a transmissão de valores neste mundo globalizado, além de mostrar, quase que numa conversa informal com todos os presentes, como a canalização dos sentimentos e emoções pode facilitar o relacionamento entre pais e filhos.
Juntamente se fez acompanhar de Giancarlo Greco, atual presidente do Káritas, o qual ficou positivamente surpreso com a estrutura do GEB naquela unidade. "O trabalho que voces fazem e extremamente inspirador. Foi uma experiência para mim marcante. A alegria e comprometimento de todos são impressionantes, juntamente com o alinhamento e foco” , afirmou.
Ao final da palestra, Luiz Fernando, que além de ser um dos fundadores do Káritas é também presidente da USE Regional de S.Paulo, foi convidado a preparar um seminário com maior profundidade sobre o tema “Família ", que será apresentado no final de outubro próximo, para todos os voluntários do Batuíra que se relacionam com pais, sejam da Família Assistida,Grupos de Pais,Educadores Espíritas ou monitores do Curso Básico de Doutrina Espírita e correlatos.
Luiz Fernando e Giancarlo percorreram as instalações de nossa unidade Dona Aninha, quando receberam explicações de nossos diretores presentes,sobre as diversas atividades , a saber, Luiz Mello, 2° Vice Presidente e Ronaldo Lopes,presidente da Diretoria do GEB. Este,na qualidade de vice-presidente da USE LAPA tentará inclusive incorporar o seminário acima citado, previsto para outubro, no calendário de eventos deste órgão. Desta forma as possibilidades de intercâmbio entre as casas espíritas desta região tornar-se-ão cada vez mais realidade.
Justa homenagem
Os filhos do professor Apolo, tendo Eurídice à frente, cortam a fita de inauguração da biblioteca.
A cerimônia marcou a doação pela família Oliva dos livros que pertenceram ao professor, e que agora ganharam um novo armário em nossa biblioteca em Brasilândia. A sala ainda recebeu novas mesas e cadeiras de forma a oferecer maior conforto aos que desejam consultar os livros na biblioteca.
Da esquerda para a direita: Ricardo Oliva, Apolo Oliva Neto, Eurídice Oliva Pereira e o presidente do GEB Ronaldo Lopes.
Os filhos do professor, que também foi um dos fundadores da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – se emocionaram na cerimônia.
Esta homenagem é uma maneira de manter a memória de meu pai para sempre na casa que ele ajudou a fundar – disse Apolo Oliva Neto. Eurídice Oliva Pereira ressaltou o valor dos livros da vida do pai: - Ele lutou, desejou, plantou tudo que diz respeito à cultura.
Biblioteca Apolo Oliva Filho: Aberta aos sábados, das 15h30 às 17h |
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- Texto e fotos de Simone Queiroz.
Lar Transitório: A volta aos bancos escolares
Para a professora Valéria Aparecida do Amaral a experiência tem o mesmo encanto.
As aulas de alfabetização são lúdicas, com jogos de rimas, caça-palavras, bingo de multiplicação, leitura de poesias. E incluem lição de casa, que nenhum dos 12 assistidos em tratamento na Casa deixa de fazer.
“Fiz uma sondagem com os assistidos e verifiquei que a maioria tinha frequentado a escola, mas desistido antes da quinta série. Elaborei um projeto lúdico, motivacional, que busca resgatar a autoestima. Eles aprendem e relembram língua portuguesa e matemática, além de refletirem sobre a importância de continuar aprendendo”, explica Valéria.
Valéria teve varíola quando pequena e frequentou uma escola especial, abandonou os estudos quando se casou, mas voltou a estudar e se formou em pedagogia no ano passado, aos 63 anos.
De acordo com a gerente Lar, Rosa, o reforço na alfabetização é importante para a reinserção social dos assistidos que estão em situação de exclusão social e são tratados após terem se submetido a intervenções cirúrgicas.
“Eles recebem aqui tratamento com psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais com o intuito de iniciarem um novo projeto de vida. O curso de alfabetização vem somar ao que já é feito em outras terapias”, afirma.
Com a palavra, os assistidos:
José Luis de Oliveira Jefferson da Silva
José Luiz de Oliveira, de 43 anos, está no Lar se recuperando da amputação de um dedo do pé esquerdo e um do pé direito. “Estudei até a quarta-série. Trabalhei com serralheria industrial, aprendendo a calcular e medir. Sabia ler, mas tenho dificuldade para escrever. E a primeira palavra que quero aprender a colocar no papel é gratidão”.
Reginaldo Costa Carvalho, de 32 anos, fraturou a perna esquerda e o braço esquerdo após cair do muro. “Estudei até a sexta série e agora estou relembrando português e matemática. É importante estar informado para fazer entrevistas de emprego”
Jefferson da Silva, de 39 anos, se recupera de uma fratura no calcanhar. “Estudei até o terceiro colegial, e frequento as aulas para relembrar e ajudar os outros. Está sendo de grande ajuda. Quero fazer faculdade de turismo no futuro”.
- Texto de Rita Cirne.
- Publicado no Batuíra Jornal nº 135.
Lar Transitório Batuíra: 13 anos de contínuo trabalho
Depoimento de ex-assistido emociona!
O presente de aniversário que o Lar Transitório recebeu na comemoração de seus 13 anos de existência foi o depoimento do ex-assistido Felinho Fernandes da Silva.
Felinho, 46 anos, natural de Araguacema (GO), trabalhava como cozinheiro e devido a explosão de um botijão de gás sofreu queimaduras em 70% do corpo. Visando melhores condições de tratamento, veio para São Paulo e vinculou-se ao Hospital São Paulo , onde foi submetido a várias cirurgias reparadoras, inclusive no rosto. Morava em albergues e, após cada cirurgia, era encaminhado ao Lar Transitório, para o período de convalescença.
Felinho disse que sempre demonstrou ter muita fé e coragem para enfrentar as dificuldades. Na ocasião tinha apenas o primeiro grau. Referia, nesta época, ter como projeto de vida concluir seu tratamento, voltar a ter alguma atividade e, principalmente, retomar os estudos.
Contou que conseguiu um benefício no valor de um salário mínimo e saiu da situação de albergado. Feliz e emocionado, revelou que hoje está conseguindo alcançar seus objetivos de vida, inclusive, está cursando o 3º ano da Faculdade de Direito.
Foi um depoimento que mexeu com as fibras íntimas de todos os presentes e comprovou o acerto do plano Espiritual que indicou ao Sr. Spartaco Ghilhardi, pela mediunidade de Chico Xavier, a criação do Lar Transitório como uma unidade assistencial para atendimento aos mais necessitados.
13 anos de atividades
O Lar Transitório, que completou 13 anos de atividades ininterruptas, dispõe de estrutura física e de recursos humanos adequados para o atendimento, em período de 24 horas, a treze usuários/dia, adultos,do sexo masculino.
O quadro de efetivos, do qual fazem parte uma coordenadora (assistente social), orientadores sócio-educativos e pessoal de apoio, mais uma equipe multiprofissional de voluntários das áreas médica, psicológica, fisioterapêutica, enfermagem, nutrição, odontológica e serviço social, entre outros, dão apoio regular aos assistidos.
A recuperação dos assistidos pelo Lar é garantida pelo acompanhamento médico da evolução de seu quadro e a execução das recomendações pós-alta hospitalar (dietas especiais, curativos,medicações, controle de sinais vitais, repouso relativo, etc.).
Durante o período de permanência no Lar, os assistidos são acompanhados e transportados pela equipe de voluntários a consultas externas. Procura-se cobrir todas as suas necessidades médicas, tais como retornos médicos, consultas ao dentistas, confecção de próteses dentárias, programas de reabilitação.
Há monitoramento do trabalho de elaboração psicosocial do assistido frente a sua situação, contribuindo para a reorganização e responsabilidade pessoal, afetiva e social, no encaminhamento de suas questões e novos projetos de vida. Apoio para que seja protagonista de sua vida.
A rotina é quase uma reprodução de experiências do cotidiano. O que se faz ali diariamente reconstitui ambientes de convívio social, tais como atividades de lazer, estabelecimento de horários para refeições, hábitos de higiene, repouso noturno, comemoração de datas significativas, como Natal, Dia dos Pais, etc..
O Lar motiva, ainda, a participação dos assistidos em atividades sócio-educativas, visando o conhecimento e a prevenção para melhoria da qualidade de vida do indivíduo.
Procura identificar e atuar sobre a possibilidade de ações que visem à restauração de vínculos afetivos e a reinserção familiar ou colocação dos assistidos em modalidades de moradia que exclua a situação de rua (albergues, abrigos para idosos, comunidade terapêutica, moradia provisória etc.).
Propicia articulação da rede de apoio social e de saúde, promovendo encaminhamento dos assistidos aos equipamentos, para a continuidade do trabalho iniciado (tratamento médico, odontológico, psiquiátrico para dependência de drogas, álcool, reabilitação, cursos profissionalizantes, assistência jurídica, documentos, entrevista para emprego, etc.).
As oficinas de trabalhos manuais, orientadas por voluntários qualificados, cumprem os papéis de aumentar a auto-estima e a auto-confiança, diminuir a ansiedade, facilitar a comunicação e a criatividade dos assistidos.
Programa de inserção social através da arte, com a sensibilização dos sentidos pelos diversos segmentos artísticos como pintura, desenho,música, mosaico,que auxiliam no alivio do stress , no equilíbrio e na expressão dos sentimentos,além da conscientizaçãode suas habilidades e conhecimentos através das atividades propostas.
Celebração dos 13 anos do Lar Transitório em fotos
Lar Transitório comemora 15 anos
1300 assistidos em 15 anos de funcionamento numa casa. É o resultado de muito amor, dedicação, compromisso e trabalho. Por isso, o aniversário de fundação da Casa de Cuidados Lar Transitório (29 de agosto), foi tão alegremente comemorado por assistidos, funcionários, voluntários e frequentadores do Grupo Espírita Batuíra.
O presidente-executivo do GEB, Ronaldo Lopes, lembrou que somos todos como uma grande família, unidos por um ideal comum, mesmo trabalhando em diferentes frentes na Casa de Batuíra. Douglas Bellini, que presidente o Conselho de Administração, relembrou os esforços para a expansão do Lar graças à compra do imóvel ao lado.
Eduardo Barato, diretor-médico do Lar, aproveitou o dia de festa para fazer um balanço desses 15 anos e também homenagear todos - encarnados e desencarnados - que ao longo desse tempo colaboraram para que a casa fosse erguida e se mantenha aberta recebendo e cuidando de homens em situação de rua e que estão em período de convalescença após passarem por cirurgias.
" Lembro-me bem do discurso de Spartaco Ghilardi, no dia da inauguração do Lar, também data de nascimento do dr. Adolfo Bezerra de Menezes . Spartaco, que teve papel fundamental na construção do Lar, pediu a ajuda do médico, que se notabilizou pelo atendimento aos pobres, e disse aos que aqui estavam que estávamos todos assumindo um compromisso com Batuíra, como que assinando um contrato com data de início, mas não de término."
Doutor Eduardo completou:
"Precisamos do espaço físico da moradia, mas afeto e amor é que transformam os limites das paredes num lar!!! "
- Texto: Simone Queiroz
Publicado no Batuíra Jornal nº 125 - Setembro e Outubro de 2017.
Lar transitório completa 12 anos
No calendário espírita 29 de agosto é a data de nascimento de Dr. Bezerra de Menezes, médico que se notabilizou por sua dedicação aos pobres e, no Movimento Espírita, por trabalhar intensamente em defesa da união dos espíritas.
Na fundação do Grupo Espírita Batuíra, Dr. Bezerra de Menezes (Espírito) teve participação decisiva. Através da mediunidade de Chico Xavier, enviou várias mensagens incentivando a criação e manutenção da Casa de Pedra de Batuíra.
No Grupo Espírita Batuíra, os espíritos Bezerra e Batuíra são lembrados frequentemente. Nas distribuições semestrais realizadas pela casa, desde seus primórdios, uma delas homenageia Bezerra e outra, Batuíra.
Batuíra e Bezerra, quando encarnados, foram grandes amigos, um divulgando o Espiritismo em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro.
A data de inauguração do Lar Transitório, que tem o nome de Batuíra, é a data de nascimento de Bezerra. Acaso? Não. Tudo foi planejado para que esses dois irmãos espirituais e muito queridos de todos nós fossem homenageados pela nossa instituição.
Neste último dia 29 de agosto, o Lar Transitório Batuíra completou 12 anos de existência. A comemoração foi simples, como era o desejo de seu diretor, Dr. Eduardo Barato, membro da diretoria do GEB.
Na comemoração, Dr. Eduardo foi econômico, limitando-se a cumprimentar todas as pessoas presentes e agradecer a colaboração dos funcionários e voluntários que compareceram em grande número. Segundo ele, desde cedo, quando realizava a visita tradicional aos assistidos, já sentia a presença dos Benfeitores Espirituais abraçando todos os colaboradores da casa.
Em seguida, pediu ao presidente do GEB, Ronaldo Lopes, para dizer algumas palavras. Ronaldo, então, destacou o cinquentenário do GEB e, por conta desse fato, os eventos realizados na casa até agora: comemoração no dia 15 de janeiro (data de fundação do GEB), palestras especiais ao longo do ano, reuniões com casas espíritas vizinhas, etc. Mencionou também a comemoração dos 150 anos de lançamento do Evangelho Segundo o Espiritismo. Lembrou ainda o Espaço Apinajés, que neste ano também completa 12 anos e a creche 30.
Em seguida, Dr. Eduardo convidou Dr. Francisco Lucas Neto - presente no evento, com a esposa e filhos - para um diálogo fraterno. Ele foi o doador do terreno que hoje abriga o Lar Transitório. Dr. Eduardo revelou ao Dr. Francisco que se encontra com ele de tempo em tempo (referindo-se às várias encarnações). E continuou, dizendo que há 2000 anos esses encontros começaram e permanecem até hoje.
Quando Dr. Eduardo perguntou ao Dr. Francisco se poderia nos ajudar em outros projetos, ele declarou que sim, para em seguida arrematar que é ajudando que somos ajudados.
A diretoria se fez representar no ato, além do seu presidente, por Claudio Luiz de Florio, Geraldo Ribeiro da Silva e o conselheiro Ricardo Pastori.
Após comovente prece, Dr. Eduardo deu por encerrada a pequena festa comemorativa dos 12 anos de existência do Lar Transitório.
Texto de Geraldo Ribeiro
Lar Transitório completa 14 anos de existência
O lar foi inaugurado no dia 29 de agosto, data de nascimento do dr. Bezerra de Menezes, que se notabilizou pelo atendimento médico aos pobres, e tem papel importante da história do GEB, através de mensagens psicografadas por Chico Xavier. Em 14 anos, 1.214 homens passaram pela casa, onde encontraram ajuda e amparo para se recuperar física e espiritualmente das feridas, e seguir adiante.
14 anos de atendimento e muitas histórias de amor e superação.
Josué Cardoso dos Santos, 51 anos, é um deles. Quando conversamos com ele, fazia 6 dias que havia chegado ao Lar Transitório, após realizar uma cirurgia no olho. Ele perdeu a visão do olho direito ainda criança e já precisou de 4 operações. É a terceira vez que é acolhido na casa: “Eu pedi para vir para cá porque cuidam muito bem da gente”, conta Josué ao lado de Daniel José Batista, de 44 anos, que está há 3 meses no Lar Transitório, recuperando-se de uma queimadura sofrida nas costas.
No Lar, os assistidos recebem atendimento médico, alimentação, participam de oficinas e terapias que buscam fortalecer a autoestima e trabalhar noções de cidadania. Assim, ao receberem alta, estão mais preparados para enfrentar os novos desafios da vida. Os que querem, também participam das atividades religiosas oferecidas na casa.
Durante a comemoração dos 14 anos, que teve prece, músicas ao piano, parabéns e bolo, claro, impossível não notar a presença de um senhor de barba espessa e branquinha divertindo-se com os companheiros.
Era José dos Santos Domingues, 60 anos. “Eu vivo em albergue, mas sofri um acidente, quebrei a perna, precisei de cirurgia. Aí não dava para voltar para o albergue, então fui encaminhado para cá. Só pedi para não cortarem o cabelo e a barba. Todo final de ano eu trabalho como Papai Noel, é o meu ganha-pão”.
Ronaldo Lopes e Douglas Bellini, respectivamente presidente-executivo e presidente do Conselho de Administração do Grupo Espírita Batuíra, lembraram a importância do trabalho dos voluntários, fundamental para a realização de todas as atividades do Lar Transitório. Referindo-se aos assistidos, Ronaldo disse: “Vocês são a grande razão de ser do Lar Transitório. Mesmo depois de partirem, deixam marcas em todos nós”, afirmou Ronaldo.
Douglas falou de gratidão: “Temos muito a agradecer pela ajuda que recebemos, e peço que tenhamos sempre condições para realizarmos os presentes e os futuros sonhos”, disse Douglas.
Eduardo Barato, diretor médico da Casa de Cuidados, explicou que o Lar Transitório, pelo modelo de trabalho que realiza, é uma obra única em todo País, e acrescentou, emocionado: “ Somos nós os grandes beneficiados. Os assistidos representam a oportunidade de trabalho, de crescimento e de aprendizado. É por isso que mais que comemorar, temos muito a agradecer pela ajuda, amparo, e intuição oferecidos pelo plano espiritual.”
Texto de Simone Queiroz, publicado no Batuíra Jornal nº 119
Lar Transitório completa 20 anos
Assistidos da Casa de Cuidados Lar Transitório Batuíra no jardim de recreio.
A comemoração dos 20 anos ocorreu no último sábado de julho (27) de 2022 em um clima muito simples, como gostava Spartaco, mas com toque de acolhimento, fraternidade e muito amor entre os presentes e os assistidos de hoje.
O médium Spartaco Ghilardi, ladeado pelo presidente do GEB da época Nabor Bernardes Ferreira e Douglas Musset Bellini, presidente do Conselho de Administração, na inauguração.
Com um sorriso nos lábios e com o coração cheio de emoção, Spartaco confessou naquele dia "que a Casa de Pedra de Batuíra havia cumprido todas suas promessas com a Espiritualidade e emancipou-se, ao inaugurar o Lar Transitório Batuíra, um sonho há muito tempo acalentado em nossos corações. Daqui em diante, vamos investir na melhoria das frentes de trabalho existentes na casa, pois vivemos numa época em que as exigências são maiores."
Com a singeleza de sempre, após breve apresentação do diretor do Lar Dr. Eduardo Barato, todos puderam confraternizar-se. Claro, não poderia faltar o tradicional bolo de aniversário.
Lar Transitório continua fiel aos seus ideais e de olho em novos desafios
No dia 29 de agosto de 2002, a Casa de Cuidados Lar Transitório Batuíra abriu suas portas para um trabalho inédito dentro do Grupo Espírita Batuíra: oferecer acolhimento amoroso e fraterno aos irmãos doentes em situação de exclusão social. Passados 20 anos dessa data histórica para a Casa, o Lar se mantém fiel à orientação da espiritualidade superior, através da mediunidade de Spartaco Ghilardi: atender moradores do sexo masculino moradores de área livre, recém-saídos de cirurgias hospitalares necessitados de cuidados especiais. E mais do que tratar das feridas do corpo físico, busca também tratar das chagas da alma dos que se distanciaram da família e se encontram, muitas vezes, sem esperanças.
Situado à rua Maria José, 311, na Bela Vista, o Lar mantém uma estrutura com 13 leitos, por onde foram acolhidos e tratados nesses 20 anos 1603 moradores de área. Até hoje, conta com a maioria dos integrantes do grupo de trabalhadores da primeira hora, que se mantém unido e motivado em dar continuidade a essa missão. São 50 voluntários e 11 funcionários. O resultado é que o Lar conseguiu um reconhecimento no meio hospitalar da cidade de São Paulo. Os hospitais da rede pública e as unidades de assistência social reconhecem a excelência dos cuidados que a Casa oferece e encaminham para lá os recém-operados que não têm familiares a quem recorrer.
Para explicar o sucesso dessa jornada, o Dr. Eduardo Barato, que é diretor do Lar desde que foi inaugurado, destaca que a orientação de Spartaco e a proteção da espiritualidade fizeram toda a diferença.
“O Sr. Spartaco nos mostrou que o trabalho devia estar alicerçado nos ensinamentos de Jesus. E foi isso que nós sempre fizemos, pois não tratamos só dos traumas físicos dos que saíram de cirurgias. Tratamos também das chagas da alma: as mágoas, a revolta, os vícios que adquiriram como fuga dos problemas, como o álcool e as drogas. Eles chegam aqui com o coração amargurado. E além do tratamento médico e psicológico, oferecemos o acolhimento com o Evangelho e o tratamento que a Doutrina Espírita oferece: fluidoterapia, passe, água fluidificada e trabalho de desobsessão. Eles adquirem o conhecimento sobre o que aconteceu com a vida deles, e criam condições para promoverem uma mudança mental que se reflete em suas vidas”, explica.
Francisco José Lucas Neto foi o doador do terreno em 2002 que possibilitou a construção do Lar Transitório. Foi recebido com muita alegria por todos e, especialmente, pelo diretor do Lar Dr. Eduardo Barato, nesta ocasião especial na qual comemoramos 20 anos de fundação de trabalho junto aos moradores de área livre atendidos na Casa.
O Dr. Barato afirma que quando olha para trás e recorda o dia da inauguração do Lar, lembra nitidamente que se via numa estrada que estava começando. Era uma jornada onde tudo podia acontecer. E embora afirme que se sente alegre e agradecido pelo caminho trilhado, percebe também que a responsabilidade só aumenta. Segundo ele, o primeiro aspecto da tarefa foi cumprido, que era a materialização e consolidação do trabalho. Mas agora, a preocupação da Casa é com o segundo aspecto: a continuidade do trabalho.
“O atendimento no Lar é feito em conjunto com a espiritualidade. Nós somos o instrumento desse trabalho, mas muitos do grupo estão avançando na idade. Precisamos nos preocupar com a sucessão dos trabalhadores para mantermos a qualidade do que oferecemos. Muitos grupos de trabalho semelhantes ao nosso não se preparam adequadamente e, por isso, encerram suas atividades. Nós já estamos preparando pessoas para que assumam esse trabalho. É uma tarefa que não pode perder força nem depender do personalismo de alguns, mas precisa passar de geração para geração tanto de encarnados como de desencarnados”, acrescenta.
Segundo ele, há um terceiro aspecto a considerar. Trata-se do fortalecimento da instituição como um todo, para que a experiência adquirida com esse trabalho sirva de plataforma para o início de novas tarefas baseadas nesse mesmo alicerce. O Dr. Barato afirma que é preciso olhar para a frente e ver o que pode ser feito, sem se contentar com o que já foi realizado.
“Estamos aptos e em condições de dar motivação e a nossa experiência e entendimento para novos trabalhos, tanto do ponto de vista assistencial, mas e também de ideal e de moral. Podemos aumentar a nossa capacidade de trabalho e a instituição irá se fortalecer, ampliando sua atuação na seara de Jesus. Tudo isso sem deixar de lado o que está sendo feito, mas estendendo mais o nosso compromisso”, afirma.
Assistidos tendo aula na oficina de Jardinagem com a professora Lucia Gatti, onde aprendem a técnica kokedama.
Ele explica que a espiritualidade que sustentou as atividades do Lar até agora, dando inspiração e auxiliando na superação das dificuldades - inclusive na busca de recursos financeiros e no enfrentamento das influenciações espirituais que tentavam desequilibrar os trabalhos - , vai também mostrar as oportunidades que existem para os novos desafios da Casa.
“Esse trabalho que fazemos com a ajuda da espiritualidade é muito lindo. Ao mesmo tempo que somos instrumento na recuperação dos assistidos, nós também somos auxiliados, pois também estamos em processo de aprendizado e melhoria. Confiamos em Jesus, na espiritualidade e no trabalho sério e alicerçado que desenvolvemos. Sabemos que com calma, perseverança e persistência, continuaremos nos fortalecendo e seguindo em frente”, concluiu.
Flagrantes da comemoração dos 20 anos
Luiz Mello, Geraldo, Dr Eduardo, Robson, Ronaldo Lopes e Dr. Sandro prestigiaram a comemoração no Lar Transitório.
Junior, Hildebrando e Eduardo Parabéns ao Lar não poderia faltar Assistidos participaram da festividade
Equipe valorosa de trabalho da Casa do Lar Transitório Batuíra, que não mede esforços para atender com amor os assistidos.
- Texto e fotos: Rita Cirne e JCZaninotti
Lar Transitório completa mais um ciclo de amor
Já se passaram 19 anos desde que foi criada a Casa de Cuidados Lar Transitório Batuíra, em 29 de agosto de 2002. Nesse período, 1.565 moradores em situação de rua recém-saídos de cirurgias hospitalares foram acolhidos ali por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas, nutricionistas, assistentes sociais, e outros voluntários, nas áreas de música e artesanato, que conseguiram dar o que todo convalescente necessita: cuidados e afeto. Um trabalho exemplar que consegue oferecer o ambiente acolhedor de um lar e criar condições, não só para a recuperação física do assistido, mas também para a sua reintegração ao convívio social.
- Não foram poucas as dificuldades que passamos nesses anos, mas elas nos trouxeram experiências que nos permitiram chegar hoje a um momento de maturidade. Quando olho para trás e recordo o dia da inauguração do Lar, lembro nitidamente que me via numa estrada que estava começando. Era uma jornada onde tudo podia acontecer. Agora, me vejo nessa estrada com tanto percurso já percorrido e isso dá serenidade e confiança - explica o Dr. Eduardo Barato, que é o diretor do Lar desde que foi inaugurado.
Segundo ele, todos desafios enfrentados, como dificuldades financeiras, influenciações espirituais que tentavam desestabilizar os trabalhos e até desentendimentos entre os internos, foram superados com confiança e grande proteção da espiritualidade. A harmonia e o entendimento conquistados ao longo desses anos permitiram, em sua opinião, passar pela pandemia de forma equilibrada, mantendo os atendimentos médicos com profissionais e voluntários. Só algumas atividades, como a fluidoterapia e reuniões clínicas e também as de desobsessão, passaram a ser remotas.
O Dr. Eduardo destaca que desde que foi criado, o Grupo Espírita Batuíra tinha recebido a orientação da espiritualidade de criar um local para atender pessoas operadas que não tivessem para onde ir. Inicialmente, esse trabalho seria feito em Vila Brasilândia e destinado a homens e mulheres, mas o projeto acabou sendo abandonado e quando iria ser retomado foi feita a doação do terreno na Bela Vista pelo sr. José Lucas Neto.
Nesse local, o Lar foi construído, e acabou sendo destinado somente a homens, que representam mais de 90% dos moradores em situação de rua. Na época, o sr. Spartaco Ghilardi, fundador do GEB, disse a todos que se envolveram nesse trabalho, que eles estavam assinando um contrato em branco. Tinha início, mas ninguém sabia quando terminaria ou a quem passariam o bastão.
- Na época, não tínhamos a percepção do tamanho do trabalho. Hoje, com o desenvolvimento das sessões de desobsessão percebemos a dimensão do que é feito lá, pois os assistidos do plano físico chegam com seus acompanhantes espirituais. Para cada leito que temos na unidade física, na espiritualidade existem vários leitos dando atendimento aos necessitados desencarnados. Isso nos dá uma visão muito mais ampla do que a que tínhamos no início. Com esse trabalho, o Lar está fazendo o saneamento da região onde está instalado. Ele tem esse papel de iluminar a região e trazer um ambiente mais harmônico, auxiliando as famílias que vivem numa região tão sofrida - afirma o médico.
Em sua opinião, todo dia é possível aprender com o trabalho desenvolvido no Lar, e não há o que temer desde que o grupo continue firme nos mesmos propósitos indicados pela espiritualidade ao sr. Spartaco: atender aos necessitados que não têm quem cuide deles quando estão mais fragilizados por passarem por traumas. E é isso que o Lar faz. Dá acolhimento a quem necessita.
- Cuidamos e plantamos sementes oferecidas pela Doutrina Espírita. Semeamos amor para que eles possam repensar suas vidas e, num momento traumático, aproveitem para largar do álcool e das drogas, e se reconciliem com os seus familiares. A partir daí, a escolha é da pessoa. Se ela não estiver preparada para fazer a mudança agora, a semente foi lançada e pode brotar mais lá na frente - explica.
Essa é também a opinião de Rosa Zulli, assistente social, e gerente de Serviço do Lar. Segundo ela, em um ambiente saudável e de muita dedicação e respeito, onde atuam 11 profissionais e 40 voluntários, é possível ao assistido resgatar sua autonomia, além de restaurar sua autoestima, num processo em que reavalia e reorganiza a sua vida através de atendimentos psicossociais, de saúde e atividades socioeducativas.
- Meu sentimento é de imensa gratidão pela oportunidade de participar desde o início desse projeto. Além da realização profissional por um trabalho tão completo e de tanta qualidade, existe o mais importante que é todo o aprendizado dos verdadeiros valores da vida - pondera.
Bolo de aniversário
Em festa de aniversário não pode faltar o tradicional bolo, que foi servido para os presentes.
A comemoração simples e cheia de afeto e amor se deu no domingo, dia 29 de agosto, às 9 horas da manhã, de forma híbrida: presencialmente reuniu os assistidos, beneméritos e equipe responsável pelo Lar Transitório.
Pela plataforma online os colaboradores, amigos, diretores e conselheiros do GEB puderam acompanhar a celebração de mais um ano de trabalho.
Os assistidos puderam seguir pela plataforma especial a presença dos convidados online.
- Texto de Rita Cirne
- Publicado no Batuíra Jornal nº 145
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Livro GEB 50 Anos de Mais Luz e concerto sinfônico no Theatro São Pedro
Era um pouco mais das 15 horas de domingo quando se abriram as portas do Theatro São Pedro, uma das relíquias preservadas da arquitetura paulistana que floresceram entre o final do século XIX e começo do século XX, para receber os convidados do Grupo Espírita Batuíra que vieram prestigiar o lançamento do livro “GEB 50 Anos de Mais Luz”, de autoria de Geraldo Ribeiro da Silva, primeiro vice-presidente da entidade.
O foyer do Theatro estava decorado para o evento, com banners, flores e estantes com a obra do autor. Um a um os convidados foram formando uma extensa fila para receber o autógrafo do autor, que não só era generoso em suas observações como carinhoso na forma de expressão aos seus leitores.
Para Claudio Luiz de Flório, diretor financeiro do GEB, a obra encerra o registro histórico de todos os acontecimentos que se desenrolaram por esses 50 anos, muitos dos quais esquecidos ou não sabido por muitos recém chegados, e oferecido a todos nós pelo resultado do trabalho incansável do Geraldo, que nos contemplou com relatos, registros e histórias inesquecíveis.
Literatura, Música & Cinema
Como parte integrante da comemoração do jubileu de ouro, o Grupo Espírita Batuíra programou, também, a apresentação da Orquestra Juvenil Heliópolis, que encantou os espectadores que lotaram a plateia e os balcões do Theatro São Pedro.
Sob a regência da competente maestrina Claudia Feres, a orquestra formada por 55 jovens da comunidade de Heliópolis e de seu entorno, localizados na zona sul de São Paulo, executaram obras de Beethoven, Sibelius, Vivaldi, Ketèlby, Dvorák e finalizaram o espetáculo com um número especial reunindo Ary Barroso, Tom Jobim e Zequinha de Abreu, para delírio da plateia.
Ao final do concerto, o presidente executivo Ronaldo Lopes e o presidente do Conselho de Administração Douglas Musset Bellini presentearam com uma placa comemorativa ao evento a Orquestra Juvenil Heliópolis, na figura de seu spala Lucas Moraes e a regente maestrina Claudia Feres, como uma forma de perpetuar o aplauso e o agradecimento por parte da família Batuíra neste mágico instante de comemoração dos 50 anos do GEB.
Ronaldo abriu sua participação logo em seguida à apresentação da orquestra, visivelmente emocionado, lembrando-se de uma passagem do livro "Devassando o Invisível" de Yvonne Pereira, onde ela cita o espírito de Chopin que nos afirma que a "música é o ponto culminante, o ápice da sensibilidade das Artes no nosso planeta".
Em seguida enfatizou que havia apertado as mãos de cada um na entrada, mas que ali repetia o gesto incluindo nesse agradecimento os representantes do plano espiritual ali presentes. Por isso ele se dirigia a todos com o máximo de respeito e com muita alegria. Comentou que o significado do evento era o de presentear a todos, por um lado, com a magnífica apresentação da Orquestra de Heliópolis, e por outro, com o livro de 50 anos do GEB, escrito com muito suor e inspiração pelo nosso Geraldo. Lembrou que a comemoração deste jubileu terá a duração de um ano inteiro: já no início de 2014 homenageamos os fundadores, depois a primeira Diretoria eleita em 1964, da qual dois representantes ali estavam, Sr. Savério Latorre e Sr. Davi Berezowsky, além do Sr. Hermenegildo Pastore e Sra. Lena Berezowsky, também fundadores, a quem pediu uma salva de palmas. Além disso, ao longo deste ano obsequiamos nossos frequentadores com duas palestras mensais a cargo de oradores famosos.
Finalizou lembrando sobre a importância do significado do slogan "Passado e Futuro, na mesma direção", parte integrante do logotipo de 50 anos. Disse ele que temos o privilégio de sermos espíritas, brasileiros e batuirenses; recebemos esta Casa, todos que aqui estamos, de mãos beijadas de um grupo de espíritos valorosos que se uniram há 50 anos em torno do médium Sr.Spartaco Ghilardi, cujo centenário de nascimento foi igualmente comemorado em Maio desse ano. Este slogan ressalta nossa responsabilidade e compromisso, não só dos diretores e conselheiros, mas de cada um de nossos frequentadores, até o mais pequenino deles, em levar o ideal do GEB para a frente, sempre na mesma direção imaginada pelos nossos fundadores, por mais dez, vinte, cinquenta, duzentos anos à frente, não sabemos quanto. Mas que, graças à lei de reencarnação, estaremos voltando, todos nós, para dar continuidade à essa obra maravilhosa.
Douglas, por sua vez, ao ratificar o discurso de Ronaldo, disse que a parceria realizada com o Instituto Baccarelli, responsável pela OJB, tinha tudo a ver: o Instituto promove pela música e o GEB, pelos cursos profissionalizantes, um verdadeiro programa de reinserção social de ampla parcela da juventude de nossa sociedade. E fez um coro com mais de 500 vozes: viva o Batuíra!
Como “gran finale”, foi exibido, pela primeira vez, um pequeno documentário realizado pelo cineasta e voluntário da Casa Fernando Schultz, proprietário, junto de seu irmão Paulo, da Catalisadora Audiovisual, mostrando o intenso trabalho de ação social desenvolvido pelo Grupo Espírita Batuíra junto da vibrante comunidade de Vila Brasilândia e de seu entorno, bem como aos excluídos moradores de rua da região central de São Paulo, promovendo transformações e oferecendo-lhes um futuro melhor por meio da autoestima e da cidadania, seguindo a máxima cristã de amai o próximo com a si mesmo.
Orquestra Juvenil Heliópolis
A Orquestra Juvenil Heliópolis faz parte do programa Orquestra do Amanhã, do Instituto Baccarelli, que proporciona a crianças e adolescentes, que já iniciaram o aprendizado musical pelo Coral da Gente, o estudo de instrumentos sinfônicos. Tem como regente titular a maestrina Claudia Feres e direção artística do renomado maestro brasileiro Isaac Karabtchevsky.
Na Orquestra, os alunos do Instituto Baccarelli praticam seus instrumentos em formação sinfônica, fazem ensaios de naipe, de seção e tutti, além de experiência de realizarem concertos em palcos profissionais, como o Centro Cultural de São Paulo. A Orquestra já se apresentou no Criança Esperança da TV Globo, em 2011. Atualmente, a orquestra é formada por 55 músicos, oriundos da comunidade de Heliópolis, em São Paulo, e de outras regiões do Estado.
Claudia Feres - Maestrina
Nascida em São Paulo. Bacharel em composição e regência pela UNICAMP e Mestre em música pela Northwestern University de Chicago, nos Estados Unidos. Estudou com Eleazar de Carvalho, Fábio Mechetti, Henrique Gregori, Teri Murai, Victor Yampolsky, Ronald Zolman, Gustav Meier, Robert Gutter e Jorma Panula.
Apresentou-se frente à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Amazonas Filarmônica, entre outras. Venceu o concurso para jovens regentes promovido pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Participou do International Institute for Conductors em Kiev, onde regeu a Orquestra Sinfônica Nacional da Ucrânia.
Foi regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, regente adjunta da Orquestra Sinfônica de Santo André. É diretora artística do Projeto "Música e Cidadania" da Escola de Música de Jundiaí, onde coordena a Orquestra de Câmara de Repertório e é Regente principal da Orquestra Juvenil de Heliópolis, do Instituto Baccarelli.
Flagrantes
Fotografias: Divulgação OIJ e Dr. Ricardo Pastori
Livro retrata a história do Grupo Espírita Batuíra
O livro, conforme ele mesmo diz, resgata a história do Grupo Espírita Batuíra, que este ano completa suas bodas de ouro. A obra é resultado de um trabalho de pesquisa, na qual Geraldo leu muitas atas e documentos históricos da casa. Diz que contou com colaboração da família, colegas e amigos que militam no GEB. Sem eles, diz em tom de modéstia, não teria ido muito longe, no objetivo pretendido.
Geraldo enfatiza que o livro não tem a pretensão de cobrir toda a história do GEB, até porque muitas coisas realizadas na casa não foram devidamente registradas em atas das reuniões de diretoria.Para justificar as limitações do seu trabalho declara que as pessocas com as quais conversou, nem sempre lembravam com precisão fatos ocorridos muitos anos atrás.
Geraldo levou mais de um ano juntando informações para a sua produção, fazendo questão de esclarecer que não se dedicou nesse período somente a essa tarefa; continuou atendendo normalmente a todos seus compromissos.
Qualquer que seja a crítica que o livro venha receber, ele tem o mérito de nos trazer informações que estavam esquecidas de muitas pessoas que trabalham na Casa de Pedra de Batuíra. Outro mérito é que a obra com quase 230 páginas, com certeza será útil às futuras gerações, porque sabemos que o passado está integrado ao presente e ao futuro.
Texto: Iraci Maria P. Branchini
Flagrantes do Lançamento da Obra no Theatro São Pedro.
Fotografias: Agradecimento especial ao Dr. Ricardo Pastori
Luta pela adoção premia um batuirense
O processo de adoção de uma criança ainda é visto, muitas vezes, de uma forma romântica. Vê-se como um ato de amor e de caridade que sempre vai dar certo, independentemente das histórias de vida que se cruzam e da grande expectativa que envolve as crianças adotadas e seus futuros pais. A realidade é bem diferente. Nem sempre a família está preparada. E em casos de crianças maiores, que passaram por abrigos, o desafio pode ser ainda maior, porque elas já trazem um histórico de vida que requer mais atenção e compreensão.
Mas existe uma entidade nacional que reúne grupos de apoio à adoção justamente para aparar essas arestas e trabalhar em prol da convivência familiar, sempre em sintonia com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Trata-se da ANGAAD – Associação Nacional de Grupo de Apoio à Adoção, que, neste ano em que completa 22 anos de existência, ganhou um estímulo muito especial. Chamado de “Construindo Histórias e Transformando Vidas”, o projeto da entidade para a formação de profissionais, que visa adoções bem-sucedidas, foi uma das 18 iniciativas que receberam, no dia 19 de novembro, o Prêmio Brasil Amigo da Criança 2021 do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Presidente e fundador da entidade, Paulo Sérgio Pereira dos Santos guarda fortes laços com o Grupo Espírita Batuíra, que ele passou a frequentar quando criança, após ser adotado por Antonio e Wanda Pereira dos Santos – ela, a primeira diretora da Escola de Moral Cristã do GEB. Paulo Sérgio também foi integrante da Mocidade Espírita Batuíra. O primeiro grupo de apoio à adoção na cidade de São Paulo, o Acalanto, nasce a partir de sua família e da experiência na adoção de crianças. E, claro, sob inspiração dos preceitos espíritas.
O prêmio
Paulo Sérgio afirma que o Prêmio Brasil Amigo da Criança representa muito para a entidade, pois é a primeira vez que o Estado brasileiro reconhece o trabalho desenvolvido nesses 22 anos.
– Fomos premiados na categoria Fortalecimento de Capacidades Protetivas da Família. É o reconhecimento de um esforço que fazemos para que as adoções sejam legais, seguras e para sempre. Trouxemos especialistas internacionais para dar esse treinamento e também profissionais que atuam tanto no serviço técnico de varas da infância e da juventude, quanto no sistema de acolhimento institucional, que são os abrigos – explica Paulo Sérgio.
Segundo ele, os treinamentos buscam passar um quadro bastante realista das situações de adoção, em que há muitas dores a serem trabalhadas. São dificuldades naturais, diante de emoções provocadas, às vezes, pelo trauma do rompimento com a família biológica da criança. Há também o lado dos pais, que querem adotar e sofrem pelo luto da infertilidade.
– Minha história de vida contribuiu muito para que eu desenvolvesse esse trabalho. Minha família tem uma vivência particular com a adoção. Eu fui adotado e, além dos meus pais – que tiveram quatro filhos biológicos e quatro adotivos –, eu e meus irmãos também temos filhos adotivos. Eu fui o primeiro a ser adotado pelos meus pais e admiro a coragem deles ao fazer uma adoção inter-racial na década de 70. Isso foi numa época em que as pessoas não perguntavam se eu era o filho adotado, mas indagavam se eu era o ‘negrinho’ que minha mãe tinha pego para criar – explica.
Paulo Sérgio acrescenta que o pacote afetivo de sua família foi intenso e lhe deu a base para que tivesse o seu projeto de vida estabelecido e influenciasse o projeto social que ele desenvolveu na ANGAAD. Conta, ainda, que sua esposa não tinha a experiência da adoção em sua família, mas abraçou a causa ao seu lado e hoje eles têm 11 filhos: três biológicos e oito por adoção. Ele explica que conheceu a esposa Sueli na Mocidade Espírita Batuíra e, juntos, começaram a pensar, na década de 80, na necessidade de que fossem criados grupos de apoio à adoção. Nessa empreitada, tiveram como companheiros de caminho Roberto Mesquita, Ricardo Pastore, Walter Bataglia, Iara Longano, entre outros.
Hoje, há mais de 200 grupos de apoio espalhados pelo Brasil e o trabalho desses grupos não ajudou só as crianças e as famílias que buscavam adoção: também influenciou as políticas públicas do país e deu suporte para que fosse instituída, por exemplo, a licença-maternidade para a mãe adotiva, em 2002. Outra ação positiva que Paulo Sérgio ressalta foi o trabalho que resultou na alteração do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 2017, estabelecendo novos critérios e prazos ao processo de adoção, e criando regras para abreviar a adoção no Brasil.
Para Paulo Sérgio, o desafio dos movimentos sociais hoje é dar um alinhamento ao atendimento da infância e juventude.
– A adoção pode dar visibilidade às crianças que estão invisíveis nos abrigos e não estão tendo o direito de viver em família. Estamos vivendo um momento de muita violência contra a mulher e contra a criança. O poder público tem quer ser cobrado para protegê-las – conclui.
Paulo Sérgio é irmão do médico Marco Antonio Pereira dos Santos, membro do Conselho de Administração do Grupo Espírita Batuíra. Para ele, o prêmio recebido por Paulo Sérgio, em nome da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, representa o sonho de sua família na luta pelos menores abandonados nesse país.
– O prêmio nos leva a refletir que, às vezes, uma mensagem simples, nascida num grupo familiar, pode alcançar uma dimensão nacional, como está acontecendo hoje – pondera Marco Antonio.
“Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei.” (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XIII, item 18) |
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- Texto: Rita Cirne
- Publicado no Batuíra Jornal nº146
Mais de duas centenas de participantes
Coordenação e monitores preparados para atender os 229 matriculados para o COEEM 2018-2019 no GEB.
Foi uma agradável surpresa para a coordenação geral o significativo número de interessados em participar do biênio 2018-2019 do COEEM.
Foram 229 matrículas efetivadas, sendo 61 para o período diurno e 132 para o noturno as quintas-feiras na Unidade Doutrinária Spartaco Ghilardi, na Caiubi. Outras 36 estão frequentando o COEEM, aos sábados, na Unidade Dona Aninha, em Brasilândia.
Para Claudio Luiz de Flório, seu responsável no GEB, essa crescente demanda confirma a relevante importância que os frequentadores da Casa demonstram pelo estudo e a prática segura da mediunidade segundo os princípios da Doutrina Espírita.
Para atender essa acentuada procura, explicou, constituímos um grupo adicional para período noturno, adequando e ocupando todo o espaço disponível da Unidade Caiubi. Contudo, ainda com todo esse esforço, lamentamos não ter podido atender todos os inscritos que nos procuraram.
Mediunidade
Ao falar sobre a importância da mediunidade, Claudio enfatizou que embora a mediunidade seja uma faculdade natural inerente ao homem, educá-la faz com que o seu emprego, o seu uso, a transforme em equilibrada ou nociva.
Seu uso é de responsabilidade de quem a possui, isto é, do médium. Se esta responsabilidade existe é porque o uso da mediunidade está subordinado ao livre-arbítrio do médium, tonando-se, portanto, uma faculdade moral.
Daí a necessidade premente de educar a mediunidade, principalmente nos Centros Espíritas que representam a Doutrina Espírita, não nos esquecendo de seus principais postulados em que destaca a sua função progressista e moralizadora da Humanidade pelos ensinos que pode apresentar.
Foi assim que surgiu a necessidade das casas espíritas organizarem uma orientação metódica, fundamentada e criteriosa para a preparação de pessoas que apresentem predisposições mediúnicas acentuadas ou que se interessem pelo exercício dessa faculdade. Esse trabalho, genuinamente espírita, deveria enfeixar na sua orientação o esclarecimento teórico fundamental da mediunidade, associado a uma orientação prática segura e gradativa.
Com essas características inovadoras há 40 anos surgiu o COEEM – Centro de Orientação, Estudo e Educação Mediúnica no Grupo Espírita Batuíra, formalizando esse programa de estudo teórico e prático para atingir a todos os interessados, proporcionando uma diretriz segura baseada na doutrina codificada por Allan Kardec, oferecendo aos médiuns a bússola orientadora para a prática da mediunidade.
O COEEM, explica Claudio, desenvolvendo-se em reuniões com grupos menores de participantes, de forma sistemática e gradativa, alternando o embasamento teórico com a aplicação prática dos temas abordados, facilita o conhecimento do fenômeno mediúnico, além de esclarecer a participação do médium nesse processo em desenvolvimento.
A importância da educação mediúnica não está diretamente ligada ao fenômeno em si, mas no processo que visa ao desenvolvimento intelectual e moral do médium. Ela é de suma importância para que o médium possa, por meio de seu livre-arbítrio, exercer com a melhor qualidade possível a sua tarefa. Esta é nossa missão no COEEM, concluiu.
Mais enxovais para os bebês de Vila Brasilândia
Pedro, Mateus, Nina, Maria Eduarda, Sofia e muitos outros estão a caminho... O nascimento de uma criança para novas experiências e oportunidades na Terra é sempre motivo de contentamento, mas também de preocupação, quando as condições não parecem satisfatórias, quando materialmente falta até o básico. O período da pandemia, com tanto desemprego, tem imposto ainda mais carências à nossa Vila Brasilândia, e isso foi sentido também no Curso de Orientação Maternal, criado pelo Grupo Espírita Batuíra há 47 anos – embora, mesmo antes, atividades semelhantes já fossem desenvolvidas por Ana Segundo, a dona Aninha.
São normalmente nove encontros, em que as futuras mamães têm lições sobre os cuidados na gestação, com o bebê e planejamento familiar. Ao final, recebem como brinde um enxoval para o filhinho que vai nascer. A pandemia, no entanto, inverteu a prioridade. Não é possível reunir o grupo, mas a necessidade do enxoval mostra-se ainda maior, e o GEB arregaçou as mangas.
Mara Colloca, coordenadora do trabalho, explica que nos últimos meses percebe-se um movimento maior de mulheres pedindo ajuda para vestir os bebês que estão esperando.
– Antes, de alguma forma, a família, os vizinhos se ajudavam, mas o coronavírus afetou profundamente o bairro e está muito difícil para todos. Então percebemos um aumento na procura pelo enxoval – explica Mara.
Ela entra em contato com as gestantes - a partir do oitavo mês de gravidez - que deixam o telefone e informações pessoais na portaria do GEB. Marca um encontro presencial para conhecer mais profundamente a situação da família, as alegrias e as dificuldades. Nesse dia, a futura mamãe sai com o enxoval nas mãos
Em paralelo à crescente necessidade em Vila Brasilândia, o que se viu nos últimos meses foi a mobilização dos batuirenses para atender essas famílias que estão aumentando de tamanho. Mara revela que cresceu significativamente o número de doações de itens necessários para os primeiros tempos de vida.
– Pessoas que fazem crochê, tricô e costuras entenderam a urgência do momento e, assim, recebemos mais doações do que era de costume antes da pandemia. Muita gente está passando mais tempo em casa por causa da pandemia e pode se dedicar a esse tipo de trabalho. Com isso, estamos conseguindo atingir mais famílias. Em junho e julho, entregamos 40 enxovais completos.
Sobras de linha e retalhos de pano se transformam em peças de roupa. Mãos em movimento nas agulhas e máquinas de costura tecem peças, mas são, principalmente, exemplos de amor e atenção ao próximo. Como se pode ver nas fotos, é tudo arrumado e embalado com o maior capricho. As mães levam para casa peças novas e também uma boa quantidade de roupinhas usadas – mas absolutamente íntegras, bem conservadas. Além disso, recebem sapatinhos, fraldas, toalhas de banho, sabonete, pomada antiassadura, paninhos de boca, cobertas e mantas.
Neste inverno rigoroso que temos tido este ano, uma doação de roupas para crianças de 2 a 4 anos também chegou às mãos da equipe do Curso de Orientação Maternal. Isso permitiu atender, ainda, filhos maiores das gestantes. Que alegria e alívio para mães, meninos e meninas!
Quando a pandemia arrefecer e as condições sanitárias permitirem, o tradicional Curso de Orientação Maternal voltará. Mas, agora, a urgência material não pode esperar. E quanto mais doações chegarem, mais crianças poderão ser atendidas.
Para quem quiser participar dessa corrente do bem, as doações de roupinhas e outros itens de enxoval podem ser entregues na Unidade Apinajés, do Grupo Espírita Batuíra, que fica na rua Apinajés, 591, em Perdizes.
- Texto de Simone Queiroz
- Publicado no Batuíra Jornal nº 145
Maria Pia retornou ao Mundo Espiritual.
Maria Pia Brito de Macedo, ou simplesmente Maria Pia, nasceu em 15 de dezembro de 1921. Conta ela, no livro "GEB: 50 Anos de Mais Luz", de autoria de Geraldo Ribeiro da Silva, que, em 1968, quando procurou o médium Spartaco Ghilardi pela primeira vez, ele lhe mostrou o caminho do estudo da Doutrina Espírita. No ano seguinte, quando o procurou pela segunda vez, ele lhe apresentou o caminho da persistência.
Após esses dois contatos, ela passou a estudar a Doutrina Espírita com afinco e, rapidamente, tornou-se uma das principais agentes do ensino e da difusão da Doutrina Espírita na Casa de Pedra de Batuíra.
Iniciou o estudo da Doutrina Espírita, "começando pelo começo", como gostava de afirmar, estudando O Livro dos Espíritos, nas reuniões de segunda feira, à noite, no GEB, ao lado de Spartaco, Savério, Claudio, Geraldo, Olímpio, Janet Duncan e tantos outros. Foram nove anos de estudo, que lhe garantiram uma base sólida dos princípios espíritas, pois, segundo ela, para compreender a Doutrina é preciso estudá-la.
Formada em Letras Clássicas e Português, foi professora de Português e Inspetora Federal do Ministério da Educação e Cultura. Viúva, deixa cinco filhos, netos e bisnetos. Educar foi sua paixão. O lar, igualmente. Nele ela encarava uma oportunidade de por em prática a educação.
No GEB, Maria Pia foi uma das líderes na implantação do COEEM - Centro de Orientação, Educação e Estudos Mediúnicos. Fez parte da equipe que montou o Curso Básico de Espiritismo. Durante vários anos, foi coordenadora geral do trabalho de Fluidoterapia, depois que a titular, D. Neyde G. Oliva, mudou-se para São Carlos (SP).
Em 2006 foi eleita membro do Conselho de Administração do Grupo Espírita Batuíra, tendo permanecido no cargo apenas uma gestão.
Retornou dia 25 de Agosto, às 5 horas da manhã, aos 94 anos de idade, ao Mundo Espiritual. Para Maria Pia, a Doutrina Espírita é libertadora, dinâmica e aberta aos novos conhecimentos.
Extraído da edição "GEB: 50 Anos de Mais Luz" .
Marlene Nobre retornou à pátria espiritual
Dra. Marlene Nobre durante palestra no GEB.
A médica Marlene Nobre, 77, fundadora e presidente do Grupo Espírita Caibar Schutel, na capital paulista; presidente do Lar do Alvorecer, em Diadema (SP); presidente das Associações Médico-Espíritas do Brasil e Internacional e diretora responsável pela Folha Espírita retornou hoje pela manhã ao plano espiritual, vítima de infarto. Ela se encontrava em férias com a família em Ilha Bela, litoral Norte de São Paulo, e retornaria hoje à Capital paulista.
Conferencista e uma das principais lideranças do Movimento Espírita no País, Marlene também é autora de vários livros, dentre eles Chico Xavier, meus pedaços do espelho, seu mais recente lançamento, pela FE Editora.
O velório de Marlene foi realizado na terça-feira (dia 06), a partir das 10h, no Funeral Home, à rua São Carlos do Pinhal, 376, Sala Roma, Bela Vista, na capital paulista. O enterro aconteceu na quarta-feira, 7 de janeiro, às 10h, no Cemitério do Araçá, à avenida Doutor Arnaldo, 666, Cerqueira César.
Marmita e cesta básica solidárias. Doe e faça parte deste ato de amor!
Marmita solidária
Neste ano de pandemia, no qual o GEB continua a acompanhar as diretrizes das organizações sanitárias mantendo suas atividades presenciais restritas, a Unidade Assistencial Dona Aninha reinventou-se e com criatividade prossegue no acolhimento àqueles que necessitam do alimento quotidiano para sua sobrevivência na região da Vila Brasilândia.
A intensificação dos casos de contaminação do coronavírus nesses últimos meses em São Paulo ampliou, ainda mais, as necessidades dos moradores dessa região carente da Capital.
A produção diária de marmitas, que veio substituir a tradicional sopa fraterna que a Casa entrega ininterruptamente nesses 57 anos de existência, praticamente dobrou, atingindo a distribuição de cerca de 300 unidades por dia.
O cardápio é diversificado é muito saboroso e nutritivo. O ingredientes são arroz, feijão, calabresa, carne moída, salsicha, macarrão. A cada dia um prato diferente, feito com muito carinho e amor por uma equipe de pessoas muito entusiasmada e dedicada. Acompanha a marmita uma sobremesa e um delicioso pãozinho produzido pela padaria do GEB.
Cesta básica fraterna
Para ampliar o atendimento das famílias assistidas que passam por sérias dificuldades econômicas em face do agravamento da pandemia, o GEB estabeleceu um programa de distribuição mensal de cestas básicas que ampara aproximadamente 300 famílias.
Moradores do Jardim Paulistano, na zona oeste de São Paulo, entorno da região da Brasilândia recebem cestas básicas.
Os principais itens da cesta são: arroz, feijão, açúcar, café, fubá, sal, óleo de cozinha, macarrão e molho de tomate. São incluídos, também, conforme a disponibilidade legumes, frutas e peças de roupas diversas. São agregados também um pacote de higiene com água sanitária, detergente, álcool gel, sabão, sabonete, papel higiênico, escovas e creme dental.
A grande recompensa é o sorriso e o agradecimento comovido de cada família ao receber a cesta mensal.
Faça parte desta ajuda solidária. Doe!
Sua doação em gêneros alimentícios (arroz, feijão, açúcar, café, fubá, sal, óleo de cozinha, macarrão) e itens de higiene (água sanitária, detergente, álcool gel, sabão, sabonete, papel higiênico, escovas e creme dental) é importante e vai ajudar muito. As doações podem ser entregues em nossa unidade Apinajés - Rua Apinajés nº 591, no bairro de Perdizes, nos seguintes dias e horários: segundas, quartas e sextas-feiras das 9horas da manhã às 15horas.
Você pode nos ajudar também fazendo doação em nossa conta corrente:
Marmitas saborosas e nutritivas
Todo esse cuidado advém de uma parceria que a Unidade Assistencial Dona Aninha estabeleceu com a Associação Prato Cheio, uma organização não governamental, certificada como OCISP – organização da sociedade civil de interesse público, que promove acesso à alimentação adequada para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social e oferecem, também, treinamento para as instituições cadastradas.
Cursos rápidos de seleção e coleta de alimentos, de rota solidária, de opções vegetarianas de prato principal, de armazenamento de alimentos que envolvem temperatura de estocagem, validade e embalagem apropriada de alimentos manipulados foram oferecidos pela Associação aos nossos funcionários e voluntários, dando a eles oportunidade de qualificação e formação profissional, refletindo no melhor aproveitamento dos alimentos, principalmente os de origem hortifruti que são arrecadados no Ceasa.
A melhoria está retratada na alegria dos assistidos que recebem diariamente a marmita na porta da Unidade e tem sido, em grande parte, a única refeição do dia para muitos moradores da região e do entorno da Vila Brasilândia. As porções têm sido muito generosas e uma embalagem acaba alimentando mais de uma pessoa. Alguns dos beneficiados chegaram a comentar que além de deliciosa, a comida tem ajudado a alterar o hábito alimentar e melhorado a saúde de muita gente.
No refeitório da Unidade Dona Aninha, em Brasilândia, todo dia são preparadas cerca de 300 marmitas para serem entregues aos moradores mais necessitados daquela região e do seu entorno.
Logo pela manhã, a fila em busca da marmita solidária é grande em frente da Unidade Assistencial Dona Aninha. Para muitos, é a única refeição do dia. Doada com muito amor pelo Grupo Espírita Batuíra.
Memorial Spartaco Ghilardi: justa homenagem
Foi inaugurado oficialmente no dia 12 de maio, o Memorial Spartaco Ghilardi, que reúne o acervo deixado pelo médium.
O nome Spartaco, como sabemos, se identifica com o Grupo Espírita Batuíra, do qual ele foi o principal fundador. Falar o nome dele é trazer à nossa lembrança o Grupo Espírita Batuíra, e vice-versa.
A ideia de se criar o memorial já vinha sendo cogitada desde que Spartaco retornou à pátria espiritual, em 29 de outubro de 2004. Entretanto, ela só ganhou força, a partir de maio de 2013, quando sua esposa, D. Zita, também se juntou a ele na espiritualidade.
Agora, o Memorial está pronto, e pode ser visitado por todos aqueles que tiverem interesse em recordar ou conhecer um pouco da vida do médium. O projeto mostra uma sequência de fotos, remontando a vida do médium, os amigos, seu segundo lar – o Grupo Espírita Batuíra - além de documentos pessoais, e sua biblioteca, rica em dedicatórias de autores espíritas famosos.
Sabemos da dificuldade que existe no pensamento do brasileiro, quando o objetivo é documentar a memória de alguém. Nossa cultura não valoriza esse tipo de iniciativa que, em outros países, é prática comum. No meio espírita, então, as opiniões divergem bastante. Uns acham que é um culto ao personalismo; outros um estímulo ao orgulho e à vaidade; outros ainda que os recursos poderiam ser mais bem aplicados se fossem destinados aos pobres.
Todos esses argumentos têm, em certa medida, seus fundamentos e devem ser respeitados. Mas, é preciso pensar no futuro. O futuro não prescinde do passado para nortear nossas ações no presente.
Geraldo Ribeiro, primeiro vice-presidente e coordenador do trabalho de implantação do Museu, destaca a importância de sua instituição asseverando que se a história não for documentada, como aqueles que estão chegando depois de nós poderão orientar seus passos? Onde irão buscar referências? Portanto, precisamos conhecer aqueles que renunciaram a vida neste mundo, por muito amarem àqueles que passam por provações ou expiações difíceis. Não é sem outro motivo, que já existem vários memoriais que homenageiam líderes espíritas importantes. Spartaco, para nós, é um deles. Desse modo, entendemos ser esta uma justa homenagem a esse Espírito notável, que tanto nos ajudou e ajuda-nos até hoje.
Inauguração
O Memorial Spartaco Ghilardi reúne valioso acervo, que resgata a história do médium fundador de nossa casa. Todos temos motivo para visitá-lo. Quem conheceu Spartaco, vai poder matar as saudades. Quem não o conheceu, ganha a oportunidade de aprender um pouco do que ele realizou durante 90 anos de vida na terra. A inauguração foi em 12 de maio, quando Spartaco completaria 102.
A cerimônia contou com a presença de familiares de Spartaco e de d. Zita, com quem ele foi casado durante 59 anos, e que teve papel fundamental para a existência do GEB. As filhas do casal, Rina e Anália Ghilardi cortaram a fita, abrindo oficialmente o memorial, e mesmo antes disso, já haviam contribuído decisivamente para iniciativa do Grupo Espírita Batuíra, ao doarem farto material que guardavam do pai. Enfim, as relíquias de família se transformaram num acervo público.
Anália e Rina estavam emocionadas e agradecidas: “Senti-me outra vez no quarto dos meus pais, principalmente por causa da estante, onde minha mãe ,que gostava muito de ler, guardava seus livros. Quase pude vê-los ali outra vez”, contou Anália.
“Sinto-me muito feliz ao confirmar a admiração que todos têm por meu pai. É mesmo um privilégio ser sua filha. Quando eu era criança, me estranhava ouvi-lo chamar a todos de meus filhos. Hoje percebo que todos aqui somos irmãos em Cristo, e também em Spartaco”, disse Rina.
Acervo
O público vai encontrar mais de 400 livros da biblioteca de Spartaco, fotografias que registram a história do GEB, documentos pessoais, como a certidão de nascimento emitida na Itália em 12 de maio de 1914, cartões de Natal e bilhetes escritos à esposa Zita, que comprovam o profundo amor e a admiração que uniam o casal. Um dos móveis existentes na sala, como adiantou Anália, veio da casa dos Ghilardi.
O material começou a ser reunido primeiramente por Yvan Calvo, antiga frequentadora do GEB, mas a tarefa foi continuada e terminada por Sandra Salvitti, e o casal Ruy e Efigênia Gatto, com a contribuição da arquiteta Alessandra Dias Capella na adequação do acervo ao espaço. O primeiro vice-presidente do GEB Geraldo Ribeiro coordenou a equipe de trabalho.
Douglas Bellini, presidente do Conselho de Administração do GEB afirma que o Memorial é uma justa e merecida homenagem a Spartaco, e cumpre um papel importante em nossa casa: “Não se trata de idolatrar a figura do nosso Spartaco, mas é importante que as futuras gerações o conheça e também o trabalho que ele realizou, e reconheçam nele um exemplo, um modelo. A inauguração do Memorial é mais uma etapa vencida”.
Singela cerimônia
A cerimônia teve a participação do Coral Interlúdio, que entre outras músicas, cantou uma que Spartaco gostava particularmente – Canção da América (Milton Nascimento) – e cujos versos se harmonizam perfeitamente à ideia da homenagem:
“Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam “não”
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.”
Funcionamento Memorial Spartaco Ghilardi: 2a, 3a e 4a feiras, das 14h30 às 16h30 Para visitas em grupo, é necessário favor agendar com Sandra Salvitti, pelo celular: 97205-1333. |
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Flagrantes
Texto: Geraldo Ribeiro e Simone Queiroz - Fotografia: Ruy Gatto
Mensagens de acolhimento e reflexão
Aos nossos frequentadores!
Em obediência à determinação do Governo e Ministério da Saúde, o Grupo Espírita Batuíra permanecerá fechado até segunda ordem, dependendo das decisões que serão tomadas pelas autoridades citadas.
Entretanto, queremos tranquilizar a você, que o nosso Grupo continua com as portas do coração abertas.
Todos os dias, os grupos de trabalho se reúnem, cada pessoa em seu lar, lendo o Evangelho de Jesus, mensagens espíritas e fazendo as reflexões necessárias. Em seguida, fazem as vibrações e irradiações, visando ao bem-estar físico e espiritual de seus frequentadores.
O Espiritismo nos ensina que os bons pensamentos e os bons sentimentos têm reflexos positivos na saúde de todos nós.
Busquemos, então, utilizar esses recursos, irradiando-os em prol da saúde espiritual do planeta.
A partir de hoje e, enquanto estivermos sob o impacto do coronavírus, vamos publicar, diariamente, uma mensagem espírita para sua reflexão.
Sois a luz
Vós sois a luz do mundo. – Jesus. (Mateus, 5:14.)
Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.
A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base.
A chama da candeia gasta óleo do pavio.
A iluminação elétrica consome a força da usina.
E a claridade, seja do sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento, reconforto e alegria, tranquilizando aqueles em torno dos quais resplandece.
Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos.
Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.
Busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos.
Sigamo-lo, auxiliando indistintamente.
Não nos detenhamos em conflitos ou perquirições sem proveito.
Vós sois a luz do mundo – exortou-nos o Mestre – e a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina.
- Fonte Viva, cap. 105, Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier.
Caindo em si
Caindo, porém, em si... (Lucas, 15:17)
Este pequeno trecho da parábola do filho pródigo desperta valiosas considerações em torno da vida.
Judas sonhou com o domínio político do Evangelho. Interessado na transformação compulsória das criaturas; contudo, quando caiu em si, era demasiado tarde, porque o Divino Amigo fora entregue a juízes cruéis.
Outras personagens da Boa Nova, porém, tornaram a si, a tempo de realizarem salvadora retificação.
Maria de Magdala pusera a vida íntima nas mãos de gênios perversos, todavia, caindo em si, sob a influência do Cristo, observa o tempo perdido e conquista a mais elevada dignidade espiritual, por intermédio da humildade e da renúncia.
Pedro, intimidado ante as ameaças da perseguição e sofrimento, nega Mestre Divino; entretanto, caindo em si, ao se lhe deparar o olhar compassivo de jesus, chora amargamente e avança, resoluto, para a sua reabilitação no apostolado.
Paulo confia-se a desvairada paixão contra o Cristianismo e persegue, furioso, todas as manifestações do Evangelho nascente; no entanto, caindo em si, perante o chamado sublime do Senhor, penitencia-se dos seus erros e converte-se num dos mais brilhantes colaboradores do triunfo cristão.
Há grande massa de crentes de todos os matizes, nas mais diversas linhas da fé, todavia, reinam entre eles a perturbação e a dúvida, porque vivem mergulhados nas interpretações puramente verbalistas da revelação celeste, em gozos fantasistas, em mentiras da hora carnal ou imantados à casca da vida a que se prendem desavisados. Para eles, a alegria é o interesse imediatista satisfeito e a paz é a sensação passageira de bem-estar do corpo de carne, sem dor alguma, a fim de que possam comer e beber sem impedimento.
Cai, contudo, em ti mesmo, sob a bênção de Jesus e, transferindo-te, então, da inércia para o trabalho incessante pela tua redenção, observarás, surpreendido, como a vida é diferente.
- Fonte Viva, cap. 88, Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier
Má-Vontade
Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas. – Paulo. (Efésios, 5:11.)
Má-vontade gera sombra.
A sombra favorece a estagnação.
A estagnação conserva o mal.
O mal entroniza a ociosidade.
A ociosidade cria a discórdia.
A discórdia desperta o orgulho.
O orgulho acorda a vaidade.
A vaidade atiça a paixão inferior.
A paixão inferior provoca a indisciplina.
A indisciplina mantém a dureza de coração.
A dureza de coração impõe a cegueira espiritual.
A cegueira espiritual conduz ao abismo.
Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má-vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas.
- Pão Nosso, cap. 67, Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier
Mocidade 50 anos: Escola de Almas
27 de maio de 1973. Nesta data, o Grupo Espírita Batuíra dava mais um passo em seu compromisso de divulgar a Doutrina Espírita, auxiliando encarnados e desencarnados em nossa grande missão de vida: a reforma íntima.
Jovens participantes do grupo atual da Mocidade, que se divide entre encontros presenciais e virtuais todos os sábados.
Atualmente, as reuniões da Mocidade acontecem aos sábados, das 18h às 19h30. Os participantes têm a partir dos 16 anos. A maioria chega depois de integrar a Educação Espírita Infantojuvenil e a pré-Mocidade. O principal requisito, portanto, é o desejo de estudar a Doutrina Espírita e, à luz dela, refletir sobre tantos temas inquietantes nessa fase da vida.
O atual coordenador é Daniel Steagall, 29 anos. As primeiras lições do Espiritismo, ele aprendeu em casa, já que é a quarta geração de espíritas na família, e no próprio Batuíra, onde já vinha na barriga da mãe. Daniel acredita que manter alta a participação é mais fácil na prática do que parecia na teoria: - As pessoas hoje estão buscando se instruir à luz do Espiritismo e percebo que muitos jovens após a Mocidade se engajam em outros trabalhos nas áreas doutrinária e assistencial, como o COEEM, o Curso Básico e Brasa Jovem (em Brasilândia). Para mim, ser coordenador da Mocidade é uma oportunidade única para exercitar a disciplina e para desenvolver novos estudos de temas doutrinários. Também representa trabalho, amizade e crescimento.
Além das reuniões semanais, a turma da Mocidade colabora com o Brasa Jovem, projeto desenvolvido na Unidade Dona Aninha, em Vila Brasilândia, em que os participantes têm oficinas que visam à disseminação de valores éticos e cristãos, e estimulam o engajamento em ações de melhoria do bairro e da sociedade de modo geral.
Atrair os jovens para o estudo da Doutrina Espírita em tempos de internet, de redes sociais abundantes e, mais recentemente, da nascente inteligência artificial exige uma metodologia especial, nada fácil e diversa. A Mocidade Espírita do GEB trabalha com esse desafio imposto pelo século 21.
As portas estão sempre abertas a novos integrantes, mesmo de outros estados e países, já que é possível acompanhar as reuniões também online.
Um pouco de história:
Até 1973, os jovens frequentadores do Grupo Espírita Batuíra se reuniam para o estudo da Doutrina sob orientação do Departamento de Infância e Juventude, dirigido por Wanda do Nascimento Santos. Foi dela a ideia de criar um segmento especial para os que atingiam a maioridade. A proposta foi logo aprovada por Spartaco Ghilardi, médium notável e principal fundador de nossa Casa, que, ao lado da esposa Zita, esteve presente na cerimônia de fundação. Aproximadamente quarenta jovens participaram do evento inaugural - entre eles, Geraldo Ribeiro, atualmente 1º. vice-presidente do GEB, e que havia sido convidado por Wanda para ser o primeiro coordenador da Mocidade.
Entrevistas
Geraldo Ribeiro da Silva, atual primeiro vice-presidente e diretor de doutrina do GEB, foi o primeiro coordenador da Mocidade. Nesta entrevista ele relembra os primeiros passos da criação da Mocidade.
BJ: O que foi combinado entre D. Wanda Santos, Spartaco e você, na criação da Mocidade?
GR: É bom esclarecer que minha primeira tarefa no GEB foi dar aula de moral cristã para as criancinhas. Depois, lembro que, num fim de semana, D. Wanda Santos – diretora da Escola de Moral Cristã - promoveu um Encontro de Evangelizadores, visando ao aperfeiçoamento da equipe. Na oportunidade, ela me pediu para falar sobre o tema Comunicação Humana. No final do encontro, ela me chamou de lado e me convidou para criar e dirigir a Mocidade, pois, segundo ela, os jovens precisavam de um espaço para estudar a Doutrina Espírita.
A proposta foi levada para o Sr. Spartaco, que a acolheu com entusiasmo. Aí, entrou no grupo mais uma colaboradora, D. Neyde Oliva (esposa do prof. Apolo). D. Wanda, D. Neyde e o Sr. Spartaco definiram as diretrizes para o funcionamento da Mocidade. Uma dessas diretrizes era ter pessoas mais experientes, cooperando com os jovens no estudo da Doutrina Espírita e do Evangelho. Eu fiquei responsável pelo planejamento, definindo objetivos, temas a serem estudados, sequência; organização do departamento em setores (secretaria, estudo, eventos sociais, arte etc.), de modo a aproveitar o talento de cada um deles dentro do departamento.
Só depois de tudo preparado, é que a proposta foi levada para apreciação e aprovação da diretoria do GEB. A reunião foi presidida pelo Dr. Reynaldo K. Busch, 1º vice-presidente. Lembro que o Douglas Bellini, 2º vice-presidente, estava presente, e enalteceu a criação do novo departamento, enxergando-o como um meio de preparar jovens para o futuro da Casa.
BJ: O Espiritismo está “envelhecendo”, dizem, juntamente com seus frequentadores. Nesse cenário, qual é a importância da mocidade?
GR: Embora o cenário mostre um pouco isso, que os mais velhos estão no poder ou na direção de muitos trabalhos, acho que os jovens estão tendo oportunidades de trabalhar dentro das Casas Espíritas. Hoje, em nossa diretoria, temos vários diretores que outrora participaram da Mocidade. Eu, por exemplo, sou um deles. Meu filho Gabriel, ex-diretor da Mocidade, é atualmente diretor jurídico; auxiliando-o na área, tem a Marina Ginjo, também ex-coordenadora. Dr. Marco Antonio é presidente do Conselho de Administração. Dr. Ricardo Pastori é membro do Conselho etc.
Guto Melani, Ricardo Pastori, Paulo Sérgio, Marco Antonio e Geraldo Ribeiro: coordenadores da Mocidade em várias épocas.
BJ: O que mudou na sua vida ter sido o primeiro coordenador? Como isso marcou sua trajetória de estudo da Doutrina e no GEB?
GR: Mudou muita coisa. Tive que estudar mais, pois sabia que estava diante de um grupo forte e já conhecedor do Espiritismo. Vários eram estudantes universitários e oriundos de famílias espíritas. Eu me considerava pouco preparado doutrinariamente para assumir uma função de tanta responsabilidade. Além de estudar mais, tive que ouvir mais e não me colocar numa condição superior. Percebi que administrando o grupo com bom senso, humildade e aproveitando o potencial de cada um, os resultados seriam bons para todos. Dentro do GEB, passei a ter mais visibilidade, pois o coordenador da Mocidade tinha, na época, assento nas reuniões de diretoria. Esse fato me ajudou a ter mais consciência do papel das instituições espíritas no estudo, na divulgação e prática da Doutrina Espírita. Procurei, como coordenador da Mocidade, inserir isso nos movimentos de mocidades espíritas da região; acho que deu bons frutos. Hoje, a Mocidade continua desenvolvendo sua função de preparar jovens para o futuro. Como membros da diretoria do GEB, devemos apostar no potencial jovem e não querer nos perpetuar nos cargos.
Jovens sempre motivados e integrados nos trabalhos assistenciais realizados pelo Grupo Espírita Batuíra.
O segundo coordenador da Mocidade Espírita Batuíra, com mandato a partir de 1980, foi o médico Marco Antonio Pereira dos Santos. Atualmente, além de palestrante, é o presidente do Conselho de Administração do Grupo Espírita Batuíra. Quando a Mocidade foi criada, em 1973, ele já era estudante de medicina. Ao se formar, assumiu a coordenação do grupo, sucedendo Geraldo Ribeiro da Silva. Acompanhe a entrevista que o Batuíra Jornal fez com o Dr. Marco Antonio sobre aqueles primeiros tempos, os desafios atuais e a importância da participação de jovens nos grupos de estudo.
BJ: Como segundo coordenador da Mocidade, qual foi seu papel/orientação na época?
Marco: De 1973, quando a Mocidade foi fundada, a 1979, o período do Geraldo na coordenação coincidiu com a minha formação médica. Eu vinha a São Paulo às vezes, nos fins de semana, então poderia frequentar ou não a Mocidade, mas estava fazendo curso médico que me exigia bastante trabalho nos hospitais para minha formação. O trabalho do Geraldo foi muito importante. Nós tínhamos mais de 30 jovens nessa época e foram anos importantes na estruturação da Mocidade na casa, aprovada pelo seu Spartaco. Em 1980, já trabalhando como residente no Hospital das Clínicas, e já casado, eu vim pra São Paulo definitivamente. Aí, até 1985, eu assumi como o segundo coordenador da Mocidade Espírita Batuíra. Minha ênfase, na época, foi estudar, além das obras clássicas da Doutrina Espírita, os livros de André Luiz. Como médico, eu atraí também alguns outros colegas da área médica para o grupo. Estudamos Missionários da Luz, Nos Domínios da Mediunidade, Vida e Sexo, que o Chico Xavier tinha acabado de escrever em 1979.
BJ: Como se deu a escolha de seu nome para suceder o Geraldo e como se viu diante dessa responsabilidade?
Marco: Eu já era vice-coordenador junto com o Geraldo e esse trabalho conjunto, no primeiro mandato dele, era supervisionado pelo seu Spartaco. Foi natural assumir o cargo assim que eu voltei pra São Paulo e casei já com a Cristina. Minha mãe (Wanda Santos), sendo responsável pela evangelização nesse período, claro, confiava que nós, da família, também pudéssemos ter alguma atividade dentro do Grupo Espírita Batuíra. Assim, eu já me achei com conhecimento doutrinário e também vivência pessoal para assumir o cargo. Depois, também meu irmão, Paulo Sérgio, foi coordenador do grupo.
BJ: Quais eram as demandas dos jovens naquela época que, na sua opinião, diferem das de hoje?
Marco: Na era pré-internet, o mundo tinha mais contato presencial. O movimento espírita tinha muitos jovens em várias casas. Tínhamos congressos da USE, palestras com vários oradores convidados. No Batuíra também. Criamos, na nossa gestão, o Mês do Moço, quando os jovens ficam responsáveis pelas palestras, tradição que se mantém até hoje, com o objetivo de dar visibilidade ao jovem na casa. Era, e ainda é, uma oportunidade para que eles treinassem como oradores, e iniciassem a experiência como divulgadores. A Mocidade era um elemento de reunião, nós éramos, além da Mocidade, também evangelizadores. A maioria de nós trabalhava também como evangelizador na Vila Brasilândia ou na Caiuby. Minha mãe, junto com dona Neide Oliva, sua filha Eurídice, sempre foram muitos dedicadas à educação infantil. Eu admirava a coragem daquelas senhoras nos anos 80 e 90, em Vila Brasilândia, com mais de quatrocentas crianças nas diferentes classes. Então, era preciso contar com a Mocidade na evangelização, nas distribuições. A gente fazia uma Mocidade muito dinâmica. Havia essa alegria de sairmos juntos, irmos ao cinema juntos, comíamos pizza no sábado à noite. Havia um contato mais próximo entre as pessoas e muitos casamentos, inclusive, ocorreram. Vários casais foram se formando ao longo do tempo dentro do Batuíra, eu mesmo e a Cristina, em função desse contato mais próximo.
BJ: Qual a importância de grupos de Mocidade não só no GEB, mas em casas espíritas?
Marco: É o momento único em que o jovem, antes de assumir seus compromissos profissionais, escolares, graduação ou pós-graduação, pode se aprofundar nos assuntos, nos textos, palestras, estudos. A disponibilidade se reduz à medida que os compromissos da vida vão chegando. Eu diria que o tempo da Mocidade é super importante. Alguns desses jovens já têm compromissos mediúnicos, então é um período que deve ser bem aproveitado.
BJ: De que forma os pais podem estimular os filhos a se engajarem em grupos de estudo religioso?
Marco: É um desafio difícil para os pais hoje. As próprias casas espíritas não têm uma metodologia que atraia o jovem em seus dilemas do dia a dia. Os veículos de comunicação bombardeiam 24 horas os nossos jovens com informações conflitantes com os nossos valores e práticas. Os amigos na escola têm grande influência sobre eles e essa influência contraria qualquer abordagem mais profunda dos conflitos próprios da adolescência. Portanto, os pais têm grande dificuldade em influenciar seus filhos na frequência da casa espírita.
Mocidade: celeiro de trabalhadores
Centenas de jovens integraram as turmas que se formaram ao longo dessas cinco décadas. Jovens que hoje são pais, avós, alguns já até regressaram à pátria espiritual. É por eles, pelos atuais frequentadores e todos os demais que ainda virão, que vale a pena comemorar esses 50 anos ininterruptos de trabalho e dedicação.
Daniel Steagall lembra os objetivos do grupo: - Além de preparar os jovens para lidar com as adversidades e as conquistas do cotidiano, e desenvolver laços de amizade e cumplicidade, é formar futuros trabalhadores da Casa Espírita.
E isso tem sido cumprido à risca. Muitos frequentadores se engajam em outras atividades como voluntários, conscientes da importância de servir e se dedicar ao próximo nas mais diferentes frentes que a casa oferece, abraçando o lema de nosso patrono Batuíra: trabalho, trabalho e trabalho.
Atualmente, só na Diretoria Executiva e no Conselho de Administração do GEB, há cinco ex-coordenadores da Mocidade:
- Marco Antonio Pereira dos Santos - presidente do Conselho de Administração
- Geraldo Ribeiro da Silva, 1º. vice-presidente executivo
- Ricardo Pastori – membro do Conselho de Administração
- Gabriel Branchini da Silva – diretor jurídico
- Marina Ginjo – assistente do Departamento Jurídico
Ricardo Pastori, médico, filho de um dos fundadores de nossa casa, Hermenegildo Pastori, passou pela Escola de Moral Cristã e entrou para a Mocidade aos 18 anos. Hoje, além de integrar o Conselho de Administração, faz parte da equipe médica e de desobsessão do Lar Transitório e da UTE (Unidade de Terapia Espiritual), na unidade Dona Aninha, em Vila Brasilândia. Também colabora com a equipe de palestrantes nas reuniões públicas na Unidade Spartaco Ghilardi, e nas da Fluidoterapia no Lar Transitório. Já atuou como evangelizador infantil e, ainda, como monitor do Curso Básico e do COEEM (Centro de Orientação, Estudo e Educação Mediúnica).
- A motivação para o engajamento dos jovens no trabalho voluntário advém, com certeza, do estudo da Doutrina, que desperta em nós o desejo de ser útil e solidário. Além disso, a Mocidade Batuíra exerceu profunda influência em mim, compartilhando com amigos muito queridos o estudo da Doutrina Espírita e as atividades assistenciais, onde identifiquei caminhos que seguiria em minha vida – conta o Dr. Ricardo.
Gabriel Branchini da Silva classifica o período em que esteve na Mocidade como “anos incríveis”, marcados por muita união e aprendizado: - Além dos encontros regulares, convidávamos oradores experientes, inclusive de fora do GEB, para debater com os jovens os temas espíritas mais complexos. Após o período na Mocidade, passei a fazer palestras até ser convidado, há mais de sete anos, para participar da Diretoria Executiva como assessor jurídico. Em 2021, assumi como diretor jurídico, após o desencarne do saudoso Tufi Jubran. Seja nas atividades doutrinária, seja no serviço assistencial, a Mocidade tem mostrado ao longo dos anos seu valor, sua alegria de participar, estudar, aprender e ensinar.
Luiz Augusto Melani, engenheiro mecânico, foi coordenador entre 1994 e 2000, e hoje é diretor de uma fábrica na Alemanha. Tem 50 anos. Mesmo distante fisicamente do GEB, conta que, em casa com a esposa e filhos, estuda o Espiritismo, um hábito herdado não só da própria família, mas também baseado em tudo o que aprendeu a amar desde os tempos da Mocidade. O trabalho voluntário também: - Trabalhei na escola... junto com minha mãe, Moema Melani, como monitor no COEEM e, ainda, no programa da Família Assistida, em Brasilândia. Mexe muito com meu coração lembrar o que fazíamos… Foram muitas lições de amor ao próximo, sem falar nas amizades sólidas que construí com pessoas maravilhosas, como Marquinho (Marco Antonio dos Santos), Geraldo (Geraldo Ribeiro da Silva) e Ricardo Pastori, que era o coordenador da Mocidade quando comecei a frequentá-la, e a quem depois eu sucedi. Que pessoa fantástica!
Outra trabalhadora que a Mocidade ajudou a formar para os trabalhos do GEB é Rosely Marotta, assessora das diretorias de Mediunidade e de Cultura Espírita, coordenadora do setor de Passes, além de palestrante e facilitadora do Grupo de Estudos do Evangelho Segundo o Espiritismo. Ela tinha 16 anos quando ingressou na Mocidade, na década de 1990. - Representou minha primeira oportunidade de estudo aprofundado da Doutrina Espírita. Foi pela Mocidade que recebi uma oportunidade de trabalho na "Casa de Batuíra". Eu e meu esposo, que também participava, fizemos amizades muito especiais que conservamos até hoje. Gratidão eterna.
Por tantos relatos, está claro que estimular a formação espírita-cristã em crianças e jovens é como pavimentar um caminho de estudo e trabalho, amparando mudanças de atitude e renovação de sentimentos.
É isso que o Grupo Espírita Batuíra vem fazendo há décadas, desde a fundação da Escola de Moral Cristã para crianças e, posteriormente, a Mocidade. Duas frentes de um projeto único, que teve e tem a colaboração de inúmeros voluntários e, sem dúvida, contou com a dedicação e o amor de Wanda do Nascimento Santos, que em 1970 tornou-se diretora do Departamento de Infância e Juventude.
Paulo Sergio Pereira dos Santos, um dos filhos de dona Wanda, que foi coordenador da Mocidade (1985-1991) e trabalhou como evangelizador infantil, faz uma reflexão de que as mocidades são hoje o grande desafio para o movimento espírita, ao observar-se o distanciamento dos jovens da casa espírita:
- As casas buscam soluções para retomá-los, reorientá-los e prepará-los para uma série de situações num mundo mais complexo do que eu vivi na minha juventude.
Destaca quantos trabalhadores foram formados nos projetos do GEB voltados a crianças e jovens que, na verdade, são um grande programa de evangelização das famílias.
- Desejo que o Grupo Espírita Batuíra, esta casa querida nossa, receba todas as vibrações positivas para que este projeto de Mocidade prossiga por um longo tempo. Aos que nos precederam, todo o nosso carinho e agradecimento pelo que nos ajudaram a construir.
Depoimentos
- Publicado na edição do Batuíra Jornal - Edição comemorativa dos 50 anos da Mocidade.
Mocidade comemora 40 anos de existência
A Mocidade Espírita Batuíra é um grupo de jovens que se reúne todos os sábados, das 18h às 19h30, no Núcleo Doutrinário "Spartaco Ghilardi", na Unidade Caibui (rua Caiubi nº 1306) para estudar e debater temas da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus, além de temas atuais desta faixa etária.
Um pouco de história
A Mocidade Espírita Batuíra foi fundada em 1973 no Grupo Espírita Batuíra.
Ao revisitar a edição do Batuíra Jornal nº 40, editado em Julho/Agosto de 2003, há uma reportagem sobre a comemoração dos 30 anos da Mocidade, que serve como um importante registro histórico da vida do GEB.
Neste texto, há uma declaração da Sra. Wanda do Nascimento Santos, que nos idos de 1973 fazia parte havia 13 anos da coordenação de moral cristã e uma das idealizadoras da criação do grupo de jovens no GEB. Ela afirmou naquela ocasião: eu considerava que já era hora dos jovens terem o seu espaço. Vi no Geraldo Ribeiro, conta ela, uma pessoa que poderia coordenar este trabalho. Geraldo, que hoje é o primeiro vice-presidente e diretor de Doutrina do GEB, foi o primeiro coordenador do grupo da Mocidade.
O jornal daquele ano traz, ainda, uma declaração feita pelo Sr. Spartaco Ghilardi, que estava entre nós aqui no planeta Terra e era o diretor de Doutrina do GEB sobre a atividade da Mocidade. Ele disse: "estamos dando continuidade a uma tarefa interrompida em vidas passadas e temos de resgatar aqueles que precisam de nossa ajuda, como fomos um dia amparados por outros, pois evoluir é o nosso objetivo".
Mocidade Espírita: 50 anos!
A primeira atividade organizada pela Mocidade foi uma reunião pública, no último dia 15 de abril, em que estiveram presentes os médicos Marcus Renato Castro Ribeiro, psiquiatra, e Fabio Nasri, endocrinologista e geriatra, para tratar do processo de adoecimento e cura do corpo, da mente e do espírito. O doutor Marcus é o atual presidente da AME, Associação Médico Espírita e sucedeu ao doutor Fábio.
Marcus Renato se disse emocionado e grato em estar na sede Grupo Espírita Batuíra, uma vez que a Associação Médico Espírita nasceu por orientação do principal fundador de nossa casa, Spartaco Ghilardi.
Os médicos Marcus Renato Castro Ribeiro, psiquiatra, e Fabio Nasri, endocrinologista e geriatra no evento da Mocidade.
Os dois médicos exploraram o tema Saúde e Doença, trazendo a experiência profissional que acumulam, em consonância com os conceitos ensinados pela Doutrina Espírita. Assim, reforçaram que não se pode abrir mão de tratar o corpo físico, onde a doença se manifesta, mas que é fundamental tratar o espírito, onde efetivamente começa o processo de adoecimento. E para tal, ratificaram a importância do passe, da água fluidificada, da prece, e principalmente dos esforços empreendidos pelo doente para sua melhoria moral.
Fábio Nasri citou estudos mostrando como sentimentos e comportamentos tão negativos como a raiva e a hostilidade podem ter como desfecho doenças coronarianas. Enquanto que o otimismo e a esperança têm impactos positivos sobre doentes crônicos.
Os dois palestrantes ainda responderam perguntas feitas pela plateia, interessada em saber sobre como a fé e a religiosidade atuam com instrumentos de saúde e de cura.
Quem não pode comparecer à reunião, pode assistir à palestra dos médicos Marcus Renato Castro Ribeiro e Fabio Nasri no nosso canal no Youtube. (acesse o link: https://www.youtube.com/live/Pf7JcYr8Pq0?feature=share)
Para o dia 27 de maio, a Mocidade planeja novo evento, promovendo um encontro de gerações entre coordenadores e participantes do grupo nesses 50 anos. Você poderá conferir mais adiante aqui no site, nas nossas unidades e pelos grupos de WhatsApp do GEB a programação completa.
- Texto e foto: Simone Queiroz
Mocidade Espírita convida
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Nome: Grupo Espírita Batuíra
CNPJ: 61.989.000/0001-50
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Agencia: 0496
Conta corrente: 56444-3
Após realizar a doação, envie um e-mail para captacao@geb.org.br com seus dados para confirmarmos o depósito.
Mutirão Cidadão orientou comunidade na Unidade Brasilândia
Em uma iniciativa pioneira do Grupo Espírita Batuíra, por meio de seu grupo permanente de Orientação Jurídica-Fraterna que atende na Unidade Assistencial Dona Aninha, na Vila Brasilândia e com o apoio de profissionais e operadores do Direito, estudantes e bacharéis, o Mutirão Cidadão atendeu os moradores da comunidade da Brasilândia e de seu entorno.
O Mutirão Cidadão teve como objetivo orientar as famílias em assuntos diversos, principalmente documentação (RG, CPF, Certidão de Nascimento etc), questões relacionadas com o INSS-LOAS, reconhecimento de paternidade e pensão de alimentos, questões trabalhistas, vagas em escolas públicas entre outros possíveis encaminhamentos.
Voluntários: ajuda inestimável!
O grupo de Orientação Jurídica-Fraterna do Grupo Espírita Batuíra acolheu voluntários como profissionais e operadores do Direito, estudantes e bacharéis, que com sua experiência pessoal e profissional, aliada à boa vontade e o desejo de servir, muito contribuiram para o sucesso do mutirão. Foram 27 voluntários advogados de diversas áreas e especializações e o trabalho realizado foi cinco vezes o volume de atendimentos de um sábado normal, com mais de 57 atendimentos concluídos.
As pessoas que buscaram orientação passaram, inicialmente, por uma triagem, e depois, encaminhadas a uma das salas de atendimento das seguintes áreas: Direito cível, previdenciário, trabalhista, criminal e exercício da cidadania. Os objetivos foram atender as importantes necessidades da comunidade local, por meio da promoção do acesso à cidadania e justiça, a partir de encaminhamentos direcionados especificamente, a temas prioritários para a comunidade de Vila Brasilândia, como orientação a acesso aos serviços públicos de assistência social e judiciária; e promover o incremento e a melhoria do atendimento regular do setor jurídico do GEB junto à comunidade local.
A coordenação do mutirão destacou que, embora sendo um projeto piloto, seu êxito ficou evidente pelos comentários positivos dos atendidos e pela participação solidária dos voluntários. Assim, a edição do próximo ano do mutirão deverá ser mais abrangente, atendendo número maior de pessoas da comunidade e contando com o apoio de novos voluntários.
Colaboração: Jorge Sá Miranda Fotos: Danilo Ramos
Mutirão Jurídico na Brasilândia: Acesso à Justiça e Novos Voluntários.
Contando com a contribuição de voluntários da padaria, que carinhosamente prepararam o café da manhã, e do grupo de jovens e do teatro, que tocou músicas ao som de violão, logo pela manhã, os advogados e estudantes do curso de Direto realizaram a prece de abertura e, em seguida, dividiram-se em equipes para atendimento da comunidade nas áreas do Direito Cível / Família, Criminal, Trabalhista, Previdenciário e Consumidor.
Para essa edição, foi identificada a necessidade de expandir o trabalho, tanto em termos de novos assistidos, quanto, especialmente, de novos voluntários, conforme conta o coordenador do trabalho, Paulo Henrique Batimarchi: “Após o sucesso verificado no mutirão externo ocorrido meses atrás, repensamos o papel do mutirão como uma atividade de engajamento de voluntários. E foi um sucesso!”, comemora.
Nesse sentido, a voluntária Ana Paula Freitas complementa: “Desta vez, focamos na experiência vivida pelo voluntário, com o intuito de propagar o trabalho. Queremos desenvolver essa mesma experiência em outros centros espíritas”.
Esse ideal acertado foi endossado em uma comunicação obtida à tarde durante reunião de educação mediúnica no GEB de Vila Brasilândia, oportunidade em que um representante do corpo jurídico espiritual da casa de Batuíra informou que o grupo acompanhou o trabalho desenvolvido pelo jurídico do GEB e ressaltou que pretende incorporar este tipo de trabalho em outros lugares.
Presente nas três edições do mutirão, o advogado Leslyer Delgado compartilha a sua experiência: “O mutirão jurídico para mim é sempre uma festa. Fico muito feliz em poder fazer parte de um trabalho, cujo objetivo é um só: A caridade para com o nosso próximo. E tenho certeza que não fazemos esse trabalho sozinhos, pois sentimos a atuação intensa do plano espiritual a nos ajudar. É também uma oportunidade de, além de trazermos novos voluntários, divulgarmos e incentivarmos o trabalho em outras casas. Enfim, é maravilhoso”, comenta.
Divulgação e trabalho: 40 consultas e 23 voluntários presentes
Batimarchi explica que a divulgação do trabalho é feita dois meses antes por meio de faixas afixadas na fachada do GEB, folhetos distribuídos e anúncios em palestras e reuniões do Batuíra para angariar voluntários e assistidos.
E deu certo: Foram 40 atendimentos e 23 voluntários, sendo metade destes novos participantes.
Com relação ao método de trabalho, o coordenador destaca que foram repetidas técnicas que deram certo nas edições passadas e foi aprimorado e simplificado o fluxo de atendimento para garantir mais continuidade e, assim, proporcionar aos voluntários participantes uma melhor experiência de atendimento.
Sucesso garantido
Advogados e estudantes, de forma emocionada, fizeram o encerramento do trabalho no Jardim do Manecão, na Unidade de Brasilândia, onde contaram suas impressões, com sensação de dever cumprido.
Para Batimarchi, a maior prova de sucesso é o sentimento de realização que todos compartilham ao final do trabalho, despertando reflexões nos participantes, novas ideias e envolvimento de novos voluntários.
“Esses projetos e iniciativas se complementam dentro de um objetivo maior: O de trazer mais justiça a todos na região de Vila Brasilândia. Ao fazermos isso, como voluntários e profissionais do Direito, também repensamos nossos valores e o próprio conceito de justiça”, finaliza.
- Texto: Talita Caetano - Fotos: Luiz Carlos Félix e Leslyer Delgado.
Na Brasilândia, um farol chamado Unidade Dona Aninha
Unidade Dona Aninha: coração pulsante
A pandemia reservou a cada um de nós um quinhão de dor, e também aprendizado. Mas, inegavelmente, moradores de regiões mais vulneráveis enfrentaram desafios ainda maiores nesse período. Em Vila Brasilândia, foi assim. Por isso, apesar das limitações sanitárias, nossa unidade assistencial no bairro se organizou, pelo segundo ano, para tentar suprir necessidades e acolher nossos assistidos de diferentes maneiras.
Nesse sentido, um dos principais compromissos mantidos ao longo de 2021 foi o fornecimento de até 250 marmitas diariamente, de segunda a sábado. A mobilização de funcionários da casa já havia começado em 2020 e foi se aprimorando ao longo do último ano, com treinamento orientado para uso e manipulação dos alimentos. Com o avanço da vacinação na cidade de São Paulo, houve a retomada paulatina de voluntários para este trabalho.
Além das marmitas, houve a distribuição mensal de 200 a 300 cestas básicas, produtos de limpeza e higiene, cobertores, roupas, brinquedos e calçados.
O trabalho foi possível graças à parceria com líderes comunitários, que identificavam as principais carências e as famílias mais necessitadas a serem beneficiadas com as doações.
Brasa Mais
Mesmo com as dificuldades do período de quarentena, foi com alegria que vimos o projeto Brasa Mais, que atende crianças de 4 a 6 anos, crescer e ampliar o alcance. Se, em 2020, 17 crianças participavam das atividades recreativas e de fortalecimento de vínculos, agora, em 2021, o número mais que dobrou, chegando a 37. E deve aumentar ainda mais.
O projeto é uma iniciativa das irmãs voluntárias Ana Celia Mustafá Campos, Ana Paula Mustafá Mariutti e Ana Lucia Mustafá Nunes. Na unidade do GEB, após um delicioso e nutritivo almoço, as crianças participam de oficinas culturais e esportivas, com brincadeiras que divertem ensinando.
Reformas e Melhorias
Paralelamente à prestação de serviços, aproveitamos o menor fluxo de pessoas em nossas instalações para fazer reformas e melhorias prediais, com a instalação de rede de internet, plantio de árvores, plantas, criação da horta comunitária e de duas secretarias. Foram realizadas manutenções nas áreas elétrica e hidráulica, além de pisos, pinturas, telhados e equipamentos. Nas áreas usadas pelo Brasa Mais, tivemos pequenas reformas e a chegada de novas mobílias, para a ampliação do espaço e o conforto no atendimento de um número maior de crianças.
Se a nossa unidade em Vila Brasilândia é como um coração, que acolhe e distribui amor, logo nos damos conta de que ele bate sempre acelerado, pronto para experimentar mais sentimentos, ou seja, mais atividades. Fruto da colaboração de tantos e dedicados voluntários, sempre cheios de novos projetos. O diretor da unidade, Luiz Mello, que é também 2º vice-presidente do GEB, fala da emoção proporcionada a todos:
– Eu sempre fico muito feliz quando vou à Unidade D Aninha e acompanho os atendimentos, melhorias, as reformas. E não têm sido poucas, mesmo em tempos de Covid. Tudo isso me emociona muito. O que mais me encanta é o trabalho realizado com as crianças, promovendo a alegria e o despertar para novas visões de mundo, através da brincadeira, do conhecimento, da integração e do acolhimento. Acredito que estamos no caminho certo, promovendo a formação de pessoas para o BEM e mais preparadas para os desafios do futuro.
Falando em futuro, Luiz conta que vários projetos já em andamento vão continuar, como o Brasa Mais e a Família Assistida – num novo formato, que conta com a ajuda de líderes comunitários para chegarmos aos mais necessitados. Os voluntários da Sopa Fraterna já foram convidados à volta gradual ao trabalho, mas no cardápio atual, oferecendo marmitas.
Também retomamos as aulas profissionalizantes do Curso de Panificação, com a conclusão da turma iniciada em 2020 (foto acima), antes da paralisação por causa da pandemia, e abrimos a primeira turma do Curso de Limpeza Corporativa e Limpeza e Higiene Hospitalar.
Formatura do Curso de Limpeza Corporativa e Hospitalar, realizado com funcionários do GEB e membros da Família Assistida. Fundamental nos dias de hoje, o curso abordou temas como Limpeza, Higienização, Aspectos Comportamentais, entre outros.
Para 2022, já estamos planejando a chegada de novos trabalhos, como o Costurar o Futuro que, além de técnicas de costura, vai ensinar conceitos de educação financeira, dando a chance de alunos empreenderem no ramo.
– Vem aí o Brasa Jovem, que vai oferecer várias atividades para cerca de 35 adolescentes, entre 14 e 16 anos. Nosso plano é ter aulas de inglês, música, informática e promover discussões sobre sustentabilidade, refletindo sobre como cuidar do ambiente e entorno em que vivem, e também sobre temas do dia a dia deles, como gravidez, morte, violência urbana entre outros – adianta Luiz.
Como vemos, esse enorme coração chamado Unidade Dona Aninha só pensa em bater forte e feliz, multiplicando oportunidades para uma vida melhor.
Espaço Apinagés
Embora as atividades presenciais do Espaço Apinagés também estivessem suspensas, o trabalho interno de cuidado e manutenção continuou sendo realizado sob a responsabilidade das voluntárias Ana Luiza Gouvea e Arlete Guimarães, inclusive na recepção de eventuais doações.
O trabalho das fadinhas ganhou uma nova dimensão ao ser executado no sistema “home office”: os reparos das roupas, o preparo de roupinhas de crochê, tricô e uma novidade foi implementada: a atividade artesanal de lindas bijuterias. Tudo realizado em casa de cada voluntária fadinha, com muito amor e dedicação.
A separação de roupas, calçados e brinquedos de responsabilidade do Espaço, cujos itens são incluídos na distribuição semestral, não sofreu qualquer interrupção e apresentou uma inovação: ao invés de serem selecionados em kits, foram disponibilizados para que assistidos escolhessem eles mesmos suas peças, na Distribuição Semestral.
Gradualmente, o Espaço Apinagés vem retomando suas atividades presenciais, principalmente o Bazar. Há uma enorme expectativa para que 2022 tudo possa voltar ao novo normal.
- Texto: Simone Queiroz e JCZaninotti
- Publicado no Batuíra nº146
Nabor retorna à pátria espiritual
Nabor Bernardes Ferreira
Nabor era formado em Direito e Contabilidade. Foi casado com Valéria, com quem teve dois filhos: Juliana e Leandro, e netos. Chegou ao GEB, como a maioria das pessoas, através do médium Spartaco Ghilardi, que o orientou sobre a mediunidade de sua esposa. Jovem, já frequentava a Federação Espírita do Estado de São Paulo, onde fez a Escola de Médiuns e o Curso de Expositores.
No GEB foi orientado inicialmente a integrar a equipe de apanha de alimentos no CEASA. Em 1985, foi convidado a fazer parte do grupo de assessoria da diretoria executiva, com a responsabilidade de dirigir o setor de recursos humanos. Para a diretoria de 1988 a 1994 foi eleito segundo tesoureiro; primeiro tesoureiro, para o período de 1994/2000; presidente da diretoria executiva nas gestões de 2000 a 2009. Foi um dinâmico presidente, sendo que, na sua gestão, foram inaugurados o Lar Transitório Batuíra e o Espaço Apinajés, dois importantes projetos assistenciais do GEB.
Nabor promoveu, também, um encontro de integração dos membros da diretoria executiva e do conselho de administração, com vistas a melhoria do desempenho do Grupo Espírita Batuíra.
Desde 2009, quando deixou a presidência da diretoria executiva, foi eleito membro do Conselho de Administração, função que ocupava até ao seu regresso ao mundo espiritual.
Nabor atuava na área jurídica e contábil do Grupo Espirita Batuíra, ao lado de seu irmão Ricardo, que continua como conselheiro do GEB.
Na área doutrinária, Nabor foi expositor da Doutrina Espírita, dirigente da reunião de educação e desenvolvimento da mediunidade, às segundas-feiras, e na equipe "B" da reunião de desobsessão, às sextas-feiras.
Na foto ao lado, os irmãos Ricardo e Nabor Bernardes Ferreira, dois voluntários dedicados e amigos do Grupo Espírita Batuíra.
Na foto acima, flagrante da eleição do atual Conselho de Administração do GEB. Nabor é o sexto da esquerda para a direita, entre os conselheiros Ricardo Bernardes Ferreira e Jailton da Silva.
- Texto extraído da página 97 do livro "GEB 50 Anos de Mais Luz"
Sepultamento
O sepultamento foi no Cemitério São Paulo, na Rua Cardeal Arcoverde, 1250 - Pinheiros, nesta Capital.
Nossa fraternidade não pode falhar! Colabore!
Nosso Projeto. Sua Obra
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Nome: Grupo Espírita Batuíra
CNPJ: 61.989.000/0001-50
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Conta corrente: 56444-3
Após realizar a doação, envie um email para captacao@geb.org.br com seus dados para confirmarmos o depósito.
- Indicação de empresas que possam colaborar com doações em dinheiro e/ ou materiais.
- Nota fiscal paulista – traga notas fiscais sem registro de CPF ao GEB. Uma equipe de digitadores registra os boletos na Secretaria da Fazenda e o Batuíra recebe os créditos distribuídos pelo Governo de São Paulo. As compras em lojas de roupas masculinas e femininas, calçados e bolsas, drogarias (não de redes), bares e restaurantes são as que revertem maiores benefícios.
Nova diretoria do GEB
Dirigentes do GEB para o triênio 2018-2021
A 72ª Assembléia Geral Ordinária - AGO elegeu, por aclamação, a chapa única apresentada para a gestão do triênio 2018-2019.
Conselho de Administração
Presidente: Douglas Musset Bellini - Conselheiros: Iraci Maria Padrão Branchini, Marco Antonio Pereira dos Santos, Ricardo Silva Pastori e Jailton da Silva.
Da esquerda para direita: Conselheiros Marco Antonio, Ricardo, Douglas, Iraci e Jailton.
Conselho Fiscal:
Membros Efetivos: Robson Ferreira - Presidente - Conselheiros: Thatiana Ghenis Viana e Fernando Pessoa Santin.
Membros Suplentes: Conselheiros Roberto Garcia Filho, Luiz Antonio Fuchs da Silva e Daniel Branchini da Silva.
Da esquerda para a direita: Conselheiros Daniel, Fernando, Robson e Thatiana
Diretoria Executiva
Presidente: Ronaldo Martins Lopes - 1º vice-presidente: Geraldo Ribeiro da Silva - 2º vice-presidente: Luiz Garcia Mello - 1º secretário: Ronaldo Fillet Fernandes - 2º secretário: Marly Ribeiro Barbosa Rubio - 1º tesoureiro: Claudio Luiz de Florio - 2º tesoureiro: Jorge Chrypko - 3º tesoureiro: Francisco Marcos Colloca - Diretor Jurídico: Tufi Jubran - Diretor de Assistência à Saúde: Eduardo Barato - Diretor da Unidade CEI Batuíra: Sonia Judite Lopes - Diretor de Comunicação e Relações Públicas: José Carlos Zaninotti.
Da esquerda para a direita - Em pé: Eduardo, Ronaldo Fillet, Zaninotti, Sonia, Claudio e Francisco. Sentados: Luiz Mello, Geraldo, Ronaldo, Marly e Jorge.
Novos talentos
A chapa eleita promoveu a renovação de alguns cargos na diretoria executiva e no conselho fiscal, com a presença de talentos da família batuirense:
Marly Ribeiro Barbosa Rubio Francisco Marcos Colloca Robson Ferreira
Fernando Pessoa Santin Thatiana Ghenis Viana Daniel Branchini da Silva
- Fotos: Simone Queiroz
Nova diretoria do GEB para o triênio 2021-2024
A mesa principal da 75ª Assembleia Geral Ordinária: Tufi Jubran, Luiz Mello, Ricardo Pastori, Ronaldo Lopes, Elias Soneto e Francisco Colloca (da esquerda para a direita).
Em razão da pandemia do Covid19, a 75ª Assembléia Geral Ordinária foi realizada de forma presencial e à distância, utilizando-se de videoconferência por meio de plataforma virtual, em conformidade com a legislação específica pertinente, adotada neste momento de epidemia.
Videoconferência transmitida diretamente da Unidade Caiubi reuniu os participantes da 75ª AGO pela plataforma digital.
Obedecendo todos os protocolos sanitários para o encontro presencial, a reunião foi aberta às 19h30 do dia 2 do corrente, no auditório da unidade da rua Caiubi e contou com a participação presencial e virtual, por transmissão ao vivo, de associados efetivos, conselheiros e diretores, conforme disposto pelo estatuto do Grupo Espírita Batuíra.
Iraci Maria Padrão Branchini, atual conselheira do GEB, presidiu virtualmente a 75ª Assembleia Geral Ordinária.
Instalada a reunião, os integrantes da assembleia designaram para presidi-la a atual conselheira Iraci Maria Padrão Branchini, tendo como secretários Ricardo Silva Pastori e Luiz Garcia Mello.
A presidente Iraci solicitou ao primeiro-secretário Ricardo Pastori que fizesse a leitura do edital de convocação da 75ª AGO, colocando, na sequencia, em votação a antecipação da eleição dos dirigentes da gestão 2021-2024, condicionada à permanência da data da posse agendada para o dia 21 de março corrente, quando se extingue o mandato dos atuais diretores, em razão de entraves de registros de atas e demais documentos em cartório, em razão da pandemia do coronavírus.
Aprovado o item por todos, foi apresentada chapa única, que foi, de imediato, submetida à eleição e aprovada por unanimidade para novo período de 2021-2024, ficando estabelecido que a posse dos membros diretivos acontecerá somente no dia 21 de março deste ano.
Coube ao segundo-secretário Luiz Garcia Mello apresentar os dirigentes eleitos e reeleitos:
Conselho de Administração: Douglas Musset Bellini, presidente; conselheiros: Marco Antonio Pereira dos Santos, Ricardo Silva Pastori, Jailton da Silva e Iraci Maria Padrão Branchini.
Diretoria Executiva: Ronaldo Martins Lopes, presidente; Geraldo Ribeiro da Silva, primeiro vice-presidente; Luiz Garcia de Mello, segundo vice-presidente; Marly Ribeiro Barbosa Rubio, primeira-secretária; Simone Queiroz Marques da Cruz Nieto, segunda-secretária; Claudio Luiz de Florio, primeiro-tesoureiro; Jorge Chrypko, segundo-tesoureiro; Francisco Marcos Colloca, terceiro-tesoureiro; Tufi Jubran, diretor jurídico; Eduardo Barato, diretor de assistência à saúde; Sonia Judite Lopes, diretora da unidade CEI Batuíra; José Carlos Zaninotti, diretor de comunicação e relações públicas.
Conselho Fiscal: Robson Ferreira, presidente; conselheiros efetivos: Thatiana Ghenis Viana e Fernando Pessoa Santin; conselheiros suplentes: Roberto Garcia Filho, Luiz Antonio Fuchs da Silva e Daniel Branchini da Silva.
Nova edição do Batuíra Jornal
Novo diretor jurídico
A reunião da AGE iniciou-se às 19 horas no auditório da unidade Spartaco Ghilardi e foi híbrida: presencial e virtual, obedecendo todos os protocolos sanitários em razão da pandemia.
Em pé: Thatiana Ghenis Viana, Geraldo Ribeiro da Silva, Jailton da Silva, Francisco Colloca, Sidney Gonzalez e Ronaldo Lopes. Sentados: Dr. Marco Antonio Pereira dos Santos, Luiz Mello, Gabriel Branchini da Silva (eleito diretor jurídico) e Elias Souza Neto
A mesa diretora foi dirigida pelo conselheiro Dr. Marco Antonio Pereira dos Santos e contou com a participação de Francisco Colloca e Sidney Gonzalez, que atuaram como secretários da AGE.
Com a votação realizada, Gabriel foi eleito por unanimidade. O Dr. Marco Antonio, presidente da mesa, o saudou efusivamente e destacou que a Mocidade Espirita do GEB tem sido um verdadeiro celeiro ao longo dos seus 48 anos de existência oferecendo novos valores para a continuidade do trabalho da casa, lembrando que ele próprio, mais os diretores Geraldo Ribeiro da Silva, Ricardo Silva Pastori e o próprio Gabriel foram seus dirigentes.
Gabriel Branchini da Silva é graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no ano de 2001 e inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sob o nº 198.993. Possui Pós-graduação “lato senso” em Direito Processual Civil pela COGEAE – PUC/SP e em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Law/SP).
É sócio fundador da Branchini & Mathias Sociedade de Advogados, com sede na capital de São Paulo. Casado com Marcela Branchini (também advogada), com quem tem uma filha, Giulia, de 9 anos. É filho de Geraldo Ribeiro da Silva e de Sueli Maria P. Branchini, ambos voluntários do Grupo Espírita Batuíra desde a década de 70. Está no Grupo Espírita Batuíra desde criança, tendo frequentado a Escola de Moral Cristã e a Mocidade. Mais tarde, atuou como Evangelizador da Escola Pedro de Camargo Vinícius e, posteriormente, como Coordenador da Mocidade por duas gestões. Por vários anos foi Diretor-adjunto do Departamento Jurídico do GEB, que era dirigido pelo nosso saudoso Dr. Tufi Jubran. Além de Diretor-adjunto, Gabriel também faz palestras espíritas.
Abaixo o edital de convocação:
Conheça o breve relato da vida de Tufi Jubran clicando no link abaixo:
Novo prédio na Brasilândia
Algumas frentes de trabalho, como os cursos de corte e costura e de modelagem e as aulas de teatro e de música do Grupo Brasa vão ocupar os dois primeiros pavimentos; o terceiro pavimento, por não ter colunas, pode ser adaptado para atender a múltiplas necessidades.
Vale informar que serviços básicos de infraestrutura e acabamento, como pintura, instalações elétrica e hidráulica estão prontos.
A nossa ansiedade é grande para vermos o trabalho concluído e as atividades acontecendo. explica Francisco Colloca, 3º Tesoureiro e membro da Comissão de Obras.
- Texto: Simone Queiroz - Fotos: Francisco Colloca
Novo presidente do Conselho de Administração do GEB
A eleição aconteceu no último dia 27 de setembro, na sede da unidade Spartaco Ghilardi, em reunião extraordinária realizada às 19h30 pelo Conselho de Administração, em conformidade com o inciso primeiro, do artigo 25, contido no capítulo quarto, do estatuto do GEB.
Dr. Marco Antonio é médico, com especialização em pediatria e homeopatia e é, também, técnico em fitoterapia. Casado com Maria Cristina, com quem tem nove filhos e dez netos.
Sua mãe D. Vanda foi diretora do setor de Evangelização Infantojuvenil do GEB quando da sua fundação. Frequentou, desde a infância, as aulas de moral cristã na Casa. Continuou sua trajetória espírita na Mocidade, tendo sido seu diretor na década de 80.
Na diretoria executiva, foi terceiro-vogal em duas gestões: 1985/1991. A partir de 2006 foi eleito membro do conselho de administração, onde permanece até os dias atuais. Passa, a partir de agora, ser o seu presidente.
Estudioso, pesquisador e divulgador da Doutrina Espírita, Marco Antonio é orador de palestras públicas. Publicou o livro: O Evangelho da Adoção.
Novos dirigentes do GEB para o triênio 2015/2018
Estatuto do GEB é adequado à nova realidade!
Na 68ª Assembleia Geral Extraordinária realizada às 19h30, do dia 17 de Março de 2015, no auditório da Unidade Caiubi, com a presença dos associados do GEB e, sob o comando de Douglas Bellini, presidente da AGE, foi aprovado, por unanimidade, a alteração do Estatuto vigente, escrito e aprovado em 1964, quando da fundação da Instituição.
Principais Alterações
Ronaldo Lopes, a pedido do presidente da AGE Douglas Bellini, foi o relator da matéria. Explicou que em Agosto de 2014, por sugestão do Conselho de Administração, foi criado um comitê específico para estudar o tema, uma vez que a regra maior que rege a vida do GEB precisaria ser adequada às novas normas legais, principalmente com referência à Lei nº 13.019, de 31 de Julho de 2014, que passa a regular e estabelecer, entre outras providências, o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público.
O comitê, formado por conselheiros, diretores e advogados, após exaustivas reuniões de estudos e debates, entendeu, igualmente, que precisava modernizar as regras de 1964, que normatizam a vida do GEB, à realidade contemporânea do século 21. Assim, criou, por exigência legal, um Conselho Fiscal, composto por três membros efetivos e três suplentes, que atuará na mesma hierarquia do Conselho de Administração, adaptou a nomenclatura dos cargos da diretoria executiva, incluindo um terceiro tesoureiro, regulou a questão de eventuais vacâncias de cargos de diretores, além de atualizar e renumerar vários artigos do Estatuto, entre outras inovações, explicou Ronaldo.
Conheça aqui o inteiro teor do novo Estatuto aprovado.
Novos Dirigentes para o triênio 2015/2018
Tomaram posse, nesta mesma data, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva, eleitos, por aclamação, pela 69ª Assembleia Geral Ordinária, do Grupo Espírita Batuíra, para o mandato do triênio 2015/2018.
Foram eleitos para o Conselho de Administração, os senhores Douglas Musset Bellini (presidente), Ricardo Bernardes Ferreira, Nabor Bernardes Ferreira, Marco Antonio Pereira dos Santos, Ricardo Silva Pastori, Jailton da Silva e Iraci Maria Padrão Branchini (membros conselheiros).
Na foto, da esquerda para direita: Pastori, Marco Antonio, Iraci, Douglas (presidente), Ricardo, Nabor e Jailton
Conselho Fiscal
Com a alteração do estatuto do GEB aprovada na 68ª Assembleia Geral Extraordinária, também realizada no mesmo dia, tomaram posse, e comporá o novel Conselho Fiscal, os membros efetivos Walter Silva (presidente), Robson Ferreira e Almir Polycarpo e os suplentes Roberto Garcia Filho, Fernando Pessoa Santin e Tathiana Ghenis Viana.
Da esquerda para direita: Roberto, Thatiana, Robson, Walter (presidente), Almir e Fernando
Diretoria Executiva
Para a Diretoria Executiva, o Sr. Ronaldo Martins Lopes foi reconduzido à presidência. Com uma estrutura renovada pelo novo estatuto, completam a nova diretoria: Geraldo Ribeiro da Silva (1º vice-presidente), Luiz Garcia Mello (2º vice-presidente), Oneide Rosa Mille (1ª Secretária), Ronaldo Fillett Fernandes (2º Secretário), Claudio Luiz de Florio (1º Tesoureiro), Savério Latorre (2º Tesoureiro), Jorge Chrypko (3º Tesoureiro), Tufi Jubran (Diretor Jurídico), Eduardo Barato (Diretor de Assistência à Saúde), Sonia Judite Lopes (Diretor da Unidade CEI Batuíra) e José Carlos Zaninotti (Diretor de Comunicação e Relações Públicas).
Da esquerda para direita: Em pé: Zaninotti, Eduardo, Claudio e Sonia. Sentados: Jorge, Luis Melo, Geraldo, Tufi, Ronaldo (presidente), Oneide e Ronaldo Fillett.
Relatório de Atividades e Balanço Financeiros aprovados.
Por ocasião da Assembleia, dirigida pelo presidente do Conselho Douglas Bellini, a conselheira Iraci Maria Padrão Branchini foi encarregada de apresentar um resumo das atividades do GEB em 2014. Logo a seguir, coube ao primeiro-tesoureiro Claudio Luiz de Florio fazer um relato do balanço financeiro do último exercício, ambos aprovados, por unanimidade.
Fotos: Felipe Roquette
O assunto é: depressão!
Uma tarde de sábado ensolarada lá fora, e cerca de 240 pessoas decidiram passar 3 horas e meia no auditório do Grupo Espírita Batuíra, entendendo e refletindo sobre um mal que acomete 322 milhões de pessoas no mundo, sendo 11 ,5 milhões só no Brasil: a depressão. A doença foi discutida no Fórum sobre Depressão, organizado e promovido pela Mocidade do GEB, no dia 2 de setembro, sob três aspectos: orgânico, psicológico e espiritual.
Os convidados para debater o tema foram o psiquiatra João Lourenço Navajas, o psicólogo Luiz Fernando Penteado, e o pediatra e homeopata, Marco Antonio Pereira dos Santos. Foi do próprio Marco Antonio a ideia da realização do fórum. Quase 6% por população brasileira sofrem de depressão. Um mal que afeta não só o próprio doente, mas também os familiares próximos, amigos e colegas de trabalho.
Aspecto orgânico
Segundo o doutor João Lourenço, é pequena a parcela dos que têm depressão por causas orgânicas. A imensa maioria deve-se a razões filosóficas: pessoas que de alguma forma percebem que não podemos mais viver como vivíamos, e então se deprimem.
- Como vir para o planeta Terra em fase de transição e não ter contrariedades? - questionou o doutor Navajas.
O médico reforçou que feito o diagnóstico, é fundamental fazer o tratamento através de diferentes frentes, porque o paciente precisa voltar a ter as funções psíquicas no melhor nível possível.
- Para aproveitar a encarnação, amenizando os momentos ruins e continuar vivendo.
O médico falou sobre a importância dos grupos de mocidade de diferentes religiões, que ajudam os jovens a dar um sentido à vida, prevenindo casos de depressão e promovendo a alegria.
- Jesus Cristo veio nos esclarecer e nos motivar com seu próprio exemplo. Devemos encontrar pretexto para sempre falar de amor. Por que temos tanto medo de amar?
Aspecto psicológico
O psicólogo e psicoterapeuta Luiz Fernando Penteado explicou que a causa maior da depressão está na dificuldade de se lidar com as perdas, o que gera sentimentos de tédio, rebeldia, egoísmo. Destacou a necessidade de acompanhamento médico e tarapêutico para distinguir o paciente com depressão daquele com bipolaridade, que alterna os momentos depressivos com outros de euforia.
- Os bipolares são pacientes com muita energia, pouca necessidade de horas de sono, têm raciocínio rápido, mas sem foco, ou seja, começam projetos e não terminam.
Ele admite o quanto pode ser cansativo conviver com alguém com essas patologias, e a melhora do paciente exige dos familiares muito esforço, muito querer.
- Muitas vezes queremos a melhora do outro por egoísmo, porque queremos nos livrar do problema. Mas é importante que lutemos por amor e afeto ao próximo.
Luiz Fernando propôs uma dinâmica entre os participantes do Fórum, pedindo que todos se cumprimentassem afetuosamente.
- Não adianta ficarmos sentados, nos lamentando. É fato que, quando trocamos afeto, melhoramos.
Aspecto Espiritual
O doutor Marco Antonio Pereira dos Santos definiu a depressão como uma doença da alma, que gera o colapso da nossa consciência. Muitas vezes, o doente ou a família, procura apenas uma solução química, medicamentosa, que é importante, mas que seria desejável vir acompanhada de uma mudança de sentimentos do paciente.
- Precisamos nos lembrar que estamos na matéria, mas somos espíritos imortais. Os sentimentos moldam os nossos pensamentos e geram nossas ações, portanto o tratamento fundamental é o interior. Por isso, tratar a depressão é um convite à evolução.
O médico explicou que muitas vezes a depressão é efeito de um processo de obsessão, e nesses casos, o sucesso do tratamento depende de tratar o espírito obsessor, que nos cobra pelo nosso passado de erros. Ele chamou a atenção para a eficácia do passe e da água fluidificada no combate à doença. E recomendou:
- O amor é uma experiência terapêutica, por isso a oração de Francisco de Assis é o mantra da felicidade. Devemos repetir para nós que melhor fazemos quando amamos que quando somos amados. E precisamos alimentar sempre a fé.
Marco Antonio fez referência à frase contida no livro Os Mensageiros (Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz), “A fé sincera é ginástica do Espírito”, lembrando que os desafios da vida exercitam a nossa fé e, também, a fé dos parentes que se ocupam dos que precisam de cuidados.
- Toda doença traz uma mensagem dentro dela, e por isso mesmo a cura vem de dentro. A depressão nos diz: mude para evoluir, saia do seu casulo e lute para ser feliz. Temos que verificar que as “causas” são na verdade “consequências” dos nossos desequilíbrios
Doutor Marco Antonio lembrou à plateia que temos condições de vencer as aflições, porque Deus não nô-las daria se não pudéssemos suportá-las, e recomendou que enxerguemos a dor como um recurso educacional, transformaDOR, derpertaDOR, libertaDOR.
- Somos arquitetos do nosso destino. A felicidade está por ser conquistada. É difícil, mas nós conseguiremos.
O Fórum sobre a Depressão, sugestão do pediatra e homeopata Marco Antonio Pereira dos Santos, foi adotado e realizado pela Mocidade do Grupo Espírita Batuíra.
- Texto: Simone Queiroz
Publicado no Batuíra Jornal nº 125 - Setembro e Outubro de 2017.
O GEB cresce movido a amor
Imagem do GEB quando de sua fundação. À esquerda, a casa ao lado que pertencia a Dona Hilda Teixeira da Silva.
Um dos imóveis doados é o de número 1314, da Caiubi, bem ao lado da nossa Unidade Doutrinária Spartaco Ghilardi. A doação vem na esteira de uma bonita história de amor e respeito por nossa instituição por parte da ex-moradora e proprietária: dona Hilda Teixeira da Silva.
Dona Hilda viveu sua vida inteira na casa - construída pelo pai dela - desde que nasceu, em 1937. Foi o endereço da família por muitas décadas, mas depois dos pais de dona Hilda, morreu também a irmã. Como não se casou, nem teve filhos, ela passou a viver sozinha. Era frequentadora do Batuíra desde há muito tempo, tendo sido também voluntária do grupo de “Fadinhas”, do nosso Espaço Apinagés.
Foi em abril de 2010 que ela doou o imóvel ao GEB, reservando para si o usufruto vitalício. Naquele dia, no momento em que Dona Hilda assinou o termo de doação, ela lentamente pousou a caneta na mesa e, quebrando o silêncio, disse: “Meu Deus... agora já posso morrer.” Dona Hilda desencarnou em 7 de março de 2020, aos 83 anos.
Por força do período da pandemia, a escritura definitiva, com o cancelamento do usufruto - consolidando, assim, a plena propriedade do imóvel em nome da pessoa jurídica do GEB - foi averbada em setembro de 2021, o que nos permite agora integrar o imóvel à atual sede administrativa e doutrinária.
Já existe um projeto neste sentido, mas, com a pandemia, sua execução terminou ficando para mais tarde, tendo a casa, entretanto, já passado por reformas emergenciais, como a troca do telhado e do piso, além da construção de dois novos banheiros, uma vez que se encontravam em estado bastante deteriorado.
O 1º vice-presidente e diretor da Unidade Doutrinária, Geraldo Ribeiro, explica as possibilidades de utilização do novo imóvel: "Podemos aproveitar o novo espaço para acolher grupos de estudos de livros espíritas, reuniões de estudo para crianças e jovens, reuniões administrativas e, também, abrigar o Memorial Spartaco Ghilardi que, no momento, está localizado no Espaço Apinagés. Em síntese, estamos pensando num espaço multiuso. Claro que, para isso, são necessárias adaptações estruturais importantes, sem falar nos recursos financeiros necessários para a execução do projeto, que prevê a abertura de uma passagem lateral, que irá interligar as duas casas, a fim de que o portão de entrada seja único e, dessa forma, garanta segurança aos usuários", diz Geraldo.
Enquanto o projeto não é executado, há a alternativa de abrir janelas no saguão dianteiro do subsolo da Unidade Doutrinária, visando a melhorar a ventilação do local, onde existem, atualmente, algumas salas pouco usadas, desde a chegada da pandemia. Uma dessas salas, hoje utilizada para a Orientação Fraterna, carece de uma condição melhor aos orientadores fraternos e às pessoas que buscam orientação.
A casa, toda branca, chama a atenção de quem passa na rua, por sua beleza arquitetônica, sendo ela interna e exteriormente exatamente igual à casa de quando o GEB foi inaugurado em 1964. É aconchegante e tem um jardim aos fundos muito agradável, com árvores frutíferas, que conferem ao local uma atmosfera de paz. Nos fundos do imóvel, a edícula existente, depois de reformada, se prestará muito bem a um novo escritório de trabalho para a Administração de nossa entidade. Temos certeza que, após integração física com a nossa atual sede, o novo espaço será utilizado na difusão dos ensinamentos de Jesus e da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.
Espaço Apinagés maior
A outra doação recebida pelo GEB refere-se à casa de número 585, na rua Apinagés, vizinha ao nosso Espaço Apinagés. Mais do que simplesmente um imóvel amplo, a casa será de grande valia para a melhoria da sustentabilidade financeira do GEB, à medida que será possível instalar ali o nosso Bazar, que hoje funciona ao lado, de maneira tímida, justamente por falta de espaço.
À esquerda, foto da casa na rua Apinagés nº 585, vizinha ao Espaço Apinagés, que foi doada para o GEB.
Na casa nova, será possível ampliar as instalações e profissionalizar a operação, ajudando sobremaneira no suporte ao custeio das atividades assistenciais do Grupo Espírita Batuíra.
O 2º vice-presidente e diretor da Unidade Apinagés, Luiz Mello, explica os planos: "Neste novo espaço, o Bazar terá maior visibilidade, podendo atender a um público maior que, por sua vez, se beneficiará dos itens oferecidos a baixos preços. Quem traz doações ao GEB também encontrará maior comodidade, com espaço para estacionar seu carro e descarregar as entregas, o que atualmente é complicado na rua Caiubi."
Ele ainda explica que a Diretoria do GEB, dada a amplitude da nova casa, está pesquisando experiências já desenvolvidas em outras casas espíritas, de forma a implantar no local uma nova tecnologia logística, compreendendo a recepção, separação e classificação dos itens doados, para garantir uma disposição mais ordenada dos objetos em prateleiras e araras e, assim, favorecer a visualização e escolha pelo público.
O atual prédio ocupado pela Unidade Apinagés hoje também abriga, em seu mezanino, o Memorial Spartaco Ghilardi e o local dos ensaios do nosso Coral Interlúdio. E transformou-se em uma segunda casa para as nossas “Fadinhas”, que colaboram voluntariamente em nossas oficinas de recuperação de roupas e brinquedos doados. Será preciso agora replanejar bem a distribuição de todas essas atividades, diante da maior disponibilidade de espaço.
O que não muda para a comunidade batuirense é a disposição e a alegria em seguirmos, não importa o endereço, o lema de nosso patrono Batuíra: trabalho, trabalho, trabalho!!!
Texto de Simone Queiroz - Publicado no Batuíra Jornal nº 147.
O Lar Transitório continua sendo mais que uma casa, é um lar!
Pelo segundo ano, o Coronavírus teve impactos em nossa Casa de Cuidados Lar Transitório Batuíra, mas algo não mudou ao longo de toda a pandemia: o atendimento aos assistidos que precisavam convalescer após cirurgias e tratamentos médicos. As portas nunca se fecharam para eles, os leitos ficaram completos durante todos esses meses, mantendo o compromisso do Lar de acolher e oferecer cuidados para o corpo e para o espírito.
No início da pandemia, ainda em 2020, uma série de protocolos entrou em vigor no Lar, para que o vírus não entrasse e pusesse em risco funcionários e assistidos. Assim, passaram a entrar na casa apenas alguns profissionais de saúde e trabalhadores da limpeza e cozinha, serviços essenciais e que precisam ser executados presencialmente. Funcionários do grupo de risco trabalharam de suas casas e o atendimento prestado por voluntários foi suspenso, reduzindo a exposição ao risco. Os assistidos que já estavam lá permaneceram.
Após seis meses de pandemia, e principalmente em 2021, os que podiam ser desligados foram abrindo vagas para novos assistidos, também necessitados de atendimento e cuidados. Todos devidamente testados antes de entrar e depois isolados por alguns dias até se ter certeza absoluta de que não estavam contaminados e não transmitiriam o vírus aos demais. Deu certo! Ao longo da pandemia, NENHUM teve Covid-19. Três funcionários pegaram a doença fora do Lar, mas com o uso correto dos equipamentos de segurança, foram diagnosticados e afastados sem transmissão no ambiente do GEB.
Eduardo Barato, diretor-médico do Lar Transitório, explica que a vacinação contra a Covid foi um divisor de águas:
- Depois que todos os funcionários e assistidos estavam vacinados, finalmente pudemos ampliar algumas atividades. Na impossibilidade de realizar a Fluidoterapia – que levaria mais gente à casa, passamos a fazer um Evangelho no Lar e, em setembro, retomamos as reuniões de desobsessão, que são muito importantes. Com o esquema vacinal completo, começamos a volta gradativa de alguns voluntários como dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, além do acompanhamento externo dos assistidos, quando necessário. Tudo sempre devidamente discutido e autorizado pela presidência do GEB.
Mais para o final do ano, tivemos também a volta – com distanciamento - das aulas de alfabetização, fundamentais no processo de ressocialização de nossos assistidos e preparo para uma nova vida, ao deixarem a nossa casa e irem em busca de oportunidades no mercado de trabalho.
2022: esperança e cuidados
Todos sabemos que, apesar de as casas espíritas serem como pronto-socorro espiritual– e mesmo materiais no caso dos serviços assistenciais que mantêm – é preciso zelar para que a volta de atividades não configure um risco aos frequentadores e assistidos. Assim, em 2022, aplicados os protocolos que vêm sendo estabelecidos pela diretoria de saúde do GEB, a intenção é gradativamente retomar a agenda. No Lar Transitório, o plano é voltar às sessões de Fluidoterapia, mas ainda será definido se será no formato de antes ou com adaptações.
O doutor Eduardo explica:
– A previsão é reiniciarmos presencialmente as oficinas de arte, musicoterapia, roda de conversa, em 2022, com a manutenção de todas as medidas de proteção. E, assim, sempre com segurança, irmos adaptando as atividades à nova realidade. O fato de termos em São Paulo toda a população adulta já vacinada e registrarmos um dos menores índices de infecção do país nos estimula a ir em frente, com confiança na ciência e, claro, em Deus.
- Texto de Simone Queiroz
- Publicado no Batuíra Jornal nº 146
O Livro dos Médiuns – Inscrição Aberta
Obras em Vila Brasilândia avançam!
Colunas já estão içadas para a construção do último pavimento da obra em Vila Brasilândia.
Segundo pavimento já se encontra preparado para a continuidade da obra.
Piso térreo, onde estava o antigo barracão. Em junho, este espaço já foi utilizado para abrigar a 108ª Distribuição Semestral.
Vista do conjunto da Unidade Assistencial Dona Aninha, a partir do último pavimento em construção.
Foto da obra de ampliação em andamento na Unidade Assistencial Dona Aninha, em Vila Brasilândia.
Obras na Brasilândia avançam
As fundações recebem as ferragens.
Concretagem finalizada. Nova etapa já começou.
Fotos: Francisco Colloca
Obras na Unidade Brasilândia
O chão do térreo já ficou pronto. Com pé direito de 3,20 m, já dá pra imaginar a sensação de espaço e amplitude que teremos aí, quando tudo estiver pronto. No novo prédio, haverá espaço para depósitos e salas de aula.
As escoras ainda estavam aí no dia do registro das imagens, mas para a Distribuição Semestral, em 10 de junho, os progressos serão maiores. A parte de baixo já será, inclusive, usada para a montagem da mesa com os alimentos a serem doados.
O chão estará cimentado e a laje do pavimento de cima já deverá estar pronta, faltando apenas o telhado.
E assim, vemos surgindo paredes e bases ainda mais sólidas para a realização de novos projetos, novos sonhos... novos passos, numa caminhada iniciada há décadas em favor do próximo.
- Texto Simone Queiroz.
- Fotos: Chico Colloca
Oficinas de Vida Nova
Há anos, uma grande variedade de curso de formação profissional é oferecida à comunidade da Vila Brasilândia e arredores pela Unidade Assistencial Dona Aninha, do Grupo Espírita Batuíra – informa a coordenadora dessa atividade, Sylvia Márcia Menezes de Bruin.
O curso de Informática Básica, que é desenvolvido em parceria com a empresa Green, se dirige a jovens dos 14 aos 21 anos. O mesmo ocorre com o curso de Auxiliar de Escritório, realizado junto com o SENAC. Dos mais procurados, o curso de Panificação e Confeitaria, feito em parceria com o SENAI, tem duração de 40 dias e dá certificado de conclusão que abre portas para o primeiro emprego na área.
O curso de Costureira (o) de Máquina Reta e Overloque, com aulas às 3ªs e 6ªs feiras, com quatro horas de duração por dia, também conta com o apoio do SENAI.
Marta Bento de Oliveira, de avental azul, supervisionando o curso de modelagem na Unidade Dona Aninha.
Em paralelo, oferece-se ainda o curso de Modelagem de Roupas, graças ao apoio técnico do SENAI. A instituição cede o material didático, o curso tem duração de 160 horas e é supervisionado por Marta Bento de Oliveira, funcionária daquela entidade.
Dois outros cursos – de Corte e Costura e Oficina de Artesanato — são desenvolvidos por voluntários da Casa.
Em Busca de Reequilíbrio
Lucilene Ramos da Silva, 38, esteve casada por 18 anos, tem cinco filhos. Foi morar no Paraná. Quando voltou a São Paulo, o companheiro a abandonou e ela ficou com 4 filhos: uma menina de 17, Eduardo, de 15 (com necessidades especiais), Joaquim, de 6, tem os rins não desenvolvidos, sujeito a frequentes infecções, e Benjamin, 3.
Tinha vida estável quando o casal dirigia um serviço de manutenção de ar condicionado. O quinto filho é Henrique, de 22 anos, já casado. Joaquim já frequentava a creche do Batuíra. Lucilene, que está aprendendo Corte e Overloque, pensa em fabricar peças íntimas e infantis para reequilibrar a vida da família.
Um atelier e muitas viagens
Dona Nenê (Ednalva da Silva Figliano), 51 anos, sofreu de depressão e ansiedade por anos. O marido está desempregado, tem duas filhas – uma casada, com25 anos, outra com 15.
Dona Nenê realizou trabalhos de patchwork, produziu caixas organizadoras e, no ano passado, conheceu a Unidade Dona Aninha do Batuíra. Gostou, se identificou com o curso de Máquina Reta, comprou uma máquina e alugou um canto na garagem de uma irmã da igreja Mórmon. Ela quer ensinar a família a lutar. Seu sonho é ter um atelier e viajar para o exterior.
O pão de cada dia
Roberto Pereira, 52 anos e há seis atuando como professor do curso de Padaria e Confeitaria da Unidade Dona Aninha, de onde é funcionário, calcula que nesse período já formou cerca de 500 padeiros e confeiteiros, à razão de 108 por ano. Muito conceituado, o curso que ele dá, de 272 horas, atende duas turmas por dia, de 2ª a 6ª feira, com quatro horas de duração, das 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00.
Professor Roberto (de gorro) ao lado de alunos do curso de panificação.
Roberto também calcula que mais de 40% dos alunos conseguiram empregos de boa qualidade ou montaram negócios próprios, como padarias, pizzarias ou similares.
Ivani Grande da Silva, 56, é moradora da região. Viu, ao passar pela porta do Dona Aninha, a placa convidando para o curso. Ela, que trabalha à noite como segurança em festas, viu no curso de Padeiro e Confeiteiro uma oportunidade nova de qualificação profissional. Então, matriculou-se e está cursando. O marido, de 60 anos, é ambulante. Os três filhos estão casados. “Gostei muito” – explica. “Aprendendo, penso em iniciar um negócio, alugar um pequeno lugar. A família conta com isso.”
Milena Cardoso Marinho, 26 anos, também mora na região e tem aproveitado os cursos da Unidade Dona Aninha. Já fez os de Informática, Costura e Modelagem, e agora está concluindo o de Padeiro e Confeiteiro. Milena é casada, ainda não tem filhos, o marido é segurança em baladas. Já estava interessada na oportunidade e, quando soube que o curso teria início, logo matriculou-se. Sua mãe já vende bolos e salgados sob encomenda, e também é diarista. Milena a ajuda e agora quer aperfeiçoar-se na confeitaria. Sua irmã de 19 anos divulga o trabalho e anota os pedidos.
Alan Alves, 28 anos, tinha um blog sobre aviação – sua grande paixão. Fez um curso de panificação da Prefeitura, que achou insatisfatório e então matriculou-se no da Unidade Dona Aninha. Tomava sopa ali com frequência e, na segunda tentativa, conseguiu a matrícula no curso de Padaria e Confeitaria. “Estou aprendendo muito”, ele diz, “e já tenho uma encomenda de bolo de aniversário, com chantilly, bico de confeiteiro e laranja.” Alan quer abrir negócio próprio, fazer doações para os necessitados e se matricular na faculdade de Ciências Aeronáuticas para chegar a ser um comandante. Alan faz o Curso Básico de Espiritismo aos sábados na Unidade Dona Aninha.
- Texto e fotos de Sebastião Aguiar
Oficinas do Lar Transitório dão frutos
Tudo é fruto do que eles aprendem na Oficina de Jardinagem, que é oferecida há pouco mais de 2 anos, mas agora torna-se autossustentável. Os arranjos são feitos em vasos de cimento ou utilizam a técnica kokedama, com plantas aéreas, sem necessidade de jardineira.
Segundo Lúcia Gatti, voluntária responsável pela Oficina de Jardinagem, os assistidos estão animados com a chance de aprender e, ao mesmo tempo, colaborar com o Lar:
“Eles gostam muito do treinamento. E as plantas têm esse dom de mexer com a alma. É uma terapia, além de estimular a criatividade e melhorar a atividade motora. Os assistidos desenvolvem um maior respeito pelos companheiros, querem ajudar os que estão com dificuldades. Para se ter uma ideia, um participante da Oficina, quando saiu do Lar e foi para um abrigo, passou a ensinar jardinagem para os seus colegas de lá.”
Rosa Zulli, assistente social e gerente de Serviço do Lar, conta como foi a decisão de encaminhar os arranjos: “Ela foi tomada em conjunto com os assistidos, um processo muito interessante. Mostrei que estaríamos também ajudando a casa. A idéia foi aceita de forma super positiva e, a partir daí, começamos a levar para o bazar. Eles também fazem por encomenda hortinhas domésticas em pequenas jardineiras”, completa.
Lições para superação
Como nos lembra Rosa Zulli, mesmo o Lar Transitório sendo o local de acolhimento temporário, é possível, com as oficinas, incentivar também o resgate da autoestima, da dignidade, dos valores familiares, construindo assim o processo de saída das ruas.
“Após o pior período da pandemia, quando algumas atividades presenciais tiveram que ser suspensas ou realizadas através de plataformas digitais, as oficinas do Lar retornaram no mês de março, propiciando, cada uma do seu jeito, oportunidades terapêuticas e, também, de aquisição de novos conhecimentos.”
Roda de Conversa
Outra oficina bem aceita pelos alunos é a Roda de Conversa. Com bate-papos descontraídos, abordando conhecimentos gerais, culturais e, ainda, outros relacionados às histórias de vida dos assistidos, a professora Maria Inês Guimarães Naso busca levar cada um deles a encontrar a identidade perdida.
“Eu trago o conteúdo que eles pedem, mas em forma de poemas, canções, fábulas, que remetem à infância que eles esqueceram. Eles se consideram invisíveis para a sociedade, mas no tempo em que ficam aqui para tratamento, que leva em média quatro meses, começam a ter um novo eixo. Lembram que foram pessoas úteis e capazes. E que podem voltar a ser de novo no futuro”, explica. Ela tem notado o interesse deles por biografias de pessoas com histórias de superação, como a do jogador de futebol Walter Casagrande ou de personalidades como Martinho Lutero (um dos líderes da Reforma Protestante) e Chico Xavier.
Com a convivência e a troca de experiências, passam a se respeitar mais, desenvolvem o sentimento de solidariedade e ficam felizes quando o conhecimento que já têm é valorizado. Mesmo os que estão acomodados com a situação de rua em que vivem - e dizem estar acostumados a viver com as sobras que recebem de restaurantes - acabam refletindo sobre a diferença que é ter um tratamento como o que recebem no Lar.
Alfabetização e Reforço
Na Oficina de Alfabetização e Reforço, a proposta também é fortalecer a autoestima através de métodos modernos de alfabetização e de aulas de reforço para os que já possuem formação mais adiantada. A ideia é incentivar a volta aos estudos, facilitando a reintegração ao trabalho e à família. Segundo a pedagoga Valéria do Amaral Coutinho, responsável por essa oficina, enquanto alguns querem aprender a ler e escrever, outros querem aprimorar a leitura. Como na Roda de Conversa, na Alfabetização, o momento de leitura de textos proporciona reflexão sobre a vida e o que eles gostariam de mudar.
Músicoterapia
Na Oficina de Musicoterapia, os sentimentos e emoções ficam mais aflorados. Os assistidos demonstram que se sentem felizes. Na opinião da professora Magali Baldassin Jorge, a música tem o poder de contribuir para a melhoria da comunicação e facilita a expressão das emoções.
“Eles gostam de cantar e isso é muito bom! Não há necessidade de acompanhamento. Eles cantam e batem palmas para acompanhar o ritmo. Já tive um grupo que gostava de compor e chegou a criar a letra de uma música. Depois que cantam, eles comentam o que sentiram com a canção. Falam do passado, da juventude, das amizades que nem sempre foram boas. Outro dia, um apontou o companheiro ao lado e disse: ‘aqui encontrei um amigo!”
Segundo Magali, cada sessão de musicoterapia tem começo, meio e fim, pois como cada assistido tem um tempo para o tratamento, não é possível saber se na próxima semana alguns já terão tido alta e saído do Lar. Para ela, o importante é tocar a alma de cada um. Por isso, gosta de lembrar uma frase de Carl Jung (psiquiatra suíço): Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
Plantio e Colheita
Como vemos, acolher, cuidar, renovar esperanças e projetos de vida são algumas das ações que fazem da Casa de Cuidados Lar Transitório Batuíra um lugar tão especial. Desde que foi criado, em 29 de agosto de 2002, o Lar oferece às pessoas em situação de rua, que convalescem de procedimentos cirúrgicos, algo que vai muito além do tratamento das feridas físicas. A proposta é devolver a autoestima para quem vive hoje a solidão das ruas. O trabalho de todos os funcionários e voluntários é como semente que todos os que passam pela Casa têm o resto da vida para regar, cuidar e colher.
Claudemir Alberto do Nascimento Mariz, de 40 anos, adora as oficinas do Lar e se motiva em saber que está criando uma nova condição para se reinserir no mercado de trabalho. Ele trabalhava com pintura e letreiros, e está há dois meses no Lar, recuperando-se de uma cirurgia feita depois que quebrou a perna em dois lugares. Ele conta que frequentou a escola até a sétima série, quando precisou trabalhar, e admite que parou também por causa das drogas. “Eu gostei de tudo aqui no Lar. O trabalho que eles fazem aqui é muito bonito, principalmente a atenção que dão a todos. E tem também a reunião espiritual de quarta-feira. Eles sempre têm uma palavra de ajuda. E um sorriso. Eu não conhecia nenhuma casa espírita e estou adorando. É uma casa acolhedora”, afirma. E acrescenta que agora está com vontade de estudar e também de voltar a conviver com a sua família, que é de Sorocaba, e que ele não vê há dois anos. “Agora vou levar muito aprendizado. Vou esquecer o passado. Minha mãe faleceu há três meses e sei que, onde estiver, ela vai ficar feliz de me ver bem”, conclui. |
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- Texto de Rita Cirne
- Publicado no Batuíra Jornal nº 148
Os números do GEB em 2016
A cada ano o GEB intensifica seu trabalho de promoção e assistência social principalmente na região de Brasilândia, em Perdizes e no bairro da Bela Vista, zonas Norte, Oeste e Centro da cidade de São Paulo.
O Relatório de Atividades divulgado apresenta um resumo dessas ações realizadas pelo Grupo Espírita Batuíra no período de 2016 em suas cinco unidades.Sempre em sintonia com o artigo 3º da Lei Federal nº 8472, de 07 de dezembro de 1993, o GEB caracteriza-se por ser uma organização de assistência social sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, presta atendimento aos beneficiários abrangidos por esta Lei e que, conforme o parágrafo primeiro de seu artigo terceiro, prestam serviços, executam programas ou projetos, de forma continuada, permanente e planejadas dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidades ou risco social e pessoal.
Para o presidente Ronaldo Lopes o GEB dá enfase na parte inicial da descrição desses projetos dentro do espírito da Lei Federal,onde, inclusive, inserem-se nos chamados Serviços de Proteção Social Básica, sejam eles projetos de enfrentamento à pobreza para a melhoria das condições de subsistência e elevação do padrão de qualidade de vida (conforme a Seção V/Artigo 25º) ou de projetos de enfrentamento à fome e à miséria, em consonância a um ou mais dos seguintes objetivos (artigo 2º):
- Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice
- Amparo às crianças e adolescentes carentes
- Promoção de integração ao mercado de trabalho
- Reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua integração
Ronaldo ressalta que o documento traz, igualmente, em sua parte final, uma resumida descrição das atividades institucionais e de captação de recursos realizadas para conferir o necessário suporte à realização de programas voltados para os focos de assistência social ou educacional que o GEB se propõe desde a sua fundação em 1964.
Todo este resultado, finaliza Ronaldo, só foi possível graças ao empenho de todos os diretores e líderes de departamentos, que não mediram esforços em reunir suas equipes na salutar direção da eficiência, colhendo resultados expressivos, como ficam demonstrados neste Relatório de Atividades. E complementa: são essas equipes, constituídas de cerca de 600 voluntários e de 50 funcionários, os verdadeiros credores de nosso maior agradecimento, já que os louros alcançados a eles pertencem.
Clique e acesse o conteúdo completo do Relatório de Atividades.
Palestras desta quarta-feira
Período da Tarde -14h30
Nesta quarta-feira, às 14h30, Wladisney Lopes traz informações sobre Caracteres da Revelação Espírita. Repertório musical de Cecília Augusto. A partir das 14h30, ouça a palestra em tempo real acessando: radioportaldaluz.com
Período Noturno - 20h
André Luiz Oliveira Ramos apresenta um tema instigante: Transmissão do Pensamento à Luz da Física Quântica. Ao piano, Caio Augusto faz a parte musical da noite. A partir das 20h, ouça a palestra em tempo real acessando: http://radioportaldaluz.com/
Público aplaudiu as palestras da última terça-feira (03).
No período da tarde, Heloisa Pires atraiu um excelente público para a sua palestra sobre o instinto e a inteligência, que teve a introdução musical de Sandra Gema, ao piano.
O público aplaudiu a introdução musical de Sandra Gema. Heloisa Pires falou sobre instinto e inteligência.
Período Noturno
Marco Antonio discorreu sobre o tema Kardec e Darwin em sua palestra deste XII Ciclo de Palestras promovido pelo GEB. A parte musical ficou por conta de Daniela Rocha, ao som do piano de Clelia Bisson Portela.
Daniela Rocha e Clelia Bisson Portela. Darwin e Kardec: um tema relevante e profundo trazido por Marco Antonio.
O público aplaudiu, com entusiasmo, a apresentação do tema apresentado por Marco Antonio dos Santos.
Fotos: Ruy Gatto
Palestras Públicas e Fluidoterapia
A atividade de Fluidoterapia do GEB é presencial nos seguintes dias da semana: segunda-feira, quarta-feira e quinta-feira, das 18h às 19h, no auditório da Unidade Spartaco Ghilardi, na Caiuby. Haverá somente uma exposição de tema doutrinário ou evangélico, com duração de 25 minutos.
O passe será ministrado na câmara especialmente preparada, onde passistas oferecerão o serviço. A água fluidificada será servida para os que assim o desejarem.
Embora o uso de máscaras faciais esteja liberado, recomenda-se sua utilização em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.
Para atender um maior número de interessados, as reuniões de quarta-feira e quinta-feira continuarão a serem transmitidas pelo zoom àqueles que estão cadastrados no link.
Para não se esquecer de Yvonne Pereira
Para Pedro Camilo, advogado, professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e autor de vários livros espíritas, divulgar a obra e a vida da médium Yvonne Pereira é quase uma missão. Na tarefa de não deixar que sua obra seja esquecida, ele não mede esforços em fazer pesquisas nos locais onde a médium viveu, em estudar as cartas e livros que ela escreveu e em entrevistar seus parentes e amigos. O fruto dessas pesquisas pode ser conferido em livros e palestras que emocionam leitores e ouvintes.
“Ela teve uma vida notável que é desconhecida do movimento espírita. Nós nos esquecemos de grandes escritores espíritas como o baiano Deolindo Amorim e o paulista Herculano Pires. Precisamos mudar isso. No meu caso, entrei em contato com a biografia de Yvonne em 1999, quando li um livro sobre mulheres médiuns brasileiras. Fui atraído pela sua história e resolvi pesquisar mais sobre a sua vida. Eu percebi que havia algo mais para ser contado”, explicou o autor baiano. Depois de quatros anos de pesquisa, publicou em 2003 seu primeiro livro sobre a autora, o “Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa”. Mas suas pesquisas não terminaram aí. Em seguida publicou “Pelos caminhos de uma mediunidade serena” e “Devassando mediunidade”. Mais recentemente lançou o “Yvonne Pereira: entre cartas e recordações”.
Dentre os fatos marcantes da vida da autora, Camilo citou a crise de catalepsia que a médium sofreu com 29 dias de vida, que fez seus parentes acreditarem que ela estivesse morta. Ele lembrou ainda que aos quatro anos, ela passou por uma explosão mediúnica, começando a ver os espíritos daqueles que haviam sido seu pai e seu marido em sua última encarnação. Dividida em dois mundos, ela tinha dificuldade de conviver com sua família atual, chamando por seu pai da vida passada. Assim, dos 4 aos 11 anos, devido às crises causadas por sua forte mediunidade e pela necessidade de atenção constante, viveu com sua avó paterna, época em que afogava suas bonecas no rio, provavelmente trazendo à tona lembranças da encarnação em que se suicidou no rio Tejo, em Portugal. De volta à casa dos pais, assiste a reuniões mediúnicas com apenas 11 anos de idade, quando começa a ter contato com o espírito do Dr. Bezerra de Menezes que a acompanhou até o seu desencarne.
“É importante esse fato, pois hoje as crianças enfrentam dificuldades para assistir reuniões mediúnicas. Muitos dirigentes espíritas esquecem que Kardec tratava a mediunidade como algo natural e trabalhou com médiuns jovens, na codificação da doutrina. Nós estamos indo na contramão de Kardec, pois se ouve por aí que os jovens não podem praticar a mediunidade. Mas, não é da maturidade do corpo que se necessita para a mediunidade, e sim da maturidade do espírito”.
Camilo lembrou ainda que aos 26 anos, a médium foi morar em Lavras, Minas Gerais, onde viveu os anos de maior produtividade de sua atividade mediúnica. No Centro Espírita de Lavras, pôde participar de sessões de materialização e também atuar com vários tipos de modalidades mediúnicas, pois era médium de vidência, de cura, de audiência, e de premonição, entre outros. Grande parte dos livros que escreveu foi escrita em Lavras. E entre eles está “Memórias de um suicida”.
“Esse livro continua sendo uma obra imortal. Escrevê-lo era o seu grande compromisso com o plano espiritual. Para poder escrevê-lo, ela teve o primeiro contato com Camilo Castelo Branco quando tinha só 12 anos de idade e não sabia quem ele era. Só depois de ver uma foto dele em um livro descobriu que se tratava de um escritor português. Ele começa a escrever suas memórias através da mediunidade de Yvonne em 1926 e só termina em 1942”, relatou Camilo.
Em sua opinião, muitos espíritas se negam a ler esse livro por considerá-lo muito pesado, mas esquecem a época em que foi escrito e as características do seu autor, que era um escritor romântico, habituado a escrever de forma muito descritiva. Além disso, a proposta do livro era prevenir o suicídio e, na época, se acreditava que a melhor forma de educar era o medo, para que as pessoas recuassem da ideia de suicídio. Mas ainda hoje tem um valor inquestionável.
“E onde eu vou fazer palestras, ouço o testemunho de pessoas que dizem ter desistido da ideia de suicídio após terem lido esse livro. E esse é um assunto que tem hoje mais visibilidade do que antigamente. Por isso, o trabalho de Yvonne Pereira como exemplo de médium e, em especial, por seu livro Memórias de um Suicida é tão importante. Esse livro representa um hino de amor à vida. E Yvonne é muito especial por ser gente como a gente e uma pessoa que não se abateu com as dificuldades que enfrentou”, concluiu Camilo, que tem agora como uma de suas metas a inauguração de um local, na Bahia, voltado para as questões de mediunidade. Com previsão de inauguração para abril do próximo ano, o futuro instituto se propõe a ser um espaço destinado às pesquisas para a produção de estudos e reflexões em torno da mediunidade, com pesquisa de campo e experimentação. E o seu nome já mostra a influência que terá da médium, pois se chamará Instituto de Mediunidade Yvonne Pereira.
Texto de Rita Cirne, publicado no Batuíra Jornal nº 119.
Participe!
Sua colaboração é fundamental!
As doações de gêneros alimentícios, roupas e cobertores podem ser entregues na Unidade Spartaco Ghilardi, na Rua Caiubi nº 1306.
Para facilitar a colaboração dos frequentadores e amigos do GEB, os donativos podem também ser feitos na Livraria da Unidade Caiubi pela escolha de um dos kits abaixo .
Se preferir, faça sua contribuição por depósito bancário:
Escolha o kit de sua preferência:
Nome: Grupo Espírita Batuíra - CNPJ: 61.989.000/0001-50
Banco Bradesco S/A - Agencia: 0496 - Conta corrente: 56444-3
Por favor, após realizar a doação, envie um email para captacao@geb.org.br com seus dados para confirmarmos o depósito.
Participe!
Serão realizadas treze palestras ao longo da semana, sendo uma na Unidade Assistencial D. Aninha, em Vila Brasilândia.O tema geral do XII Ciclo de Palestras Espíritas é o livro: “A Gênese” – 150 Anos.
As palestras do dia 02 de abril, dia de nascimento de Francisco Cândido Xavier, são em sua homenagem.
Paralelamente ao XII Ciclo de Palestras Espíritas haverá a XII Feira do Livro Espírita, este ano com muitas novidades. Que todos a aproveitem para atualizar sua biblioteca.
Abaixo, a programação completa:
Participe!
Participe da 103ª Distribuição de Natal na Brasilândia
As doações podem ser encaminhadas para o GEB: gêneros alimentícios, roupas, calçados, brinquedos. Tudo é bem-vindo e comporá o kit de distribuição às famílias.
Empacotamento
No sábado (dia 12) que antecede a distribuição, há o mutirão do empacotamento na Unidade da Brasilândia. A partir das 8 horas começa o trabalho de empacotar os gêneros alimentícios que serão distribuidos no domingo. Participe! Haverá condução gratuita para os interessados. A van do Batuíra sairá às 7h30 da rua Caiubi nº 1306 (Unidade Caiubi), com retorno previsto para às 11h30.
Domingo de Distribuição
E uma manhã gratificante. Venha participar da distribuição. Haverá condução gratuita para os interessados. A van do Batuíra sairá às 7h30 da rua Caiubi nº 1306 (Unidade Caiubi), com retorno previsto para às 11h30.
Após a distribuição, os voluntários e participantes assistirão a uma apresentação cultural do Grupo Brasa, jovens integrantes da comunidade, frequentadores da Unidade Brasilândia.
Participe desta ação de amor e fraternidade!
Preces e vibrações em nosso próprio lar
Estes tempos de crise de saúde pública mundial, provocada pelo COVID-19, o diretor de doutrina do GEB, Geraldo Ribeiro, sugeriu aos líderes e assessores das várias reuniões doutrinárias da Casa que, em seus lares, dediquem-se pelos 15 minutos iniciais do horário de cada encontro a fazerem orações e vibrações para harmonizar nossa casa, nossas vidas e famílias.
Enquanto o GEB permanecer com suas atividades suspensas, estendemos então estes momentos de prece e vibrações a todos os participantes e frequentadores desses trabalhos, de forma a, cada um em sua própria casa, dedicar-se também, por 15 minutos, a preces e leituras edificantes, alcançando harmonização e fortalecimento espiritual, rogando ao Plano Maior que nos ajude a preservar a cada um de nós, a nossa comunidade e o nosso País dessa pandemia.
No entanto, recomendamos que nessas ocasiões não se proceda a nenhuma atividade mediúnica nas residências e sim somente irradiação, leitura e orações.
Em cada horário da reunião, reservar os primeiros 15 minutos para as preces, leituras e vibrações. |
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Fluidoterapia |
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- Unidade Spartaco Ghilardi – Caiuby – Segunda, Quarta e Quinta-Feira: às 18 horas
- Unidade Dona Aninha – Brasilândia – Sábado, às 16 horas.
Reunião de Educação Mediúnica |
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- Unidade Spartaco Ghilardi – Caiuby – Segunda e Terça-Feira: às 14h30 e 20 horas
- Unidade Dona Aninha – Brasilândia – Sábado, às 14 horas.
Reunião Evangélica – Doutrinária – Palestras públicas |
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- Unidade Spartaco Ghilardi – Caiuby – Quarta-Feira: às 14h30 e 20 horas
- Unidade Dona Aninha – Brasilândia – Domingo, às 10 horas.
Curso Básico de Espiritismo |
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- Unidade Spartaco Ghilardi – Caiuby – Quarta-feira: às 14h30 e 20 horas
- Unidade Dona Aninha – Brasilândia – Sábado, às 16 horas.
COEEM – Centro de Orientação, Estudo e Educação Mediúnica |
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- Unidade Spartaco Ghilardi – Caiuby – Quinta-feira: às 14h30 e 20 horas
- Unidade Dona Aninha – Brasilândia – Sábado, às 14 horas.
Educação Espírita Infanto-Juvenil – Escola de Moral Cristã Pedro de Camargo - Vinicius |
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- Unidade Spartaco Ghilardi – Caiuby – Sábado: às 9h e domingo, às 10 horas
- Unidade Dona Aninha – Brasilândia – Domingo, às 10 horas.
Portanto, atentos às recomendações das autoridades de saúde e, visando preservar a saúde de nossos colaboradores, voluntários e frequentadores, as “portas físicas” da Casa de Pedra de Batuíra encontram-se temporariamente fechadas.
Convidamos, assim, nossos amigos e frequentadores a se juntarem a nós neste movimento de elevação e superação espiritual.
Contas do Exercício de 2023 aprovadas
Primeira etapa de trabalho
Última fase da demolição do barracão do fundo do estacionamento.
Áreas preparadas para receberem as obras.
Trabalhadores em ação.
Local escolhido para receber as edificações.
Trabalhando nas fundações, com o bate-estaca.
Venha ver as mudanças de perto e se emocionar com um novo futuro que está sendo construído agora... tijolo a tijolo.
- Fotos: Francisco Colloca
Quarentena, sim. Em oração, sempre!
Quinto curso de limpeza na Brasilândia
Formatura dos participantes da quarta turma do curso de limpeza realizado na Unidade Dona Aninha, em Brasilândia.
Dan Soares e seu pai, o professor Rubens, são dois voluntários do GEB. Empreendedores, têm dentro de si a vontade de ajudar o próximo. Movidos por essa paixão, são responsáveis pelo Curso de Limpeza na Unidade Dona Aninha, oferecendo aos interessados moradores da região de Brasilândia e seu entorno a oportunidade de se tornarem profissionais para trabalhar na área de limpeza, ensinando-os técnicas para utilização mais adequada dos produtos e equipamentos para faxina.
Segundo dados divulgados pelo Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – o setor conta com 13 mil empresas em todo o país, empregando mais de 1,6 milhões de trabalhadores e é o mercado que mais cresce no Brasil.
O curso oferece também conteúdo que ajuda o desenvolvimento pessoal, incluindo a elaboração de um currículo, forma de comportamento e conduta no ambiente de trabalho, apresentação pessoal, ética profissional, ergonomia e saúde no ambiente de trabalho, direitos trabalhistas, educação financeira e valorização pessoal.
Anara Costa, participante da 4ª Turma, e que já trabalha na área de limpeza, relata que está aplicando muitas coisas que aprendeu no curso em seu dia a dia, e agradece os professores pela paciência e pela oportunidade de fazer este curso.
- Texto e fotos: Giuli Figueira
Fim do recesso. Retomamos todas as atividades da Casa
Reflexões sobre o Cristianismo e o Espiritismo
Ronaldo Lopes, Rosely Marotta, Rita Saviano, Christiane Deneno, Geraldo Ribeiro, Américo Sucena (palestrante) e Elias Soneto, da esquerda para a direita, formaram a mesa principal da tarde desta quarta-feira para a continuidade do XIII Ciclo de Palestras Espíritas do GEB.
Que é Deus?
Utilizando-se de lindas imagens na tela, que puderam expressar mais do que palavras, o engenheiro Américo Sucena levou o público presente para uma extraordinária viagem pelos confins do cosmos, comprovando o que Jesus já nos ensinou no Evangelho sobre o Universo: há muitas moradas na casa de meu Pai.
A palestra Que é Deus? agradou ao público presente no auditório da Caiubi, que, em pé, aplaudiu o palestrante, demonstrando sua satisfação pelo conteúdo apresentado. Américo Sucena é idealizador do projeto Imagem, colaborador da Rádio Boa Nova e diretor da Associação Espírita Mãos Unidas, na capital.
Lindas canções para harmonizar o ambiente da tarde
A pianista Anete Nalin, mais uma vez, prestigiou o GEB e com o seu talento indiscutível promoveu o equilíbrio do ambiente antes da palestra, ao executar maravilhosas e harmoniosas canções, ao som do piano.
Palestra do período noturno
O casal Fábio Dionisi, Dr. Marco Antonio, Geraldo Ribeiro, Ronaldo Lopes e Elias Soneto, da esquerda para a direita, compuseram a mesa principal para a palestra da noite.
Santo Agostinho, missionário do Cristianismo e do Espiritismo
Um verdadeiro mergulho na história do cristianismo foi promovido pelo expositor Fabio Dionisi ao trazer, com muito detalhes e preciosas informações, a vida de Santo Agostinho, um verdadeiro missionário do Cristianismo e do Espiritismo. Dionisi fez uma reflexão profunda sobre o papel de Agostinho e sua ligação com a espiritualidade na preparação da chegada do Consolador prometido por Jesus ao planeta Terra.
Engenheiro químico, Fábio é presidente do Centro Espírita Recanto de Luz – PS Espiritual Irmã Sheila, em Ribeirão Pires (SP). É autor de diversos livros, destacando-se Diante da Vida: Lições de André Luiz e Santo Agostinho: a vida e obra de um filósofo a serviço da humanidade.
Equilíbrio e harmonia, ao som do piano
A talentosa Adriana Spernega ofereceu ao público do GEB, uma coletânea deliciosa e suave de melodias ao som do piano, provocando um bem-estar enorme e uma verdadeira simetria de pensamentos elevados ao Pai Celestial para o evento da noite.
Feira do Livro Espírita contínua sendo um sucesso!
Centenas de títulos foram colocados em exposição nesta Feira. Todos os livros estão com desconto especial para este evento. Aproveite e complete sua biblioteca!
- Fotografia: Ruy Gatto.
Saúde, Espiritismo e Mediunidade
Hermes Rodrigues, Marina Aniya, Rosely Marota, Dra. Silvia Helena Bersacola (palestrante) e Geraldo Ribeiro, da esquerda para a direita, formaram a mesa principal desta quinta-feira para a continuidade do XIII Ciclo de Palestras Espíritas do GEB.
Espiritismo e Saúde
Silvia Helena Bersacola trouxe informações preciosas sobre um tema muito discutido entre os seguidores do Espiritismo. Fazendo um histórico sobre a questão da saúde em nossa sociedade, a Dra. Silvia explicou os pilares do paradigma médico espírita, com foco em Kardec e incluindo as obras de André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier.
Silvia, entre Geraldo e Rosely, fez referência ao trabalho do médium Spartaco Ghilardi, fundador do GEB, junto à AME, lembrando, inclusive, da figura da Dra. Marlene Nobre, que entre outros, conviveram e frequentaram esta Casa.
O público aplaudiu a palestrante, a demonstrar sua satisfação com o conteúdo apresentado. Silvia Helena é médica pneumologista e integrante da AME – Associação Médico-Espírita de São Paulo e colaboradora no Instituto de Saúde do Centro Espírita Cairbar Schutel, desta Capital.
Canções para harmonizar o ambiente
A nossa voluntária Cecília Augusto, mais uma vez, prestigiou o GEB e, com o seu talento indiscutível, apresentou peças musicais ao piano, a promover a harmonia do ambiente antes da palestra.
Palestra da Noite
Adriano Marim, Rosely Marotta, Claudio Luiz de Flório, Antonio Cesar Perri de Carvalho (palestrante) e Geraldo Ribeiro reunidos para a palestra da noite.
A prática da mediunidade com Kardec
A palestra de Antonio Cesar Perri de Carvalho sobre a prática da mediunidade baseada em Kardec foi uma verdadeira aula. Iniciou fazendo um ligeiro retrospecto de como o professor Denisard Hippolyte Léon Rivail, que mais tarde se tornaria Allan Kardec, entrou em contato com o fenômeno das mesas girantes, que o levou a estuda-lo com profundidade e, a partir desses experimentos, a publicar O Livro dos Espíritos, obra básica para a construção da Doutrina Espírita.
Perri discorreu sobre os principais fundamentos da mediunidade estudada por Kardec e publicada na edição de O Livro dos Médiuns, desde o comportamento do médium, passando pelo animismo, pelos mecanismos da mediunidade, seus inconvenientes, seus riscos e a interrupção do exercício do mandato mediúnico.
Cesar Perri, entre Rosely, Claudio e Geraldo, citou, durante a palestra, a mensagem de Erasto, incluída por Kardec no item 230 de O Livro dos Médiuns, sobre a precaução que todos os médiuns devem ter no exercício da mediunidade: melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.
Ao final, inclusive com a presença de participantes do COEEM – Centro de Orientação, Estudo e Educação Mediúnica, o público aplaudiu Perri entusiasticamente. Antonio César Perri de Carvalho é cirurgião-dentista, pesquisador e ex-presidente da FEB - Federação Espírita Brasileira. Autor de diversos livros, destacando: A Matéria e o Espírito; Família e Espiritismo; Epístolas de Paulo à Luz do Espiritismo, entre outros.
Equilíbrio e harmonia, ao som do piano
Caio Augusto ofereceu o seu talento, interpretando lindas canções, ao som do piano, promovendo serenidade e propiciando verdadeira sintonia de pensamentos que conduziram os presentes ao contato com a Espiritualidade maior.
- Fotografia: Francisco Colloca
Reserve sua agenda: Domingo, 04 de Outubro, das 13 às 17 horas.
Convites
Os convites individuais, ao preço de R$ 25,00, podem ser adquiridos com os líderes dos trabalhos da Casa ou na Livraria Novos Caminhos, no hall da Unidade Doutrinária Spartaco Ghilardi (Caiubi).
Show artistico, música ambiente e muitas surpresas estão reservadas para a Festiva 2015. Participe!
Fotos do Espaço
Espaço Cabral - Avenida Salim Farah Maluf nº 1500 - Tatuapé - São Paulo
Flagrante da nossa última Festiva, realizada no mesmo Espaço Cabral.
Ricardo Bernardes Ferreira retorna ao mundo espiritual
Formado em Direito e Contabilidade, Ricardo Bernardes Ferreira sempre foi considerado por todos como uma pessoa ponderado e de bom senso.
Deixa a esposa Josefina Cavalcanti Ferreira, a querida Jô, atuante voluntária da casa, e os filhos Ricardo, Izabel, André, Rodrigo, noras, genro e netos.
Ingressou no Espiritismo pelas mãos de um amigo que o levou para conhecer a Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Contudo, em 1976, tomou conhecimento do Grupo Espírita Batuíra e passou a frequentá-lo com assiduidade. Mais tarde, por sugestão de Sr. Spartaco, recebeu a tarefa de cuidar dos assuntos jurídicos da Casa.
Durante mais de uma década foi expositor da Doutrina Espírita, nas reuniões de educação e desenvolvimento da mediunidade. Foi também monitor do Curso Básico quando este estava começando no GEB.Trabalhou, por muitos anos, na área doutrinária, como esclarecedor, na reunião mediúnica de segunda-feira, à noite.
Na diretoria da Casa, ocupou o cargo de diretor do departamento jurídico no período de 1991 a 2000. Foi membro do Conselho de Administração do GEB desde o ano de 2000, quando este foi criado.Foi seu presidente na gestão de 2009 a 2012. Na foto acima, da esquerda para direita, Spartaco Ghilardi, Claudio Luis de Florio, Douglas Musset Bellini e Ricardo Bernardes Ferreira.
Certa vez, no boletim interno Batuíra Jornal nº 35, Ricardo assim se expressou sobre o Espiritismo: A Doutrina Espírita nos mostra claramente o que é importante e o que é secundário em nossas vidas.
Ricardo e seu irmão Nabor durante a Assembléia Geral do GEB em 2015.
Hermenegildo, Dinorah, Jô e Ricardo no Theatro São Pedro, em 2014, nos festejos dos 50 anos de fundação do GEB.
A jornalista Rita Cirne recolheu para o Batuíra Jornal nº 35, edição de setembro/outubro de 2002, depoimentos do casal para a coluna Perfil, que reproduzimos abaixo:
Ricardo Bernardes Ferreira e Josefina Cavalcanti Ferreira ou simplesmente Ricardo e Jô. Esse casal de voluntários se divide entre os inúmeros trabalhos da Casa: mediúnicos, assistenciais e administrativos.
Começaram como frequentadores em 1976 e, aos poucos, foram assumindo responsabilidades e mais responsabilidades.
Ricardo entrou em contato com o Espiritismo através de um amigo que o levou à Federação Espírita do Estado de São Paulo. Identificado com a Doutrina Espírita, acabou conhecendo o GEB. E por indicação do Sr. Spartaco Ghilardi começou a trabalhar como um dos responsáveis pelo setor jurídico da Casa.
Hoje, faz parte do Conselho de Administração, mas é a parte jurídica que lhe absorve mais tempo. Afinal, o Batuíra está crescendo e precisa cuidar da parte legal de suas novas frentes de trabalho: a incorporação da casa da Rua Apinagés, nas Perdizes, e a do Lar Transitório, à Rua Maria José, na Bela Vista.
"Um do meus trabalhos aqui também é o de cuidar para que a instituição continue sendo considerada de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal. Para isso, é preciso que sejam entregues relatórios anuais tanto no Ministério do Trabalho como nas Secretaria da Receita Federal", explica ele.
Além desse trabalho, Ricardo integra a equipe de palestrantes do GEB. Já foi monitor do Curso Básico de Espiritismo e é esclarecedor do trabalho de educação e desenvolvimento mediúnico em Vila Brasilândia, aos sábados à tarde.
Já sua esposa Jô está na Doutrina desde jovem. De família espírita, chegou ao GEB por indicação de um amigo de Ricardo, em 1976. Em 1984, fez o Centro de Orientação Mediúnica (COEM). Dois anos depois, passou a monitora do COEM e desde o ano passado é uma de suas coordenadoras. Também é uma esclarecedora das reuniões de Educação da Mediunidade, mas se empolga mais ao falar da alegria que sente por ser uma das voluntárias do grupo de orientação evangélica de mães, no Núcleo Assistencial de Vila Brasilândia.
"Nos cursos do COEM a gente percebe que mais aprende do que ensina. É muito gratificante. No trabalho com as mães, a emoção é muito maior ainda. O coração bate diferente. A gente sente o quanto elas estão sensibilizadas pela atenção que recebem e pelo que estão aprendendo. E tentam nos mostrar isso de todas as formas", explica Jô.
Ricardo também se sente gratificado por pertencer ao GEB. "Em qualquer setor que se trabalhe aqui a gente sente que está mudando. É uma mudança íntima, uma renovação. Eu me analiso e vejo que sou diferente, menos rígido comigo na cobrança dos problemas materiais e mais rígido nas questões morais. A Doutrina nos mostra claramente o que é importante e o que secundário em nossas vidas".
- Texto de Rita Cirne, publicado no Batuíra Jornal nº 35 - página 6 - edição Setembro/Outubro de 2002.
Ronda Noturna: amor e acolhimento
Noite fria em São Paulo: o número de desabrigados e morando debaixo de viadutos é uma triste realidade.
Os voluntários distribuem café com leite, pãozinho e cobertores para os moradores de rua nas noites frias paulistanas. Junto, uma palavra de afeto, de carinho e de acolhimento a esta população sofrida da nossa capital.
Ronda Noturna: amor num café com leite quente
Que inverno! Quantos dias com baixas temperaturas temos tido este ano, não é? Para quem tem agasalhos, come sempre quando tem fome, e conta com uma cama quentinha e um teto seguro, a estação mais fria do ano pode ser interessante. Mas para quem mora nas ruas, o inverno é um desafio à sobrevivência, o que torna o trabalho da Ronda Noturna do Grupo Espírita Batuíra ainda mais importante.
“Boa noite, irmão, aceita um café com leite, um cobertor?”
É assim que os 130 voluntários do trabalho abordam mulheres e homens – eles a imensa maioria – com a oferta do que supre a necessidade imediata contra a fome e o frio. Ao longo de todo o ano, as equipes prestam ajuda de segunda a quinta e aos sábados, em diferentes regiões da cidade.
- Normalmente são 12 rondas por mês, mas no inverno, aumentamos para 21, a fim de atender os necessitados, - explica Sérgio Thomaso, coordenador da Ronda Noturna há 8 anos.
Distribuem-se em média por ano, 3400 litros de café com leite, 20 mil lanches – com pão feito pelos alunos do Curso de Panificação do GEB, em Vila Brasilândia - 3500 cobertores, 10 mil peças de roupas. Alguns grupos ainda incrementam a doação com bolachas, água. No Natal passado, os voluntários cotizaram e deram mini panetones aos assistidos.
O atendimento à população de rua foi instituído no Grupo Espírita Batuíra há 22 anos. Após uma Distribuição Semestral, sobraram cobertores, que foram dados a moradores de rua, por recomendação de Doutor Bezerra de Menezes, através da mediunidade de Spartaco Ghilardi. Os voluntários gostaram tanto da ideia, que virou um trabalho rotineiro na casa.
Como lembra Sérgio Thomaso, a iniciativa vai muito além da doação material:
- O trabalho mostra às pessoas que estão na rua, que apesar das condições de vida tão ruins, elas são lembradas e amadas. Os voluntários deixam suas casas, famílias para se dedicarem aos necessitados e isso toca o coração sofrido dessas pessoas. Uma palavra, um olhar, a conversa acalmam e dão estímulo a almas sofridas – explica o coordenador.
Quem ganha mais
O trabalho e a dedicação dos voluntários fazem diferença para quem tem uma vida com tantas privações, mas sem dúvida, eles são igualmente, ou até mais, beneficiados, porque têm a chance de aprender sobre o amor ao próximo na prática. Como reclamar da vida diante de quadros tão dolorosos?
Antonio Garrido Brusco, de 78 anos, está na Ronda desde o início. Conta que faz com muita satisfação o atendimento aos irmãos de rua:
- A gente se preocupa muito nessa época do frio, e procura dar carinho e atenção, é uma maneira de atenuar o sofrimento, de quem, em alguns casos, tem na vida sem casa um compromisso reencarnatório. A ronda também promove a união da minha família. Minha filha está na mesma equipe de voluntários que eu. E meu filho é quem me ajuda a preparar o leite que servimos.
Voluntárias do trabalho Ronda Noturna preparando os lanches para distribuição aos moradores de rua.
Lições para todos
Quem participa da Ronda Noturna, como de todo trabalho assistencial voluntário, coleciona histórias de grande conteúdo moral, que ensinam a ver a vida de outro ângulo, e valorizar o ser humano. Permitam um depoimento pessoal desta que escreve. Numa noite fria de sábado, quando integro uma das equipes da Ronda, atendi um rapaz na calçada de uma praça, perto da Santa Casa de Misericórdia. Limpo, sóbrio, cabelo cortado, via-se que fazia pouco tempo estava na rua. Meu coração apertou. Do carro vermelho do GEB tirei o cobertor, e ele pediu que por cima, colocasse um plástico, que ele já tinha, para no caso de chover, não molhar sua única coberta. Meu coração apertou ainda mais. E quase instintivamente, disse: - Ah irmão, quanto sofrimento... E ele, também instintivamente, me respondeu: - É irmã, mas sofrimento traz entendimento. Aí, meu coração se acalmou. O que levamos anos estudando nos livros, acabava de ser ensinado na prática por alguém que parecia ter perdido tudo... menos a resignação. Quem você acha, que naquela noite, foi o mais assistido? Simone Queiroz. |
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- Texto de Simone Queiroz
- Publicado no Batuíra Jornal nº 136
Saúde mental é tema de workshop no Brasa Jovem
Com o foco no tema Saúde Mental o grupo Brasa Jovem reuniu seus participantes e colaboradores para um trabalho muito representativo.
Como trabalhar os desafios da adolescência e o alvorecer dos primeiros anos da vida adulta em que muitas mudanças ocorrem. O uso crescente de tecnologias on-line, sem dúvida trazendo muitos benefícios, mas igualmente trazendo pressões adicionais à vida dos jovens, à medida que aumenta a conectividade a redes virtuais a qualquer hora do dia ou da noite.
Segundo Ana Paula Mariutti, da equipe de coordenação do Brasa Jovem, “para estarmos participando do mundo de hoje de maneira equilibrada é crucial trabalharmos as questões que envolvem o autoconhecimento e o cuidado com aspectos sócio emocionais - assim como dizia Sócrates: conhece-te a ti mesmo!”
No workshop, a primeira vivência do encontro foi uma breve meditação, que segundo Ana, serviu para demonstrar a necessidade de aquietar a mente. Em seguida, uma sessão de alguns alongamentos teve como objetivo acordar o corpo, incluindo a prática de yoga como forma de conectar o corpo e a mente.
A seguir, a temática desenvolvida pelos jovens por meio de dinâmica diversas, como vídeos, leituras, conversas e jogos incluiu conteúdos referentes ao bem estar, mindfulness, autoconhecimento, saúde mental e emocional.
O encontro teve ainda uma vivência na sala de artes, onde, ao som de músicas clássicas, cada participante representou a sua interpretação do conteúdo em lindas produções artísticas!
Savério Latorre retornou à Pátria Espiritual
Saverio Latorre nasceu em 08 de março de 1924, na cidade de Bari, Itália. Chegou ao Brasil em 1925, com quase dois anos de idade.
Casou-se com Carmen Galves Latorre, com quem teve uma filha, Ana Mádia. Sua esposa Carminha, como era chamada, veio a desencarnar em 1979. Savério casou-se em segundas núpcias com Ana Garcia Segundo, a Dona Aninha, que também desencarnou anos depois. Desde então residia com a filha e netos.
Savério foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Grupo Espírita Batuíra. Um homem simples, objetivo, bom coração e diligente na arte de administrar, foi eleito em 21 de março de 1964 e presidiu o GEB por 36 anos. Sua dedicação sempre foi digna de nota. Não relaxou em nenhum instante com seus compromissos. Sempre muito atento à saúde financeira do GEB, mantendo-a rigorosamente em ordem.
Um homem simples, objetivo e de bom coração, fez da Brasilândia uma de suas paixões no GEB.
Devido a problemas de saúde, Savério deixou a presidência no ano 2000. Porém, permaneceu atuante, até a presente data, na diretoria executiva, desempenhando o papel de segundo tesoureiro. Nunca gostou de ficar distante da Casa de Pedra de Batuíra, que viu nascer e tanto amou.
Certa vez, perguntado sobre qual a maior dificuldade em administrar o GEB, respondeu: O que acho mais difícil é unir as pessoas, já que o GEB é um grupo grande e meu trabalho, juntamente com o Spartaco, e os demais companheiros de diretoria, é tentar conciliar esse grupo todo, para que possamos viver em harmonia, ajudando as pessoas que nos procuram.
E completou: Sinto-me feliz por ser útil ao Grupo Espírita Batuíra. Esta declaração resume bem o seu sentimento pela Casa a que serviu desde a sua fundação.
- Extraído da obra “Grupo Espírita Batuira – 50 Anos de Mais Luz”, página 92, de autoria de Geraldo Ribeiro da Silva.
Velório: Funeral Home – Rua São Carlos do Pinhal nº 376 – Bela Vista – Fone: 3251-0544 -
Horário: Sexta- Feira: das 17h às 22 h – Sábado: 7h às 10h Sepultamento: Sábado - dia 17 de março de 2018 - Cemitério da 4ª Parada – Avenida Salim Farah Maluf, 3303 – Água Rasa – Fone: 2362-3724 |
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Seguindo a lição de Jesus!
Segundo encontro de facilitadores
Numa casa tão dedicada à difusão da Doutrina Espírita, o papel dos facilitadores ou monitores de grupos toma suma importância para que, como o nome já diz, realmente facilitem a aquisição de conhecimento entre os que se matriculam para as aulas e encontros.
O coordenador do GEAK, Marcos Longarço, explica que o principal objetivo do encontro – e que foi cumprido – era integrar voluntários de diferentes estudos:
“Somos 69 facilitadores e monitores ao todo na casa que, embora desempenhem funções parecidas, muitos não se conhecem porque trabalham em horários e dias diferentes. Então, o encontro serviu para que muitos finalmente fizessem contato. Além disso, a ideia é estimular o intercâmbio entre facilitadores para que transitem entre os estudos de outros livros, referindo-me principalmente entre os que trabalham nos grupos do GEAK “, explica Marcos.
A reunião contou com pequenas palestras feitas por Marcos, e também Adriano Marin, diretor-adjunto de Cultura Espírita, Rosely Marotta, assessora das diretorias-adjuntas de Mediunidade e Cultura Espírita, e ainda de Sylvana Fioretti, e Maria Ângela Bruzadin que integram a coordenação do COEEM. Cada um trouxe uma abordagem pertinente ao tema da integração e também dos novos desafios surgidos com os encontros através das plataformas digitais.
Adriano Marin lembrou como fomos conduzidos rapidamente ao formato digital, de forma a atender às novas necessidades geradas pela pandemia, e nesse contexto citou a Lei de Destruição, uma das leis morais ensinadas em O Livro dos Espíritos, que cita os momentos de mudança como de grande ensinamento, e alavanca no processo evolutivo.
Sylvana e Maria Angela discorreram sobre as adaptações feitas no COEEM, que tem em parte de seu cronograma, atividades práticas, originalmente feitas presencialmente. Explicaram que foi preciso dinamizar os estudos teóricos da mediunidade, e mais do que nunca ter disciplina, disciplina e disciplina.
Rosely trouxe a mensagem do Evangelho de Jesus, roteiro de almas que nos convida ao conhecimento e transforma sentimentos. Falou sobre como o acolhimento ajuda a desabrochar nos participantes dos grupos as sementes da curiosidade pela estudo e pelas mudanças interiores.
Uma manhã de debate positivo e inspirador sobre como encarar o momento atual e nos preparar para novas mudanças quando as condições sanitárias permitirem a reabertura de nossas unidades.
- Texto de Simone Queiroz.
- Publicado no Batuíra Jornal nº 145
Semana de estudos da Doutrina Espírita no GEB
Abertura do XIII Ciclo de Palestras Espiritas
Na foto acima, da esquerda para a direita: Ronaldo Lopes, Marco Antonio, Terezinha Noce, Eduardo Guimarães (palestrante convidado), Geraldo Ribeiro, Rosely Marotta e Elias Soneto formaram a mesa principal para a abertura do XIII Ciclo de Palestras Espíritas, evento anual e tradicional do GEB, que aconteceu neste último domingo (31), no auditório da Unidade Doutrinária Spartaco Ghilardi.
Auditório lotado
A presença maciça do público trouxe prestígio para o início da semana espírita, cujo foco principal é “150 anos de Espiritualidade”.
Transição Planetária e o Apocalipse Espírita
O palestrante Eduardo Guimarães é farmacêutico e bioquímico. Diretor doutrinário do Centro Espírita Casa da Caridade Aureliano, localizado em Niterói (RJ). É pesquisador da Doutrina Espírita. Com muito ênfase, trouxe este tema atual na abertura do Ciclo de Palestras.
Eduardo demonstrou ser discípulo do grande tribuno espírita Newton Boechat, pois a plateia do GEB, em pé, aplaudiu a apresentação do tema Transição Planetária e o Apocalipse Espírita, brilhantemente apresentado por ele.
Atividade Artística
Durante o transcorrer do Ciclo nesta semana, 15 minutos antes de cada palestra, haverá uma apresentação artística com a finalidade de harmonizar o ambiente. Neste domingo, coube ao cantor Allan Vilches, com sua melodia, proporcionar atmosfera de paz e equilíbrio ao auditório.
Abertura simultânea na Unidade Dona Aninha, em Vila Brasilândia
No mesmo horário, na Unidade Dona Aninha, aconteceu, também, a abertura do XIII Ciclo de Palestras Espíritas, com a presença de bom público da região da Brasilândia e de seu entorno.
Gilmar Trivelato, natural das Minas Gerais e ativo voluntário e colaborador do GEB desde 1974, pesquisador e professor nas áreas de segurança química e saúde do trabalhador, fez a palestra inicial.
A plateia acompanhou atentamente o tema “Trabalho, Solidariedade e Tolerância”, despertando muito interesse dos presentes.
O primeiro dia da Feira foi um sucesso
Concorrida, os presentes que participaram da palestra de abertura puderam escolher os mais diversos títulos da Doutrina Espírita. A Feira ficará aberta durante todo o Ciclo de Palestras.
- Fotos: Ruy Gatto
Semeando amor e solidariedade!
Encontro de Corações
"No final da década de 60, amada Brasilândia, uma equipe de homens e mulheres do Grupo Espírita Batuíra, escalando suas ruas estreitas e escorregadias, pisaram em seu solo, desejos de ajudar seus habitantes a terem uma condição de vida melhor. Inicialmente, eles trouxeram a sopa; mais tarde, a roupa, o agasalho, os artigos de uso pessoal e do lar. Tudo para lhe demonstrar que, unidos, podemos superar muitos obstáculos.
Naquela época, Vila Brasilândia, a Casa de Pedra de Batuíra a abraçou e está do seu lado até hoje, com muito carinho. Você é especial para nossa casa. Há muitas histórias em comum, entre a nossa casa e você, que não podem ser esquecidas. São história comoventes de famílias que, da condição de assistidas, trasmudaram-se em assistentes a outras famílias. Tais fatos nos enternecem, fazendo-nos acreditar piamente que o amor é o laço que nos mantém juntos, como filhos do mesmo Pai.
Vila Brasilândia, você foi o local escolhido pelos “batuirenses” para o aprendizado real do ensino de Jesus: Amai ao vosso próximo como a si mesmo. Se você não tivesse existido, este ensino do Mestre seria para eles uma ficção.
Oh! Querida Vila Brasilândia, hoje, com mais recursos materiais para viver, suas necessidades estão mudando rapidamente. É chegada a hora em que você clama não mais pelo alimento material, mas espiritual. Desde o início desse relacionamento entre você e a Casa de Batuíra, o Evangelho do Mestre tem sido anunciado a você. Agora, porém, muito mais, pois “os tempos são chegados”! Texto de Geraldo Ribeiro da Silva - Extraído da obra "GEB: 50 anos de Mais Luz".
Plantando Amor e Solidariedade!
45 anos após o lançamento da pedra fundamental, o Grupo Espírita Batuíra relembra este momento importante de sua história, com um evento comemorativo a ser realizado no dia 30 de abril próximo, às 10 horas, na Unidade Assistencial Dona Aninha.
Com a fé inquebrantável e o apoio de centenas e centenas de amigos, benfeitores, voluntários e a inspiração sempre presente de Batuíra e de nossos amigos do plano espiritual, depois de intensa luta e trabalho, a unidade de Brasilândia é a realidade escolhida pelos "batuirenses" para o aprendizado real do ensino de Jesus: Amai ao vosso próximo como a si mesmo, como afirma Geraldo Ribeiro da Silva, em seu livro citado acima.
Aqui reproduzimos alguns fatos importantes dessa história.
Janeiro de 1971
Uma comissão é criada para tomar as providências de compra do terreno, que seria sede do Departamento de Assistência Social, em Vila Brasilândia. Compunham esta comissão: Savério Latorre, Douglas Bellini, Ângelo Pagotto, Hildebrando Vieira, Gino Segundo e Ulisses Martins.
Março de 1971
É feita a compra do terreno, em Vila Brasilândia, na Rua 4 (quatro). O registro foi feito no 26º Tabelião de Registros de Imóveis em São Paulo.
Abril de 1971
O dia 25 de abril de 1971 constitui-se em uma data histórica, porque nesse dia, às 10 horas, foi lançada a pedra fundamental e, em seguida, a campanha para a construção do Complexo Assistencial de Vila Brasilândia.
A força dos voluntários
A espiritualidade manifesta-se generosa, juntando as pessoas que tinham o compromisso espiritual de erguer a unidade assistencial naquele local.
Um passo importante foi o trabalho de terraplenagem realizado pelo sr. Hildebrando Vieira, membro da comissão e especializado no setor.
Cogitavam os membros da comissão, sensibilizados com a fome e a miséria reinantes no bairro, que a unidade assistencial seria construída por etapas. Primeiro: a construção do pavilhão para servir a sopa. Segundo: construção do auditório para palestras e salas de passes.
O trabalho foi árduo. A comissão se reunia, semanalmente, para dar seguimento às providências necessárias.
Em agosto de 1971, Douglas, eufórico, informa numa reunião de diretoria, que a obra avançava com muita celeridade. As doações aconteciam: bacias para os banheiros, bebedouros, lavatórios, registros, torneiras, pedras, areia em grande quantidade, vidros, azulejos. A toda hora uma boa novidade. O plano espiritual estava mesmo colaborando e assoprando nos ouvidos das pessoas com recursos, que ajudassem na realização da obra. E como ajudaram!
Em setembro de 1971 o GEB recebe o sinal verde da Prefeitura para a continuidade da construção do departamento assistencial, que é a grande meta. Um novo reforço para a comissão: Orlando Carvalho, de nacionalidade portuguesa, construtor de profissão.
No dia 13 de maio de 1972, o auditório é inaugurado, com uma palestra proferida pelo professor e orador Newton Boechat. E para alegrar o ambiente, música proporcionada pela Banda Musical de Conchas.
Entre idas e vindas junto aos órgãos reguladores de construção da Prefeitura para aprovação de plantas e adequação à legislação vigente e muita luta para encontrar recursos financeiros, o Complexo Assistencial de Vila Brasilândia, acrescido de ambientes para ambulatório médico, gabinete dentário, salas de aula e espaços para projetos futuros chega ao fim de sua primeira etapa: no final de 1974 ficou pronto por inteiro, passando, assim, a oferecer condições para o funcionamento das tarefas previstas.
Outros desafios vieram e foram vencidos para sua constante ampliação. Certamente novos virão, sempre com o intuito de oferecer o melhor atendimento aos nossos assistidos.
Texto pesquisado em "Grupo Espírita Batuíra: 50 anos de Mais Luz."
Conheça mais sobre a história do GEB nesta obra de autoria do primeiro vice-presidente Geraldo Ribeiro da Silva.
Serviço de Passe ganha reforço
O curso é realizado uma ou duas vezes por ano, dependendo da necessidade de novos trabalhadores e, no momento atual, ela se faz muito presente. A participação é um dos pré-requisitos para o desempenho da função em nossa Casa.
“O número de passistas após a pandemia diminuiu muito. A maioria das equipes precisa de reforços e acreditamos poder oferecer trabalho a todos os 40 candidatos que se apresentaram para o curso”, diz a coordenadora do setor, Rosely Marotta.
Atualmente, o GEB conta com 122 passistas, divididos em 28 equipes, na Unidade Doutrinária. Eles trabalham ao longo da semana na câmara de passe e nas reuniões públicas das quartas-feiras, à tarde e à noite, e, ainda, nas das sextas-feiras à tarde, quando o passe é oferecido dentro do salão, após as palestras. Na unidade Dona Aninha, em Vila Brasilândia, são 9 equipes, com 38 passistas. Lá, os grupos ministram o passe aos sábados e domingos pela manhã. No ano passado, nas duas unidades, foram dados 40.071 passes.
No Curso para Novos Passistas, a coordenação apresentou algumas noções do que é o passe, seu objetivo, o que se doa nesta tarefa e como é ministrado no Grupo Espírita Batuíra. “Além, claro, dos requisitos básicos do passista e da importância de seu comprometimento com o trabalho. Após a parte teórica, foi feita uma simulação, demonstrando como é realizado”, explica Rosely.
O passe é uma das mais importantes e belas atividades desenvolvidas nos centros espíritas, proporcionando enormes benefícios físicos e espirituais a todos os que vêm recebê-lo com fé.
- Texto: Simone Queiroz
- Publicado no Batuíra Jornal edição nº 151
Simonetti retornou ao mundo espiritual
Richard Simonetti era natural de Bauru, interior de São Paulo. Foi funcionário do Banco do Brasil por 30 anos. Passou, então, a dedicar-se inteiramente às atividades espíritas, particularmente no Centro Espírita Amor e Caridade, que se destaca pelo largo trabalho que desenvolve no campo social, envolvendo Albergue, Centro de Triagem de Migrantes, Atendimento à população de rua, Creche, Assistência Familiar, Cursos Profissionalizante. A instituição beneficia cerca de 25.000 pessoas, anualmente.
Expositor espírita, esteve com muita frequência aqui no Grupo Espírita Batuíra. Percorreu todos os Estados brasileiros, em centenas de cidades, inclusive outros países, como Estados Unidos, França, Suíça, Itália e Portugal…
Participou ativamente do Movimento Espírita de Bauru por 30 anos, em Departamentos de Doutrina e de Divulgação da USE local.
Colaborou com diversos artigos em jornais e revistas espíritas, além de ter participado de programas de rádio, como "Além do Arco Íris", pela Rede Boa Nova de Rádio. Publicou mais de 50 livros, com uma tiragem total de perto de dois milhões de exemplares.